Espiral de violência no SUS: médica é hospitalizada após violenta agressão em posto de saúde e profissionais reagem
Nota de esclarecimento
VIOLÊNCIA E CRISE NO SUS EM JUIZ DE FORA. 26 DE JUNHO - POSTOS DE SAÚDE PARALISADOS.
O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais, na condição de legítima representação classista dos médicos que trabalham na Prefeitura de Juiz de Fora, vem por meio desta nota esclarecer que os serviços de atendimento nos postos de saúde da cidade foi suspenso na data de hoje, 26 de junho de 2025, em razão de fatos que se tornaram públicos. Uma médica da UBS Furtado de Menezes, que iniciava seus trabalhos no SUS, foi agredida em seu ambiente de trabalho, uma repartição pública municipal, com extrema violência e crueldade, evidenciando o potencial agressivo e violento da agressora. A profissional sofreu lesões corporais graves, estando sujeita até a risco de morte diante da agressão.
Tal fato deve ser intolerável para todos e os médicos dos postos de saúde, em movimento rápido e coordenado, reagiram com dignidade, realizando manifestação pacífica na porta do prédio central da Prefeitura e solicitando escuta por parte dos responsáveis pela saúde no município.
É de se destacar que o Sindicato dos Médicos incluiu em sua pauta de reivindicações de 2025 a questão da segurança nos locais de trabalho, não sendo este item específico da pauta, como todos os outros, atendido pela administração municipal. Esse descaso teria consequências. E teve. Não se constrói um SUS eficiente e humanizado desta forma, em cima das ruínas de uma classe ameaçada. Os dados são claros e mostram o aumento, a cada ano, de atos de violência contra profissionais de saúde e outras práticas delituosas em unidades de saúde, como furtos. Chegando ao cume com uma agressão de violência inaudita. É hora da classe médica e do gestor público pensarem, com empatia e responsabilidade, nesta situação. Nada garante que não se repetirá.
O Sindicato exige respeito e diálogo. Essas reivindicações são o mínimo que se pode esperar da parte do empregador. Que essa mobilização seja um sinal para novos tempos e para a correção de tantas distorções e inconformidades que têm prejudicado o trabalho dos profissionais da saúde.
A nossa luta não terminou, demos o primeiro passo, premidos pela necessidade e diante de um fato violento, disruptivo, cruel e que sensibilizou todos os trabalhadores dos serviços públicos de saúde e também a comunidade.
SINDICATO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA E DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS.
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