Médicos prestadores de serviços autônomos do SUS de Juiz de Fora que realizaram procedimentos hospitalares para usuários do sistema público de saúde em Juiz de Fora durante o mês de Janeiro, não receberam até o dia 28 de fevereiro o valor devido pelo seu trabalho. As explicações dadas para o calote, de erro em tarefas administrativas e burocráticas da Prefeitura, não foram consideradas convincentes pela maioria dos profissionais. O Sindicato deverá acionar a sua assessoria jurídica para estudar se existe alguma medida possível contra a retenção indevida de valores resultantes do trabalho dos profissionais. Não está descartada uma paralisação.
Calotes como esse, atrasos em pagamentos, ameaças sobre o fim do código 7 podem comprometer definitivamente a prestação de serviços médicos aos usuários do SUS. Acrescente-se a isso o fato dos salários médicos da PJF estarem totalmente defasados. O piso salarial do médico é de pouco mais de mil reais. Médicos sofrem discriminação salarial, percebendo 25% a menos do que o nível superior, porque a Prefeitura não reconheceu ainda a carga horária especial definida na Lei 3999-1961. Já no Estado de Minas, comprovando que os doutores mineiros tornaram mão de obra baratíssima, o Governador Aécio Neves Cunha paga pouco mais de oitocentos reais de piso salarial aos médicos da Secretaria de Estado da Saúde. Com o agravante que, diferentemente dos médicos da FHEMIG (Fundação Hospitalar de Minas Gerais), os médicos da SES não têm carreira. Ressalva: a maioria fez concurso para médico, foi nomeado como médico e foi enquadrado, durante o governo do politicamente falecido Azeredo, como "analista" de qualquer coisa.
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