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Dívida pública federal continua crescendo

Renault Sandero 

Dívida pública sobe e atinge R$ 1,37 trilhão em novembro

23 de Dezembro de 2008 - A dívida pública federal cresceu pelo quarto mês consecutivo, para R$ 1,37 trilhão, o que representa um aumento de 2,16% sobre outubro. A elevação foi impulsionada pela alta do dólar, maior emissão de títulos e elevação de juros. O incremento da dívida corresponde a R$ 29 bilhões. Desse montante, R$ 12 bilhões foram conseqüência da variação cambial e dos juros mais altos, e o restante ficou por conta da emissão de títulos. Os dados foram informados ontem pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Segundo o Tesouro, a dívida interna passou de R$ 1,22 trilhão em outubro para R$ 1,24 trilhão em novembro deste ano, um aumento de 1,48%. Esse crescimento ocorreu por conta da apropriação de juros sobre a dívida, no valor de R$ 13,7 bilhões, e também da emissão líquida de papéis, no valor de R$ 4,4 bilhões.

A dívida externa também apresentou alta em novembro e saltou de R$ 119 bilhões em outubro para R$ 129,9 bilhões no mês passado. "Este acréscimo foi conseqüência da desvalorização da moeda nacional frente às demais moedas que compõem a dívida pública externa", informou o Tesouro Nacional.

Em relação à composição, houve redução na participação da dívida pública federal interna (DPMFi), passando de 91,15% em outubro para 90,54% em novembro, enquanto a dívida externa cresceu de 8,85% para 9,46%, no mesmo período.

Houve alta também na parcela de títulos com remuneração prefixada da dívida pública federal interna, de 31,5% para 31,61% de outubro para novembro, com emissões líquidas de títulos de R$ 3,3 bilhões. A participação títulos indexados à taxa Selic na dívida interna passou de 36,26% para 36,24%. Já a participação dos títulos corrigidos pela inflação variou de 29,75% para 29,15%.

O prazo médio da dívida pública diminuiu. Passou de 42,75 meses em outubro para 42,33 em novembro. O mesmo ocorreu com o prazo médio da dívida interna, que apresentou redução de 40,19 meses em outubro para 39,59 meses em novembro. Também houve redução no tempo de duração da dívida externa. Passou de 69,16 meses em outubro, para 68,60 meses em novembro. Esse resultado foi provocado pelo cancelamento dos títulos recomprados no quinto bimestre por meio do programa de resgate antecipado da dívida externa, o chamado "buyback".Meirelles

Ao comentar sobre o nível de endividamento público, em evento no Rio de Janeiro, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou que o Brasil poderá sair da crise em condições melhores do que entrou. Segundo Meirelles, antes da crise o Brasil havia acumulado reservas internacionais de US$ 205 bilhões, enquanto a dívida externa não superava US$ 80 bilhões. "Isso nos tornou um credor líquido", enfatizou. Com a depreciação do real que se seguiu à crise, diminuiu a relação entre dívida pública e o PIB. "Em agosto, a nossa dívida pública em relação ao PIB era de 40%. Hoje, caiu para 35%."

Apesar do fenômeno positivo para as contas nacionais, Meirelles ressaltou que a crise não será um processo indolor. Ainda assim o Brasil deverá crescer no ano que vem acima da média mundial, estimou.

Ver também página B3(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Ana Carolina Oliveira e Ana Cecília Americano)




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