Prefeitura de Juiz de Fora: Diante da intransigência da administração - Médicos decidem ampliar a paralisação.
FAX SINDICAL EXTRA - URGENTE - 13 DE MAIO DE 2009.
Intransigência da administração Custódio de Matos agrava crise da Saúde na Prefeitura de Juiz de Fora.
Em luta contra a semi-escravidão do trabalho médico na Prefeitura, os médicos exigem respeito, fim da discriminação salarial e trabalho decente. Administração Custódio de Matos até agora está mostra intransigência contra reivindicações dos médicos.
NOS DIAS 20 E 21 DE MAIO OS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA QUE TRABALHAM EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE E UNIDADES DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA NÃO DEVEM COMPARECER AOS SEUS LOCAIS DE TRABALHO. APENAS OS PLANTONISTAS DAS UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DEVERÃO SE APRESENTAR EM SEUS PLANTÕES E PODERÃO, ONDE HOUVER MOBILIZAÇÃO SUFICIENTE, FORMAR JUNTAS MÉDICAS PARA TRIAGEM DE CASOS, DETERMINANDO O ATENDIMENTO APENAS DO QUE FOR REALMENTE URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA.
PREFEITURA DE JUIZ DE FORA: EM ASSEMBLÉIA COM QUORUM AMPLIADO OS MÉDICOS DECIDEM REJEITAR A FORMAÇÃO DE COMISSÕES PARITÁRIAS COM A PREFEITURA E EXIGEM RESPEITO, SALÁRIO DIGNO E FIM DA PRECARIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA MÉDICA.
Foi uma vitória inestimável da categoria a paralisação dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora no dia 13 de maio e a Assembléia, realizada pela manhã, na Sociedade de Medicina e Cirurgia, no mesmo dia. Uma centena de médicos presentes, o que significa um quarto do total de médicos efetivos da Prefeitura. Em uma hora e meia os profissionais decidiram manter o movimento médico e fortalecê-lo.
Foi marcada uma nova Assembléia para o dia 20 de maio de 2009 e uma nova paralisação que será realizada na quarta e quinta-feira, dias 20 e 21 de maio. Nessa data os médicos não devem comparecer aos seus locais de trabalho. Qualquer solicitação por parte de profissionais não médicos de unidades de saúde ou da administração deve ser encaminha aos diretores do Sindicato ou à assessoria jurídica. Os médicos dos serviços de urgência e emergëncia - HPS, Regional Norte (Policlínica de Benfica) e Regional Leste - que trabalhem em regime de plantão deverão comparecer para trabalhar, mas poderão, caso haja mobilização suficiente, organizar juntas médicas para realizar triagem e limitar os atendimentos aos casos reais de urgëncia e emergência.
A Assembléia rejeitou formalmente as propostas da Prefeitura de Juiz de Fora de organizar comissões, autorizando a diretoria do Sindicato a negociar apenas o fim da precarização do PSF em Juiz de Fora, mediante a criação, pela Prefeitura, do cargo de Médico de Família e Comunidade e o enquadramento dos profissionais pello serviço público municipal, na Secretaria Municipal de Saúde. A Assembléia não aceita a recusa da administração Custódio de Matos em corrigir a discriminação salarial contra os médicos, que ganham vinte e cinco por cento a menos que enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros técnicos de nível superior. A Assembléia quer EQUIPARAÇÃO JÁ!
Mesmo cientes de que estamos diante de uma luta prolongada, que exige paciência política dos médicos para que nossos objetivos sejam alcançados, os membros da Diretoria do Sindicato dos Médicos vão se empenhar em continuar contruindo a luta médica em Juiz de Fora, desde que a categoria continue prestigiando e reforçando esse movimento.
Solicitamos também aos representantes do Conselho Regional de Medicina presentes, os Drs. Jairo Silvério e José Nalon, que bloqueiem, inclusive por via judicial, qualquer concurso que a Prefeitura venha fazer para médico, oferecendo remuneração inferior a três salários mínimos, que é o mínimo profissional assegurado em Lei e não pago pela PJF.
PARABÉNS AOS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA, QUE ESTÃO EXIGINDO RESPEITO E DIGNIDADE!
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