Rio de Janeiro - Sindicato dos Médicos e servidores públicos estaduais em campanha salarial realizam manifesto público. Uma das reivindicações é o PCCS.
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Servidores, unidos, colocaram o bloco na ruaCategorias do Technorati Sérgio Cabral, Rio de Janeiro, serviço público, administração pública, recursos humanos, RH, PCCS, campanha salarial, médicos, hospital
A frente do Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
ficou completamente tomada por servidores públicos estaduais na manhã da última 5ª
feira, dia 19/6. Médicos, enfermeiros e auxiliares, professores, policiais, bombeiros,
psicólogos, fazendários, estudantes e outras categorias se fizeram representar em um
grande ato público realizado nas escadarias da Alerj - que chegou a ser lavada por alguns
manifestantes - para chamar a atenção dos parlamentares para sua pauta unificada de
reivindicações que inclui reposição salarial de 66%, incorporação das gratificações, PCCS,
data base em 1º de maio e não às fundações. A indignação dos servidores foi traduzida
com bom humor nas muitas faixas usadas pelos manifestantes: "Cabral Pinóquio: promete
e não cumpre nada", "Enquanto o governador viaja, o servidor continua a ver navios",
denunciavam as faixas, enquanto ao microfone os servidores gritavam, "De Cabral em
Cabral, o Brasil só se deu mal". Após a manifestação, os servidores saíram em passeata
pela Rua da Assembléia e Av. Rio Branco, até a Cinelândia.
Também pela manhã, foi realizada audiência pública conjunta das Comissões de
Trabalho e Saúde da Alerj para discutir a situação do Iaserj e da Perícia Médica. Os
diretores do SinMed/RJ, Dr. Jorge Darze e José Teixeira, que participaram do ato público e
da audiência, salientaram a importância da união de todas as categorias contra um
governo que não honra os compromissos assumidos e muito menos os seus servidores.
Insatisfeitos com as explicações dadas pelos representantes do Poder Executivo
durante a audiência, os servidores decidiram aguardar até a próxima 4ª feira (dia 25/6),
quando a Comissão Unificada do Servidor Público Estadual, composta pelo SinMed/RJ e
outras dezenas de sindicatos e associações, estará reunida com o Deputado Jorge Picciani,
Presidente da Alerj. Eles vão solicitar o apoio do parlamentar para marcar uma audiência
com o governador e defender as reivindicações dos servidores, que além das questões
salariais, incluem o cancelamento da cessão do Iaserj para o INCA e a não terceirização da
Perícia Médica. Também no dia 25/6, será feito um ato público em frente ao Hospital
Central do Iaserj.
Secretários do Governador Sérgio Cabral não comparecem a audiência
Embora tenham sido convidados, os secretários de Estado de Saúde, Planejamento e
Governo não compareceram a audiência, tendo enviado para representá-los o Dr. Ricardo
Levy Sadicoff, Procurador do Estado (SESDEC), Dr. Jorge Ronaldo Moll, ex-diretor do Iaserj
(SES) e Marcos Antônio de Carvalho, Superintendente de Recursos Humanos da SEPLAG.
O presidente da Comissão de Trabalho, deputado Paulo Ramos (PDT), adiantou que
participará da reunião com o presidente da Casa. Ele esclareceu que quando o governo
criou o RioPrevidência, os servidores passaram a contribuir com 11% em lugar dos
percentuais anteriores de 9%, que se destinavam ao Iperj e 2% para o Iaserj. Só que para
receber recursos do SUS, o Iaserj não mais poderia atender exclusivamente aos
servidores, o que teria levado o governo a mudar o perfil do instituto. "Este tema é de
suma importância. É inadmissível que os servidores públicos, que contribuíram durante
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tantos os anos de trabalho, tenham o seu direito à saúde tirado dessa forma. O Iaserj é o
hospital dos servidores e precisa de uma atenção especial do Governo", disse. O Deputado
Wilson Cabral (PSB), Vice-presidente da Comissão de Saúde, também defendeu soluções
urgentes para sanar a crise do Iaserj.
O Dr. Jorge Ronaldo Moll tentou justificar a cessão do Iaserj para o Inca alegando
que o estado de degradação do hospital levou a essa decisão. "Quando se fala em doação
do Iaserj para o Inca, não significa que os servidores vão ficar sem hospital. O acordo é
que o hospital central do Iaserj será doado para o Inca, que, em contrapartida, doará o
Inca 2 para o Iaserj, que deixará de ser um hospital exclusivo para os servidores públicos e
se transformará em um hospital para toda a população", salientou.
"A Alerj doou R$ 10 milhões para serem investidos no Iaserj e o que vemos, no lugar
do investimento, são suas portas serem fechadas e os servidores serem colocados para
fora. Esperamos que essa situação seja revertida, porque não é a primeira vez que
discutimos este assunto aqui", destacou Mariléa Ormond, Presidente da Associação dos
Funcionários do Iaserj (Afiaserj).
Sobre a ameaça de terceirização da Perícia Médica, o Marcos Antônio de Carvalho,
Superintendente da SEPLAG afirmou que o governo arca hoje com dois milhões e
novecentos mil dias de licenças médicas, além de cerca de R$ 10 milhões em pagamento a
servidores licenciados e que a idéia é fazer a gestão desses licenciamentos e não apenas
terceirizar o serviço. "Queremos implantar no estado dois programas: o de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) e a ocupação da saúde pericial. Com esses programas, vamos
cuidar da saúde do servidor, ao invés de incentivar que ele receba uma licença médica por
falta de condições de saúde. Ainda não temos um modelo definido e isso significa que
também não temos a certeza da terceirização. Esse caso está sendo analis
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