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SUS ameaçado de privatização, retenção de verbas e diminuição do orçamento.

 28 de outubro de 2020 ficou marcado por um ataque governamental ao SUS e fortes reações em todos os segmentos da sociedade. Mas, a anulação do decreto presidencial não esconde as intenções privatistas contra o sistema público de saúde. 


Se Bolsonaro bateu em retirada após perceber a forte reação ao seu ataque direto ao SUS não deve haver ilusões, ainda temos muito pela frente, na defesa do SUS. Como escreveu o colunista Leonardo Sakamoto: “Os dois fatos, ocorridos nesta terça (27), não são mera coincidência, mas fazem parte de uma lógica que precariza a saúde pública e depois vende a precarização como justificativa para a privatização do sistema.” (O artigo completo pode ser lido em https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2020/10/28/privatizacao-do-sus-e-incendio-em-hospital-sao-fruto-de-um-projeto-de-pais.htm ). Os fatos a que o colunista se refere são o decreto gorado 10.350 - que previa a privatização das unidades básicas de saúde, e o incêndio no Hospital Geral de Bonsucesso - https://extra.globo.com/noticias/rio/tres-pacientes-que-estavam-no-hospital-geral-de-bonsucesso-morrem-apos-incendio-duas-mulheres-com-covid-19-24715087.html?versao=amp. Sakamoto ainda acrescenta: “Mas, agora, com as amarras do teto de gastos, novos investimentos em hospitais só podem ocorrer se, por outro lado, precarizarem postos de saúde ou achatarem salários de médicos, enfermeiros e técnicos ou ainda tirarem dinheiro da educação ou da segurança pública.” O colunista aqui se refere à redução prevista no orçamento do SUS para 2021 e à retenção de recursos. (Tratamos desse assunto em https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/10/sus-podera-ter-crise-de-financiamento.html , https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/10/em-2021-servicos-prestados-pelo-sus.html , https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/10/governo-federal-retem-recursos-que.html )



Conclui o colunista: “Ninguém nega que o déficit público precisa ser equacionado e que soluções amargas devem ser propostas e discutidas. E que todos terão que dar sua contribuição, pobres e ricos. Mas o Brasil de Temer e Bolsonaro garantiu um remédio que, para curar a economia, mata os pobres. Faz sentido. Ao que tudo indica, não haverá espaço para pobres nesse admirável Brasil novo que pode surgir desse projeto de país.”  E esse receio faz  todo sentido nesse momento. 


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