A DEVASTAÇÃO PROVOCADA POR PROBLEMAS COMO DEPENDÊNCIA QUÍMICA, DEPRESSÃO, SUICÍDIOS, ATOS DELITUOSOS COMETIDOS POR PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS QUE NÃO RECEBEM ASSISTÊNCIA ADEQUADA, AUMENTO DA POPULAÇÃO DE RUA E DA MORTALIDADE ENTRE PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS SÃO COISAS QUE NÃO PODEMOS CHAMAR DE RESULTADOS SATISFATÓRIOS.
APESAR DESSE DRAMA DESENROLAR-SE SILENCIOSAMENTE, LONGE DOS HOLOFOTES MIDIÁTICOS, E MISTURAR-SE A UMA SITUAÇÃO DIFÍCIL DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL, ELE DESPERTA COMPAIXÃO E REAÇÕES EM DIVERSOS NÍVEIS.
O SINDICATO DOS MÉDICOS DO RIO GRANDE DO SUL, CORAJOSAMENTE, ASSUMIU UMA POSTURA FIRME DE COBRAR DAS AUTORIDADES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS ENCARREGADAS DE LIDAR COM ESSE PROBLEMA UMA POSTURA CONSTRUTIVA E RESOLUTIVA.
LEIA MAIS DO LINK DO BRAVO SINDICATO GAÚCHO:
http://www.simers.org.br/relatedif.php
Sindicato recebe relatos de dificuldades na saúde mental pelo SUS
Porto Alegre, 16 de janeiro de 2008.
O Sindicato Médico do RS (SIMERS) alerta que a crise na assistência em saúde mental pelo SUS no Estado se agrava a cada dia e exige atitude de gestores públicos e da Assembléia Legislativa. A situação é reforçada pelos casos recentes de uma avó que acorrentou o neto adolescente dependente químico, em Pelotas, por não conseguir interná-lo. Em Viamão, uma família não sabe o que fazer diante da piora de um jovem que tem transtornos mentais e não consegue atendimento especializado em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e em em hospitais locais.
Para dimensionar a demanda por internação, medicamentos e assistência básica em saúde mental – que costuma ser noticiada pela Imprensa, o SIMERS decidiu deflagrar um levantamento dos casos. Spots que começaram a ser veiculados nesta quarta, dia 16, em emissoras de rádio da Capital, incentivam pacientes e familiares a enviarem para o e-mail loucura@simers.org.br relatos sobre dificuldades de atendimento.
A iniciativa integra a campanha Loucura é a falta de leitos psiquiátricos, lançada em agosto de 2007, que denuncia o agravamento da carência na estrutura de tratamento de pacientes com transtornos e dependência química. Conforme o presidente do Sindicato Médico, Paulo de Argollo Mendes, o abandono de pacientes é o efeito mais perverso da reforma do setor, que impôs o fechamento de vagas em hospitais psiquiátricos.
O Estado tem uma das piores relações leitos por mil habitantes do país para internação psiquiátrica, ficando no mesmo nível dos Estados do Norte. "Para acabar com os hospitais especializados, jogaram os doentes mentais nas ruas", denuncia Argollo. "Podemos ter um hospital de cardiologia. Por que portadores de doença mental não têm direito a receber tratamento em instituições psiquiátricas?"
No RS, a redução de leitos do SUS foi de mais de 40% e em Porto Alegre, mais de 60%. Depois de denúncias e pedido de medidas pelo Sindicato, o Ministério Público da Capital ingressou com ação civil pública para que sejam abertos leitos no Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Também foi solicitado reforço da estrutura de pronto atendimento 24 horas e de serviços nos postos de saúde. Hoje o único Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 3, que funciona 24 horas e em todos os dias da semana, fica no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS). Em 2007, foram fechadas 80 vagas de dependência química do Hospital Espírita pelo SUS, agravando a situação.
Confira o texto do Minuto SIMERS:
Minuto SIMERS. // Loucura é o agravamento da crise no atendimento em saúde mental. / Loucura são os sucessivos casos de jovens acorrentados. / Loucura é a falta de leitos psiquiátricos no Estado. Isso precisa mudar!
O Sindicato Médico convida pacientes e familiares a relatarem suas dificuldades na assistência e internação pelo e-mail loucura@simers.org.br. Participe!
Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. A Verdade faz bem à Saúde
Minutos SIMERS da campanha Loucura:
> Ouça aqui
Fonte: Imprensa/SIMERS
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