sábado, 22 de fevereiro de 2025

Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora são órfãos abandonados do serviço público municipal

 Todas as pesquisas de opinião apontam que a saúde é uma preocupação importante da população, mas em Juiz de Fora médicos são os órfãos do serviço público.

Vimos recentemente uma foto em que a nossa prefeita aparece sorridente ao lado dos dirigentes do sindicato dos professores, igualmente sorridente, pela celebração do acordo salarial de 2025, com mais um bom acordo entre a prefeitura e o magistério. A educação é muito importante.  Parabéns aos nossos professores municipais que conquistaram uma das melhores remunerações da categoria, superando metrópoles. Parabéns ao SINPRO JF. 

Recentemente foi divulgada a redução da carga horária de assistentes sociais e psicólogos da Prefeitura de Juiz de Fora. Segundo matérias divulgadas pela mídia, sem reduções salariais. São merecedoras nossas dedicadas assistentes sociais e psicólogas.  

No dia 26 de fevereiro de 2025, cartaz divulgado pelo SINSERPU, sindicatão que reúne a maioria das categorias da  Prefeitura de Juiz de Fora, convoca para uma paralisação. Dentre as reivindicações destaca-se a redução da carga horária. 

No dia 12 de fevereiro, o Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora dirigiu correspondência à Secretaria de Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora solicitando reunião para tratativas de interesse classista e do SUS. Pasmem! Até o momento da divulgação desta matéria, não mereceu o sindicato dos médicos nem a fria gentileza de uma resposta. 

Não seria vitimismo nem teoria conspiratória afirmar que os médicos são os órfãos do serviço público municipal de Juiz de Fora, apesar das declaradas e reiteradas preocupações da administração municipal com a saúde de nosso povo.

Na pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Médicos destaca-se a equiparação dos profissionais ao técnico de nível superior da prefeitura. Sim, que saibam todos, MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA NÃO SÃO TÉCNICOS DE NÍVEL SUPERIOR, GANHAM MENOS. 

Embora a saúde seja a preocupação de grande parte da população, constatada em múltiplas pesquisas de opinião, os médicos não são preocupação da administração municipal. Ganham menos, por força de preconceitos e oportunismos, e até de gente que não quer que o SUS dê certo. 

Você voaria em uma empresa aérea que deprecia seus pilotos, e procuraria pessoas que, por vulnerabilidades pessoais, aceita trabalhar por baixos salários? O salário pago pela Prefeitura de Juiz de Fora aos seus médicos talvez seja a explicação mais plausível de que, por quanto tempo, e poucos se lembram quanto tempo, não se realiza um concurso público para médicos municipais nesta cidade.

Honramos aos médicos que não pedem demissão, seja pela proximidade da aposentadoria, seja  porque estão esperando um concurso ou oferta de emprego que lhes dê remuneração decente, seja por questões pessoais ou preocupação genuína com a situação da atenção pública à saúde.

Negociar é preciso e urgente, apesar da aparente desconsideração da administração municipal.

Nós aqui aguardamos “pacientemente e de pé” que a Prefeitura de Juiz de Fora abra suas largas portas para as tratativas entre a categoria médica e a administração municipal, sem preconceito e com preocupação como o futuro do SUS. 

Que essa preocupação ganhe a opinião pública, os formadores de opinião e não fique apenas restrita à representação classista dos médicos municipais. 

Voltaremos ao assunto.  



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