O secretário malabarista e suas contradições
O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais defendeu, em artigo divulgado em jornal de grande circulação, que não é possível garantir o SUS constitucionalmente com apenas R$505,00(quinhentos e cinco reais) anuais per capita; todavia no mesmo artigo, o secretário afirma que “o Senado Federal tomou importante decisão, extinguido a CPMF”.
No mesmo artigo, informa que o orçamento de 2008 possui um “rombo de 2,2 bi para cobrir os atuais serviços ambulatoriais”, além de outras carências, como 700 mil reais para doenças graves e lógico, fala das “filas para cirurgia, problemas de qualidade e defasagens na remuneração dos prestadores”.
Em desacordo com suas afirmações, a pasta administrada por este gestor deixa de cumprir os 12% dos recursos de saúde.
Contudo, o Secretário finaliza o artigo dizendo que a derrubada “pode ter sido um grande acerto” e ainda reclama, contraditoriamente, que a “atenção primária carece de mais recursos”. Seguindo com sua ambivalente opinião, o secretário afirma que o ciclo de implantação do SUS estaria esgotado, faltando apenas sugerir que a saída para o mesmo seria algo similar ao famigerado choque de gestão mineiro copiado e implantado em Alagoas, o que gerou inúmeros problemas estruturais para a saúde daquele estado.
Haja coerência para com os interesses que o secretário representa.
SIND-SAÚDE/MG
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