Tino, secretário de Formação da CUT |
"Choque de gestão de Aécio é mais privatização e desmonte do Estado"
"O governo Aécio Neves é o que menos investiu nas áreas sociais, seu projeto é de desmonte do serviço público, de desvalorização dos servidores, sendo incompatível com o interesse nacional, com o desenvolvimento econômico e social. Resumindo: Aécio é um produto de marketing, só existe pela maquiagem da mídia".
A afirmação é do dirigente nacional da CUT e membro da direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), José Celestino Lourenço (Tino), que denuncia a "blindagem feita pelos grandes meios de comunicação, exercida pela coerção e coação". "É conhecido por todos que em Minas não se respira liberdade, havendo inclusive uma campanha com esse mote, pela função de mordaça exercida pelo controle da imprensa por parte do governo estadual. O que a propaganda oficial faz é puro marketing, pegando experiências que são uma gota no oceano e não correspondem à realidade e transformando, com muito estardalhaço, em grandes realizações", declarou.
ENGANAÇÃO
Exemplo disso, relatou o dirigente do Sind-UTE, é a "carcomida" estrutura das escolas públicas: "O governador tucano pinta o banheiro e diz que reformou a escola. Enquanto isso, faz um Projeto de Escola Referência que aumenta a exclusão. O investimento feito num ou noutro estabelecimento de ensino é insignificante diante da ampla maioria sem bibliotecas e laboratórios".
Tino também condenou a intransigência e a truculência com que professores e funcionários são tratados pelo governador. "Não existe processo negocial sério com os servidores, apenas medidas unilaterais, impositivas, sem nenhum diálogo. Agora, quando o governo federal propõe um Piso Salarial articulado nacionalmente para os professores, rapidamente Aécio se antecipa na implementação, distorcendo, transformando o piso em teto", alertou.
TRUCULÊNCIA
Para conseguir implementar seu processo de desmonte do serviço público, sublinhou o dirigente cutista, "todos os servidores estão submetidos a um autoritarismo sem precedentes, havendo impedimento ao direito de organização e sindicalização". "Há um impedimento até mesmo dos dirigentes sindicais tocarem as campanhas salariais nos locais de trabalho, com o governo usando da força policial para reprimir demandas das categorias. Abusos comprovados de irregularidades como a terceirização na Cemig, onde há registro de mortes pela utilização ilegal de mão-de-obra sem qualificação, são abafados. Ao mesmo tempo, dirigentes como o ex-presidente da CUT, Lúcio Guterres, já falecido, são acusados pelo simples fato de terem denunciado as arbitrariedades. Felizmente, o Sindieletro-MG ganhou este debate, derrotando judicialmente o processo de terceirização na Cemig".
PRECARIZAÇÃO
Mais recentemente, recordou Tino, o governador implementou por decreto a "efetivação" de 98 mil profissionais de ensino, "mas sem estabilidade, inaugurando uma nova categoria de servidor público, trazendo insegurança ao funcionário e precarização ao serviço. Sua visão privatista representa a negação do Estado indutor, a apropriação do bem público por setores sem qualquer compromisso com os valores coletivos da sociedade". "Temos observado que, cotidianamente, o governador tucano se contrapõe ao governo federal, dizendo ser um defensor do choque de gestão, pregando o Estado mínimo, o enxugamento da máquina pública e a desregulamentação neoliberal, que fortalece o privatismo", concluiu.
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