Pular para o conteúdo principal

Telegrama Sindical-Mais irregularidades em terceirizaçoes

TELEGRAMA SINDICAL - 17/10/2010 - 09:00

===============================================

Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata-MG

===============================================


TERCEIRIZAÇÃO LEVA O TRABALHO MÉDICO PARA A ZONA DA MARGINALIDADE.

===============================================


CASO DO PARANÁ: Ilegalidade em cima de ilegalidade, a caminho do caos.

Primeiro rasgaram a Constituição. Voltaram aos tempos do cabide de
empregos, permitindo a contratação de servidores públicos sem concurso
público para a área de saúde. Agora estão jogando a CLT no lixo.
Pagam por trabalhos iguais salários diferentes. Onde estão as
autoridades que deveriam fiscalizar o cumprimento da Lei? Em nome de
que se justifica essa desídia de previsíveis consequências escabrosas?
Em nome de que ou de quem se permite essa marginalização do trabalho
dos profissionais de saúde do setor público? Prefeitura tenta usar
convênio para camuflar terceirização e fugir de suas responsabilidades
civis e trabalhistas. É o festival de picaretagem que afunda a saúde
pública no Brasil.

===============================================


Leia a notícia e confira os absurdos:

15/10/2010 às 01:50:00 - Atualizado em 15/10/2010 às 11:23:26
Médicos dos centros municipais fazem reclamações


Joyce Carvalho

O Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar) recebeu
reclamações dos profissionais que estão trabalhando nos Centros
Municipais de Urgências Médicas, em Curitiba.

Os médicos estão se queixando do não cumprimento do acordo coletivo da
categoria e das condições de trabalho. O sindicato realizou na noite
da última quarta-feira uma reunião para tratar sobre o assunto.

De acordo com Claudia Paola Carrasco Aguilar, diretora do Simepar, os
médicos não foram contratados pela prefeitura de Curitiba, responsável
pelos centros. Os médicos estão ligados a quatro entidades, que
disponibilizam os profissionais dentro das unidades.

Haveria diferença no salário dos médicos, para desempenhar a mesma
função, dependendo da entidade. "Os médicos, a grande maioria deles,
são terceirizados. Cada instituição paga um salário diferente para o
mesmo serviço. Os médicos também não estão recebendo adicional noturno
e alguns não recebem vale-alimentação", explica.

O sindicato resolveu chamar os médicos que atuam nos Centros
Municipais de Urgências Médicas para uma reunião. No encontro, os
profissionais também expuseram casos de violência contra os médicos.

Um dos relatos cita que um paciente jogou um monitor de computador
contra o médico. "A Guarda Municipal está lá para proteger o
patrimônio, e não o funcionário. Mesmo que o paciente esteja
esperando, não justifica a agressão", considera Aguilar.

A categoria vai se mobilizar para discutir e melhorar os pontos
apontados pelos médicos. O diretor do sistema de Urgências e
Emergências da Secretaria Municipal de Saúde, Matheos Chomatas,
esclarece que não existe terceirização dos médicos.

A prefeitura de Curitiba tem termos de cooperação técnica de ensino,
pesquisa, extensão e assistência com quatro instituições (Universidade
Federal do Paraná, Hospital Evangélico, Associação Paranaense de
Cultura - Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Cruz Vermelha
no Paraná).

Isto inclui a cessão de médicos para atuar dentro dos Centros
Municipais de Urgências Médicas. "Os valores repassados para cada
hospital são absolutamente iguais. Se há diferença salarial, é uma
política interna da instituição", comenta.

Chomatas revela que houve um caso de pagamento diferenciado de
salário, mas aconteceu um acordo com a instituição para que a situação
fosse resolvida. "Convênios novos estão sendo assinados agora e todos
foram informados disto. Sobre o pagamento diferenciado para final de
semana, isto é uma demanda, e não um direito que não foi cumprido. A
prefeitura não compareceu à reunião no Simepar porque não é o
contratante dos médicos. Recomendamos que o sindicato e os médicos
falem com seus contratantes", explica.

Sobre os casos de violência e agressões, Chomatas diz que os centros
de urgências são locais potenciais para conflitos, pois há ansiedade
por parte dos pacientes e seus familiares.

"Mas isto acontece com um ou outro paciente. Foi um caso em 110 mil
consultas realizadas no mês", afirma. De acordo com ele, deverá ser
implantado até o início do ano que vem um sistema de atendimento
conforme a classificação de risco do caso. Assim o paciente saberá em
quanto tempo será atendido e esse será um compromisso entre quem
espera, a administração e equipe médica.
Fonte: www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/483535/?noticia=MEDICOS+DOS+CENTROS+MUNICIPAIS+FAZEM+RECLAMACOES

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o atendime

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi