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Fax Sindical 967 - 29.11.11

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===== FAX SINDICAL 967 =====
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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata de MG - 29 de novembro de 2011.


SINDICATO DOS MÉDICOS SE REUNE COM PROMOTOR PARA DISCUTIR DESCUMPRIMENTO DE TAC

A Dra. Adriane Mazocoli, diretora do Sindicato dos Médicos e o assessor Jurídico do sindicato, Dr. Fernando, compareceram ontem, às 17 horas, no Ministério Público Estadual para discutir o descumprimento do termo de compromisso (ou TAC - termo de ajuste de conduta), firmado entre a Prefeitura de Juiz de Fora e o Ministério Público Estadual de Minas Gerais sobre a realização de concurso público para médico na atenção básica na Prefeitura de Juiz de Fora. Os prazos foram desrespeitados e nenhum edital foi publicado.

O Promotor Rodrigo Barros declarou que vai se reunir com a Sra. Secretária de Saúde, com o Procurador Geral do Município e com o Secretário de Administração e Recursos Humanos para tratar do assunto, devendo essa reunião ser realizada no dia 12 de dezembro.

O que o Sindicato espera é que o digno representante do Ministério Público não adote uma política de dois pesos e duas medidas. Já dizia o velho Cícero (Da República) que a Lei é o laço que une a sociedade e não deveria ser usada para oprimir. O promotor tem que ter uma atitude de isenção, no seu papel de fiscal da Lei. Não dá para tratar um dos lados com inquéritos e intransigências e o outro com concessões e conciliações. Governantes e governados têm suas garantias e representantações que são asseguradas na lei. Merecem um tratamento equânime e equilibrado. É o mínimo que se pode esperar e, até mesmo, exigir.

Não é justo, por um lado, pedir a ilegalidade da greve dos médicos e, do outro, não pedir nenhuma providência contra um Prefeito como Custódio Mattos, que conduz a política de saúde de modo a gerar desassistência. Aliás, Custódio não recebeu até hoje o Sindicato dos Médicos para negociar, apesar de todas as solicitações protocoladas desde 2009. Retrato antidemocrático do descaso que ele tem com a saúde.

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS MÉDICOS MUNICIPAIS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA SERÁ DIA 06 DE DEZEMBRO.


Na Sociedade de Medicina, ás 19 horas e trinta minutos, os médicos municipais , municipalizados e terceirizados do serviço público municipal de Juiz de Fora estão convidados para debater e deliberar sobre as questões que estão pesando sobre a categoria e exigindo reflexão e ações firmes.

Mobilizar todos os médicos e participar é importante. O ano está por terminar, mas nossa luta irá continuar com mais força e intensidade.


COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS DE ENTIDADES MÉDICAS POSICIONA-SE CONTRA PROJETO QUE PREJUDICA MÉDICOS

O Relato é do Dr. Waldir Cardoso, da FENAM.

Coordenei hoje a penúltima reunião da Comissão de Assuntos Políticos (CAP) deste ano. Cumprindo o rodízio estabelecido a atividade aconteceu na sede da FENAM, em Brasília. Recebemos a visita do Vice-Presidente do CFM e Coordenador das Comissões Técnicas Dr. Carlos Vital que veio manifestar, de corpo presente, o reconhecimento pelo excelente trabalho realizado pela CAP no ano de 2011. Dr. Vital destacou o esforço do grupo em defender as matérias de interesse dos médicos no Congresso Nacional e as dificuldades inerentes à esta atividade. Ressaltou a habilidade e certa “vocação” para a realização de trabalho tão especial por lidar com políticos de todo o país. Falando em nome da Comissão, o Coordenador Geral, Alceu Pimentel, manifestou os agradecimentos do grupo e o estímulo que representa o reconhecimento do trabalho realizado pela Comissão.

Dentre as dezenas de projetos analisados destaco o PL 2203/2011, de iniciativa do governo federal, que dispõe, dentre outras providências, da remuneração e jornada de trabalho de médicos no serviço público federal. O Projeto foi, primariamente, inciativa da CONDSEF, posteriormente, alterado na Casa Civil, virou dor de cabeça para o movimento médico. No anexo que trata da categoria médica, revoga a Lei 9436/1997 que define a jornada do médico com vínculo federal em quatro horas diárias. Em outro dispositivo estabelece grade remuneratória que reduz em 50% os vencimentos dos médicos que ingressarem na carreira a partir da promulgação da lei além de congelar a remuneração dos médicos já integrantes da carreira. Outra maldade é a fixação de valores de insalubridade e periculosidade que deixam de ser percentuais do salário base do médico.

Por tudo isso é que a CAP se posicionou frontalmente contra o PL e passa a defender a exclusão da categoria médica do escopo da matéria; retirar do texto a revogação da Lei 9436/1997; e manter a atual forma de cálculo da insalubridade. A Comissão irá solicitar audiência com o relator, Dep. Ronaldo Nogueira (PTB/RS), para apresentar a posição dos médicos bem como entabular conversações com dirigentes da CONDSEF no sentido de explicitar as razões da categoria. O PL entra na Agenda Parlamentar com parecer contrário.

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