Pular para o conteúdo principal

[FAX111]Assédio moral no trabalho aumenta risco de ataques cardíacos.

Mais uma vez fica provado que assédio moral adoece o trabalhador.


Há uma forte ligação entre gerenciamento e riscos de distúrbios cardíacos em empregados. A conclusão, divulgada pela BBC de Londres, teve como base estudos do Instituto Karolinska, da Suécia, e da Universidade de Estocolmo.


O assunto tem tido destaque devido à sua prática recorrente no serviço público, em especial em Prefeituras, onde políticos desprovidos de mentalidade republicana, costumam atacar servidores públicos, especialmente quando não conseguem corrompe-los com seus desígnios eleitoreiros.


Ressaltamos que a praga do assédio moral não é exclusiva do serviço público, estando infelizmente disseminado na iniciativa privada e em instituições filantrópicas. Mesmo médicos, que deveriam ser respeitados como trabalhadores intelectualizados, são vítimas freqüentes do assédio moral. Muitos, curvando-se diante das humilhações, envergonham-se mesmo de denunciar e expor os problemas de que são vítimas.


Mas a luta contra o assédio moral torna-se, a cada dia, uma causa sindical importante e, até mesmo, um assunto para a Medicina do Trabalho, para o Direito e para a Política. Estudos dão conta de que o assédio moral, em qualquer de suas modalidades, compromete a saúde do trabalhador, sendo capaz de causar não apenas danos morais e materiais, mas afetando de forma muito séria a sua saúde e integridade física.


Em reforço dessa tese, trazemos aqui para conhecimento, um estudo onde se demonstra que formas ruins de gerenciamento causam danos à integridade física do trabalhador.


A matéria da BBC pode ser conferida na página http://tinyurl.com/6qaw3e e a transcrevemos abaixo, para comodidade dos nossos leitores:





25 de novembro, 2008 - 10h33 GMT (08h33 Brasília)



Chefes ruins podem prejudicar a saúde dos funcionários, diz estudo


Chefes arbitrários e insensíveis não apenas elevam o estresse no ambiente de trabalho, mas podem também aumentar o risco de doenças cardíacas em seus funcionários, sugere pesquisa sueca.


Uma equipe do Instituto Karolinska e da Universidade de Estocolmo encontrou uma forte ligação entre mau gerenciamento e risco de distúrbios cardíacos graves e até ataques do coração nos empregados. Os pesquisadores monitoraram a saúde de mais de 3 mil funcionários do sexo masculino, com idades entre 19 e 70 anos, na região de Estocolmo, por um período de quase dez anos.


Foram registrados 74 casos fatais e não-fatais de ataques cardíacos ou angina instável (dor ou desconforto no peito ou áreas adjacentes causados por fluxo inadequado de sangue no coração).


Foi pedido aos participantes do estudo que avaliassem o estilo de liderança de seus gerentes em áreas como a clareza no estabelecimento de objetivos para seu pessoal e a habilidade de comunicar e dar um retorno ao funcionário da avaliação do desempenho pessoal.


Quanto mais competentes os funcionários consideravam seus gerentes, mais baixo seu risco de sofrer problemas cardíacos graves.


Os funcionários que consideravam seus chefes menos competentes apresentaram um risco 25% maior de problema cardíaco grave.


Longa duração


A pesquisa revelou ainda que quanto mais tempo um funcionário trabalhava em uma empresa sob um mau gerente, maior a ameaça à saúde. Os que trabalhavam por quatro anos ou mais nessas condições apresentaram um risco 64% maior de desenvolver doenças cardíacas.


Os especialistas acreditam que ao se sentirem pouco valorizados e sem apoio no trabalho, os funcionários sofrem de estresse que, com freqüência alimenta comportamentos insalubres como a adoção do hábito de fumar que pode causar males cardíacos.


Os pesquisadores sugerem que as empresas devem tomar medidas para melhorar o desempenho dos gerentes levando em conta a avaliação que fazem dele os seus subordinados, para afastar a possibilidade de graves distúrbios cardíacos em seus funcionários.


O estudo foi divulgado no site Occupational and Environmental Medicine.





Technorati : , , , , , , ,

Del.icio.us : , , , , , , ,

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o atendime

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi