O Governo do Estado de Minas Gerais e sua secretaria de estado da Saúde não têm primado por uma relação satisfatório com os trabalhadores do setor. Má-remuneração, terceirizações, falta de diálogo. Para os médicos a falta até mesmo do cargo.
Aécio Neves Cunha está promovendo uma maldade cujo alvo é o PT - Partido dos TRABALHADORES. O PT sempre contou em seus quadros dirigentes e em sua militância com sindicalistas. Inclusive o Presidente da República e, em Minas, de representantes sindicais do servidores públicos estaduais. As relações entre os sindicatos do serviço público estadual e o governador do estado não podem ser consideradas como satisfatórias. Em especial nas áreas de Saúde, Educação e Segurança Pública.
Agora há os que, qual aves de péssimo agouro, apresentam-se para defender uma suposta aliança entre o PT e o PSDB do governador. Essa aliança seria simulada por uma outra. PSB e PT. Sendo o PSB, aparentemente, subsidiário do Cunha e sua turma. O PSDB ficaria de fora, apoiando a estranha aliança. A tônica das declarações justificativas apresentadas é uma fala anti-paulista. Construir uma candidatura alternativa ao paulista Serra em 2010. E a alternativa seria esse tucano mineiro, o Aécio Neves Cunha. Os defensores desse esquema perverso esquecem-se vergonhosamente do tratamento dispensado pelo atual Governo Estadual aos servidores públicos. Só isso dá argumento bastante para repudiar esse pacto sinistro.
A CUT MG já deixou claro o seu posicionamento contrário.
E aqui vai um artigo do site do SINDSAUDE MG, mostrando mais um aspecto da empulhação tucana.
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O secretário malabarista, os pobres e a empulhação tucana
Data: 4/3/2008
Uma vez que recebemos críticas respeitáveis e sérias, reiteramos aqui nossas opiniões, para defender o SUS, a saúde pública e dialogar com o governo estadual, combatendo seu choque de gestão, financiado por grandes empresas sedentas de lucros.
Enquanto titular da pasta de saúde, o secretário tem a obrigação constitucional de defender o SUS contra esta sanha do mercado. Contudo, nos parece que, os reais interesses defendidos são outros. E são a estes interesses que, possivelmente, quis prestar contas
Na nossa modesta opinião, em seu contraditório artigo, não há a defesa do "SUS constitucional", mas sim daqueles que derrubaram a CPMF. Não obstante, estes são os mesmos que querem avançar na privatização, ainda maior, do sistema. Já havíamos apontado algumas dessas articulações em nosso jornal de novembro de 2007 (ver matéria: Desfinanciamento favorece o mercado e prejudica a saúde pública de qualidade)
O secretário diz textualmente que "o senado federal tomou importante decisão extinguindo a CPMF " e que a medida "pode ter sido um grande acerto" dos senadores (lembrem-se que 24 bilhões viriam da CPMF). E mais ... tem a frieza de dizer que são previsíveis as filas e que elas vão continuar.
Muito coerente com seus aliados que querem agora barrar o programa Territórios da Cidadania, lançado na semana passada, e que envolve e articula 19 ministérios no combate aos problemas dos 980 municípios brasileiros mais pobres.
Este mesmo secretário dizia em dezembro que "estava na campanha pela prorrogação da CPMF" e que não conseguia "imaginar o setor sem os 24 bi originários do imposto", num jogo de cena, como se apoiasse a prorrogação do tributo. Dizia ainda em dezembro: "Neste momento, estamos entre a porta do céu e a porta do inferno. O momento é extremamente grave. Não consigo imaginar a saúde sem a CPMF" (ver matéria: PSDB barra separação da DRU e vota unido contra CPMF), tudo em absoluto contraste ao que afirma agora, em matéria veiculada na mídia, no site do CRM-MG e outros veículos.
Não se trata de uma contradição qualquer, "natural", mas sim de quem defende ou não, na prática, na vida, no dia-a-dia os interesses dos mais pobres, dos desempregados e da população como um todo. Do contrário, restam os interesses da emergente e nova burguesia de serviços.
Com tantas ambivalências, fica impossível para ele dizer que "não quer o quanto pior, melhor", com "seus aliados jogando cascas de banana" para atrapalhar o governo federal. E ainda deita falação e reclamação sobre o "rombo de 2 bi", dos "700 milhões para doenças graves", das filas e da remuneração do setor privado.
O secretário poderia ser eleito o tartufo mineiro, depois do Aécio, conforme votação promovida pelos jornalistas Mino Carta e PHA.
Sind-Saúde/MG
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