Pular para o conteúdo principal

MÉDICOS DO IPSEMG VÃO CONQUISTAR CARGO

Como na FHEMIG, os médicos do IPSEMG passarão a ter cargo. Na SES continuam enquadrados como analistas. Note-se que todos fizeram concurso para médico, exercem funções privativas de médicos e foram nomeados como médicos. Depois, por um malabarismo burocrático qualquer, foram transformados em analista e recebem um salário base inferior a três salários mínimos.


Link

12/03/2008
Diretor de saúde do Ipsemg afirma que vai garantir carreira para o médico


O diretor de saúde do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, Roberto Porto Fonseca, em reunião com diretores do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais – Sinmed-MG, no dia 18 de fevereiro, afirmou que vai garantir, em 30 dias a contar da data do encontro, o enquadramento dos médicos do Ipsemg no Plano de Cargos, Carreira e Salários, uma das reivindicações da categoria em campanha há quase um ano. 


Na avaliação do presidente do Sinmed-MG, Cristiano da Matta Machado, o compromisso assumido pelo diretor de saúde do Ipsemg atenderá a duas reivindicações dos médicos já que para enquadrar o profissional na carreira, o item da pauta referente ao cargo de médico também deverá ser atendido. “Entendemos que esse reconhecimento é um grande passo para a isonomia entre os médicos do Ipsemg e os demais profissionais da Fhemig e do Hemominas”. Quanto às demais reivindicações que ainda não foram sequer discutidas, o Sinmed-MG continua, ainda sem retorno, tentando agenda com o presidente do Instituto, Antônio Caram.


Sinmed-MG vai ajuizar ações de apostilamento


O departamento jurídico do Sinmed-MG, com base no entendimento de que a transformação dos valores recebidos a título de apostila em vantagem pessoal infringiu um direito adquirido, vai entrar com ações judiciais para tentar garantir as regras aplicadas antes da Lei Estadual 14.683/03.


O apostilamento, conforme disciplinado anteriormente na Lei estadual 9.532/87, compreendia o direito do servidor público, no exercício de cargo comissionado, que dele fosse afastado sem ser a pedido ou por penalidade, continuar com a remuneração do cargo em comissão, desde que o exercício das funções compreendesse período igual ou superior a dez anos, consecutivos ou não. Preenchidos esses requisitos, o médico adquiria o direito de ter no cargo efetivo os vencimentos do cargo comissionado, e sobre este vencimento calculadas as vantagens pessoais respectivas.


Porém, a promulgação da Lei Estadual 14.683/03, em franco desrespeito ao direito adquirido dos servidores já apostilados, alterou a forma de composição dos vencimentos e estabeleceu que a remuneração do profissional seria recomposta nos termos da estrutura de vencimento de seu cargo efetivo, incluindo seus respectivos adicionais e demais vantagens, e não mais seguindo a estrutura de vencimentos do cargo em comissão apostilado.


Para que “aparentemente” não houvesse redução salarial, a diferença entre a remuneração percebida do cargo apostilado e a remuneração do cargo efetivo foi separada do vencimento básico e individualizada sob a nomenclatura de vantagem pessoal, sujeita exclusivamente à atualização decorrente da revisão geral da remuneração dos servidores estaduais.


A análise dos advogados do Sinmed-MG aponta que num primeiro momento, nenhuma diferença poderia ser notada tendo em vista que no contra-cheque dos médicos os valores finais seriam os mesmos. Entretanto, apesar do salário continuar com a mesma cifra, todas as vantagens a que os profissionais fazem jus, como adicionais de qüinqüênios e gratificações, que eram calculadas sobre o vencimento do cargo em comissão apostilado, passaram a ser calculadas sobre o vencimento do cargo efetivo, refletindo em diminuição do valor global da remuneração.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o atendime

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi