Hoje, o Sindicato dos Médicos realiza uma Assembléia Geral Extraordinária na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora. A pauta é a FHEMIG. Contratos temporários e extensão de carga horária. Existem, na área do Sindicato duas unidades da FHEMIG. O Hospital João Penido em Juiz de Fora e o Padre Damião, em Ubá. Existe uma relação que prevê o enquadramento gradativo dos médicos da FHEMIG, que solicitaram e efetivamente exercem suas atividades nas unidades daquela Fundação. Existirá a dispensa dos contratados à medida que houver extensão de carga horária.
Há 550 médicos da Prefeitura aguardando ansiosamente o desenrolar das negociações que deverão prosseguir entre o Sindicato e a Prefeitura de Juiz de Fora. Médicos que fazem funcionar unidades como o Hospital de Pronto Socorro e as Unidades Regionais, o PSF e programas especializados. Há várias reivindicações em aberto, ainda. Deverá haver uma nova Assembléia para avaliar a situação e fazer encaminhamentos.
A principal reivindicação em pauta é que a Prefeitura de Juiz de Fora reconheça a carga horária especial que os médicos adquiriram desde 1961, com a Lei Federal 3.999. A Prefeitura de Juiz de Fora tem punido os doutores por terem um direito reconhecido em Lei. Faz uma tremenda discriminação salarial e os paga vinte e cinco por cento a menos do que os demais profissionais de nível superior. O Sindicato já entrou com ação na Justiça, com base em acórdão do STF, para corrigir essa anomalia peculiar. Independente dos trâmites jurídicos, as partes podem chegar a um acordo antes do julgamento final do mérito em última instância. Seria menos danoso para os cofres públicos.
As negociações entre Sindicato e Prefeitura encontram-se paralisadas por causa da paralisia que atingiu a administração, desencadeada pela prisão do Prefeito Carlos Alberto Bejani, durante a Operação Passárgada. Ele é acusado de envolvimento com um extenso esquema de fraudar os repasses do FPM - Fundo de Participação dos Municípios, além de ter sido apanhado com quase um milhão e trezentos mil reais, em dinheiro vivo, na sua casa e com armamento de uso privativo das Forças Armadas e polícia.
Com isso, resta-nos aguardar o restabelecimento da normalidade administrativa na cidade de Juiz de Fora para que as negociações prossigam. Muitos médicos já manifestaram o seu desagrado com a atual administração municipal. O Prefeito também parece ter algum desagrado com os doutores. Já que desde que exonerou o Dr. Agenor Lawall, jamais colocou um médico à testa da saúde do município. Muitos casos de assédio moral tem sido relatados por trabalhadores na área de saúde. Revelam muito da mentalidade vigente nessa área do município, atualmente. O sindicato está atento a essas humilhações infringidas a profissionais no exercício de suas funções e deverá tomar providência a respeito. Tudo a partir de provas testemunhais e outras evidências da prática odiosa de assédio moral na Saúde.
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