A ameaça ao SUS, por meio do corte de financiamento é uma ameaça concreta. É previsível que o sistema entre em crise com menos recursos. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2021 prevê R$ 123,8 bilhões para a saúde. R$ 40 bilhões em relação a 2020.
Os recursos são considerados insuficientes para o simples custeio dos serviços normais e colocam em risco a continuidade e regularidade de prestação de serviços essenciais.
Editorial do ESTADÃO ( https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,o-sus-em-perigo,70003487389 ) informa sobre matéria publicada no VALOR ECONÔMICO (já citada aqui no Sindicato Expresso - https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2020/10/sus-podera-ter-crise-de-financiamento.html ). Nessa matéria, especialistas em gestão da saúde pública alertam que o SUS sofrerá forte pressão devido ao fato da pandemia ainda não ter cedido por completo e, além disso, procedimentos médicos que ficaram estancados por causa da pandemia (atendimentos eletivos) deverão ocorrer em. 2021, com demanda bem acima do normal. Cita ainda o editorial do Estadão o alerta do Dr. Adriano Massuda, médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas: “O risco de colapso do SUS não é mais devido à covid-19 apenas, mas também pela falta de recursos para suprir demandas não atendidas este ano e que devem ter consequências no ano que vem”.
Temos, nesses tempos, um quadro de ameaça concreta ao funcionamento do SUS, conquista inédita do povo brasileiro e consagrada na Constituição de 1988. O que será da esmagadora maioria dos brasileiros que depende unicamente do SUS para ter assistência à sua saúde?
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