Médicos do PSF paralisam atividades em 101 municípios do Estado
De acordo com Sinmed, mais de 600 profissionais aderiram a
paralisação; Maceió é o único município que cumpre o acordo
Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (03), os mais de
600 médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) estão com os braços
cruzados. Os atendimentos estão parados na maioria dos municípios do
interior, e apenas 30% dos profissionais permanecem com os trabalhos.
A única cidade a não aderir ao movimento grevista foi Maceió.
Em assembleia da categoria realizada na sede do Sindicato dos Médicos
de Alagoas (Sinmed) na última quarta-feira (28), os médicos definiram
parar os atendimentos a partir desta segunda. O movimento exige que
para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, os médicos recebam
um salário de acordo com o piso nacional, que hoje é de R$ 18.376,44,
estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Além da questão salarial, os médicos exigem a implantação de um Plano
de Cargos e Carreiras (PCC) e melhores condições de trabalho. Hoje, o
salário dos profissionais do PSF é de R$ 5 mil, segundo os dados do
Sindicato. A categoria também exige que as 40 horas de trabalho
semanais, determinadas pelo Ministério Público Federal (MPF) sejam
cumpridas. De acordo com o Sinmed, boa parte dos municípios alagoanos
não cumpre essa determinação, informou o presidente do sindicato,
Wellington Galvão.
Com uma adesão maciça a greve, em 101 municípios alagoanos, os médicos
deverão discutir o andamento das paralisações e quais serão os
próximos passos do movimento, em nova assembleia que acontece nesta
terça-feira (4), às 19h na sede do Sinmed. Até que todos os
municípios negociem com os médicos, a grave segue por tempo
indeterminado.
Maceió não participa da greve, pois o município vem cumprindo o acordo
feito com a categoria. Na capital os médicos contam com o Plano de
Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).
Por Fran Ribeiro
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