sábado, 30 de outubro de 2021

Médicos brasileiros não conseguiram nada com Bolsonaro no poder


 

Quando começou o Mais Médicos, tentativa do governo petista da Dilma de fazer com que a atenção básica atingisse o maior número de pessoas, houve forte reação de certos segmentos da classe médica. Muitos se sentiram humilhados. Naqueles idos de 2013, a classe médica ainda era capaz de articular alguma militância a favor de seus interesse genuínos e se reivindicava uma carreira de estado para médicos da atenção básica, de forma a garantir, igualmente, reforço consistente e estruturante da atenção básica à saúde dos brasileiros, “dever do Estado”. Naqueles idos havia a bandeira de uma legislação a favor do ato médico e a petição de um novo mínimo profissional, o piso salarial dos médicos (também bandeira de outras categorias). No caso dos médicos foi entendido que era necessário rever a lei 3.999 de 1961, tida como desatualizada e incapaz de garantir uma remuneração digna para os profissionais da Medicina. 

Naqueles dias (segundo semestre de 2013), o governo da Dilma, aconselhado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pareceu tomar todas as decisões para afrontar a classe médica. Primeiro, a lei do Ato Médico saiu reduzida ao mínimo, amputada. A carreira de estado nem foi cogitada pelo governo e o novo piso salarial nacional para os médicos não entrou nas preocupações do governo. Nesse cenário, o Mais Médicos foi visto como uma humilhação de um governo inflexível, incapaz de negociações e de concessões. Isso ajudou a alavancar as vozes de segmentos da classe médica que queriam usar toda a categoria contra o governo, passando a defender os movimentos de rua que já começam a cogitar em pedir o impeachment da presidente. Mesmo quem foi contra o impeachment e quem não tinha restrições ao Mais Mèdicos, não viu como argumentar com aquele grupo que ganhava corpo e forma, que se fortalecia nas redes sociais, desejando o impeachment e alinhando argumentos e argumentos contra o governo petista. 

Muitos desses, que, naquele momento defendiam o impeachment, acabaram, como que levados por uma correnteza, ao apoio à candidatura de Bolsonaro. Surgiu a figura do médico bolsonarista, o sujeito que acabou assumindo que havia um remedinho mágico contra a COVID, indiferente ao SUS, aos direitos trabalhistas e sociais dos médicos brasileiros. Esse médico bolsonarista está com seu candidato no poder.

E o que fez Bolsonaro a favor dos médicos que o apoiaram? Qual o valor da gratidão do presidente? O ato médico nunca foi revisto, depois de três anos de governo. O piso salarial nacional dos médicos não é sequer lembrado. Da carreira de estado, ninguém fala. O analfabetismo político de alguns, que se meteram a guiar outros, esquecendo que um cego não pode guiar outro cego, levou a classe médica a um beco sem saída, dividida, enfraquecida, incapaz de discutir a condição social do médico, a dignidade do profissional da Medicina no trabalho, a remuneração, o reconhecimento. A discussão virou cloroquina, ivermectina e outros que tais inúteis para os principais problemas da Medicina, mas adequados a uma claque de oportunistas baratos.

Enfim, ganhou Bolsonaro, perdeu a Medicina. 



Vexame internacional: o mundo conhece que o Brasil está sendo governado por um mentiroso




A conversa que causou tédio ao presidente da Turquia foi com Bolsonaro. Até o presidente turco percebeu, como bem informado que deve ser, que estava ouvindo bravatas de um mentiroso e não ouvindo informações sérias de um mandatário digno. 
Bolsonaro, cada vez mais, só é levado a sério em bolhas das redes sociais que são intransigentes e convencidas, com auxílio de dinheiro de empresários, que o presidente da República e sua clã de rachadinhas, são um exemplo de honestidade e as melhores saídas para esse país que voltou ao mapa da fome. 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Suspeitávamos que Bolsonaro era culpado pela má condução da pandemia. Agora são 1.288 páginas de provas

 Se meu país tivesse dado uma resposta apenas mediana à pandemia, mais de 400 mil brasileiros estariam vivos.

Essa é a dura conclusão do epidemiologista Pedro Hallal, cujo depoimento, ao lado de muitos outros, é registrado no relatório final sobre a gestão do governo no combate à Covid-19. Divulgado na semana passada, é o ápice de uma envolvente Comissão Parlamentar de Inquérito que durou meses. É claro que não sabemos exatamente quantas das 606 mil mortes no país poderiam ter sido evitadas: Hallal faz apenas uma estimativa. Mas a verdade é que não temos um presidente mediano. Nem mesmo um presidente levemente ruim. Temos Jair Bolsonaro, um homem que insiste em dizer que as principais vítimas da Covid-19 foram “os obesos e quem estava apavorado.” Já era hora de documentarem o catastrófico comando do país exercido por Bolsonaro ao longo da pandemia, e o relatório de 1.288 páginas faz exatamente isso.”

LEIA A MATÉRIA EM https://www.viomundo.com.br/politica/vanessa-barbara-no-nyt-nos-sabiamos-que-bolsonaro-era-culpado-agora-temos-1-288-paginas-para-provar.html

E, lendo, concluímos, sem dificuldades, que a condução que Bolsonaro deu à pandemia, apoiando falsos tratamentos milagrosos e corrompendo a médicos para apoiarem suas teses desastrosas, tornaram o Brasil um dos dez países do mundo com taxa de letalidade mais elevada da COVID. Isso foi obra dele, ninguém pode negar. Os seus mais fanáticos e intransigentes apoiadores, em algum momento de suas vidas, diante de um exame de consciência, perceberão que foram vítimas de um vigarista, que enganou a muitos fazendo-os adotar atitudes desumanas. 


Derrotas sucessivas tem consumido os setores mais casca grossa do bolsonarismo





O bolsonarismo casca grossa, os falantes influenciadores que sustentam embates pelo governo e pelo governante nas redes, estão sofrendo derrotas e refluxos. Aqui dizemos casca grossa aquela periferia do bolsonarismo mais verborrágicas, intransigente e agressiva, que é virtualmente cega. Não vê que o governo está de braços dados com o Centrão, depende do Centrão e o sustenta com um misterioso orçamento secreto. Não viu os erros sucessivos e criminais do governo na pandemia, não vê a carestia e a miséria e nem o desemprego. Não enxerga que os Bolsonaros são uma família de arrivistas que construiu um império imobiliário cuja origem está sendo investigada, recebendo o apelido de rachadinhas. [https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2020/08/11/imobiliaria-bolsonaro-so-negocia-com-dinheiro-vivo.htm e https://jornalistaslivres.org/imperio-bolsonaro-no-vale-do-ribeira/ , também confira em https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/investigacao-sobre-flavio-bolsonaro-mostra-imperio-imobiliario-do-01/]

O site lavajateiro “O Antagonista” informou que a tranferência de Roberto Jefferson, líder do PT e, até aquele momento, um expoente do bolsonarismo casca grossa, para um hospital privado foi negada pela Justiça.

https://www.oantagonista.com/brasil/moraes-nega-transferencia-de-roberto-jefferson-a-hospital-particular/ Posteriormente Jefferson, ou “Bob Jeff”, aparentemente se tornou uma defecção do bolsonarismo, ao dizer que os Bolsonaros se regalaram com dinheiro público. https://www.instagram.com/p/CVjSktMt68B/?utm_medium=share_sheet

Veja a notícia também em:

https://youtu.be/zS_DGGLL9GQ


https://istoe.com.br/roberto-jefferson-diz-que-bolsonaro-e-flavio-se-viciaram-em-dinheiro-publico/


O notório “influencer” e desinformador do bolsonarismo casca grossa, Allan dos Santos, vulgo Gengivão, ousou fazer reclamação contra o ex-bolsonarista e agora adversário ferrenho do governo, Alexandre Frota. 

https://www.otempo.com.br/politica/judiciario/ministra-arquiva-reclamacao-de-allan-dos-santos-contra-alexandre-frota-1.2561225.  O canal bolsonarista Terça Livre, famoso pela divulgação de fake news distribuídas em série em grupos de aplicativos de celular também não vive seus melhores momentos. Allan dos Santos se refugiou nos Estados Unidos, devido ao inquérito das fake news. 

Outro que atou um projeto político pessoal ao bolsonarismo, suspeito de ser plantado pelo agronegócio no meio de caminhoneiros e ficou em evidência foi o “Zé Trovão”. Caminhoneiro e “influenciar” bolsonarista, tornou-se um pelego, que trocou a defesa da sua categoria profissional pela defesa do governante de plantão. Ele fugiu do Brasil quando investigado pelos atos antidemocráticos incentivados pelo presidente da República. O pelego fujão finalmente arregou, voltou ao Brasil clandestinamente e se rendeu à polícia.

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/10/26/ze-trovao-26-de-outubro.htm

O blog Saída pela Direita, do canal Uol, publicou matéria onde disseca uma parte da estrutura das milícias digitais e seus personagens.

https://saidapeladireita.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/relatorio-da-cpi-da-covid-oferece-um-quem-e-quem-do-bolsonarismo-digital/

Ainda na onda do refluxo do bolsonarismo digital, a revista Veja nos informa que o ex-baluarte do bolsonarismo e sustentáculo da candidatura do Bolsonaro, Paulo Marinho, ameaça o antigo chefe. Igual o Bob Jeff passou a fazer, depois de perceber que os Bolsonaros o haviam abandonado na solidão do cárcere. 

https://veja.abril.com.br/blog/ricardo-rangel/paulo-marinho-ameaca-bolsonaro/

E, para piorar, o ministro Alexandre de Moraes anunciou que 2022 será diferente de 2018: não haverá avalanche de fake news eleitoreiras porque candidaturas poderão ser cassadas e o pessoal que vende mentiras em redes sociais para impressionar as “tias” do Zap poderão ser presos. 

https://noticias.uol.com.br/colunas/carolina-brigido/2021/10/28/alexandre-de-moraes-anuncia-prisao-de-quem-fizer-disparos-em-massa-em-2022.htm


Entre marginais, mentirosos notórios e vigaristas que vendem teorias conspiratórias, o bolsonarismo “raiz”, casca grossa, seguirá, ao fim e ao cabo, o destino de todo bolsonarismo, a lata de lixo da história.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Bolsonaro mantém fidelidade do “Centrão” com um suspeito “orçamento secreto


https://www.cartacapital.com.br/politica/investigacao-pode-colocar-lira-no-centro-do-maior-escandalo-do-brasil-diz-renan-entenda/

O misterioso orçamento secreto ou “tratoraço” é uma das chaves para explicar a resiliência do apoio ao governo no Congresso. 

Reforma administrativa levará precarização do trabalho ao serviço público.


https://congressoemfoco.uol.com.br/projeto-bula/opiniao/dia-do-servidor-publico-contra-a-reforma-administrativa-que-oficializa-a-precarizacao-do-trabalh/
Não podem transformar o serviço público num gigantesco esquema de rachadinhas. 

Passaporte da vacina avança, apesar da oposição de antivacinas e seus aliados de extrema-direita

 


O argumento da liberdade contra as medidas não farmacológicas necessárias para conter a propagação do coronavírus é totalmente improcedente. Não pode haver liberdade para o vírus. Além disso, seria difícil adaptar o conceito de liberdade individual a uma realidade em que a pessoa põe em sério risco outras pessoas. Paradoxalmente o argumento da liberdade usado contra a profilaxia e a favor do vírus é levantado como bandeira de extremistas que se alojam na direita do espectro político. Mas, prevalece a Ciência e a Instrução, as Luzes rompem a escuridão e o passaporte da vacina avança para garantir a vida do povo. 

A ignorância é batida em toda a frente. 

Florianópolis se tornou mais uma cidade brasileira a aderir ao passaporte da vacina. 

https://www.nsctotal.com.br/noticias/passaporte-da-vacina-em-florianopolis-sera-exigido-em-shows-e-eventos-entenda-decreto


Desmantelamento do serviço público é sustentado pela ideia perversa de estado mínimo

Faz parte do projeto de extração neoliberal o desmonte do serviço público e, no âmbito do serviço público, dos serviços de seguridade social e do SUS. A ideia subjacente a isso é a do estado mínimo, onde os recursos para saúde, previdência, educação e assistência são reduzidos drasticamente, os serviços desmontados, para que os ricos paguem menos impostos e se tornem mais ricos a cada dia. É um projeto concentrador de renda. A maioria dos eleitores do Bolsonaro não estava ciente disso.


Sobre o desmanche do SUS, ele está em debate. 

João Gabriel de Lima, jornalista e cientista político, e Alexandre Padilha, deputado pelo PT e ex-ministro da Saúde, estarão no Jornal da Fórum para analisar as ruínas de um Brasil cuja elite permite até que se pense em vender a Petrobras e desmontar o SUS

Maiores informações: https://revistaforum.com.br/videos/sus-sob-ataque-brasil-em-ruinas/

Precarização do trabalho no SUS continua prejudicando médicos brasileiros

                                             (Foto de arquivo do portal MIDIAMAX)


Apesar de tantos médicos terem colocado a cara para apoiar Bolsonaro, em três anos de governo nada fez para melhorar as condições sociais e de trabalho dos médicos brasileiros. Abusos, atrasos de salário e trabalho precário continuam grassando dentro do sistema público de saúde. Os médicos, evidentemente, não estão nas preocupações cloroquínicas do Ministério da Saúde. 

Matéria publicada pelo portal MIDIAMAX, de Cuiabá, nos informa sobre demissão coletiva de quarenta médicos que atendem hospitais municipais da capital matogrossense, por atrasos salariais e outros abusos. Os profissionais declaram que têm vínculos precários, sendo que prestam serviços públicos essenciais de saúde como trabalhadores terceirizados de uma empresa que obtém lucros com isso, sendo citada explicitamente a Hipermed. Relatam que sofrem abusos quanto a turnos dobrados de plantão, falta de insumos e medicamentos. 
A matéria completa está em: https://www.midianews.com.br/cotidiano/com-salarios-atrasados-medicos-anunciam-demissao-em-massa/409972
“Com salários atrasados, médicos anunciam demissão em massa Profissionais alegam que estão desde agosto sem receber; Hipermed nega e culpa falta de repasses. Um grupo de médicos que atua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal São Benedito e do Hospital Municipal de Cuiabá publicou uma carta aberta anunciando um pedido de demissão em massa devido ao atraso dos salários. No documento os profissionais afirmaram que estavam “indignados e revoltados” com o descaso das empresas que prestam serviços médicos na Capital. Entre as citadas está a Empresa Cuiabana de Saúde Pública e a terceirizada Hipermed. A carta foi divulgada na última quinta-feira (22). A carta não tem assinatura de nenhum profissional, mas a reportagem apurou que o texto representa a vontade de cerca de 40 médicos. Os médicos afirmam que estão desde agosto sem receber salário, apesar de atuarem na linha de frente no combate à pandemia, com turnos de plantão dobrados, jornadas exaustivas e, às vezes, sem o material adequado e medicamento necessário para o trabalho. "Por isso externamos nesta carta, não apenas a nossa indignação, mas também nosso desligamento desses vínculos precários estabelecidos com o serviço público por meio de empresas terceirizadas, em especial a Hipermed", consta no documento.”

sábado, 23 de outubro de 2021

Bolsonaro continua transmitindo fake news sobre vacinação e COVID, mesmo depois das denúncias da CPI

Muitos já perceberam que toda vez que Bolsonaro aparece nas redes sociais dizendo bobagens grotescas, corresponde a um momento no qual seu governo está em dificuldades e problemas sérios afetam a população. O presidente não trabalha o problema, não coordena soluções, não aponta saídas, apenas foge covardemente pela tangente falando bobagens nas redes de Mr. Zuckerberg, que são reproduzidas por seus adeptos em aplicativos de celular. Normalmente, as fake news chocantes que o presidente divulga lhe são repassadas pelos filhos ou pelo “gabinete do ódio”, porque são geralmente fake news made in USA, divulgadas por site alt right ou de organizações supremacistas de lá. Aqui viram live do Bolsonaro e causam escândalo e repercussão midiática, mobilizando as bases radicais do governo e causando repercussão na mídia e nas redes sociais. Bolsonaro fala bobagens de caso pensado, com riscos calculados e obedecendo a um planejamento sistemático, não são apenas impulsos de um descontrolado.

 É totalmente descabido e confirma o esforço que Bolsonaro faz para facilitar a propagação do vírus. Fake news em cima de fake news, o ex-capitão aloprado agora despreza a saúde do povo com a fake news de que vacinados estão desenvolvendo AIDS, apesar da falta absoluta de conexão lógica entre uma coisa e outra e da inexistência de qualquer estudo sério a respeito. Os horrores tornados públicos a quem interessar possa, pelas revelações da CPI da COVID, não fizeram o presidente repensar suas posturas irresponsáveis. Ele se julga seguro em uma aparente aura de impunidade, em que podres poderes e interesses estranhos o fazem sentir com segurança para mentir, difamar, agredir e desestimular a vacina e as medidas de combate à pandemia. Quem garante a impunidade de Bolsonaro? Até quando vai durar a impunidade de Bolsonaro? A matéria completa sobre as fake news emanadas do Planalto pode ser lida em https://www.brasil247.com/coronavirus/bolsonaro-espalha-fake-news-de-que-pessoas-vacinadas-estao-desenvolvendo-aids


Bolsonaro espalha fake news de que pessoas vacinadas estão desenvolvendo Aids

Fake news foi espalhada pelo site conspiracionista beforeitnews.com, que publica textos dizendo que as vacinas rastreiam os vacinados e que milhões de pessoas estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto

(Foto: Reprodução)
 Siga o Brasil 247 no Google News 

247 - Bolsonaro foi flagrado em sua última live propagando mais uma mentira a respeito da imunização contra a Covid-19. Ele se baseou em uma Fake news espalhada pelo site conspiracionista beforeitnews.com, que publica textos dizendo que as vacinas rastreiam os vacinados e que milhões de pessoas estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida  (AIDS) muito mais rápido do que o previsto. 

PUBLICIDADE


PUBLICIDADE
.

De acordo com o portal G1, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que a publicação é de um site que propaga 'fake news' e teorias da conspiração e diz que a história não é verdadeira. Zahraa Vindhani, oficial de comunicações da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, também afirma que "as vacinas contra a Covid-19 não causam Aids". "A Aids é causada pelo HIV."

O autor da mensagem falsa insiste na tese de que a queda da eficácia da vacina se deve a uma queda da imunidade porque o seu sistema imune está se deteriorando pelas vacinas. "Não faz nenhum sentido", diz Letícia Sarturi,  professora titular na Universidade Paulista.

PUBLICIDADE

Ela explica: "Primeiro porque a queda da imunidade com o decorrer do tempo é natural. Isso vai acontecer, não só para vacina de Covid, mas para qualquer vacina, para qualquer tipo de imunidade contra infecção. Com o decorrer do tempo, a imunidade vai ser menor, vai diminuindo. As vacinas contra a Covid provocam a imunidade e a gente tem visto que os níveis de anticorpos começam a se reduzir geralmente pelo sexto mês, ou sétimo, depende muito da vacina. Porém, as células que respondem, as células de memória, elas continuam ali presentes. Então, isso é um fato importante, porque isso ainda continua garantindo uma certa proteção, uma certa imunidade, por um tempo. A gente está entrando, por exemplo, na terceira dose para idosos porque essa redução no nível de anticorpos pode comprometer, sim, a imunização dos idosos. Isso é natural. É natural que a imunidade se ative, que forme células de memória e, com o decorrer do tempo, fatores solúveis como os anticorpos, que estão diluídos no sangue, diminuam, se depurem. Então a gente espera, sim, que com o decorrer do tempo a pessoa tenha uma redução nesses fatores associados à imunidade. Porém, falar que você está perdendo, deteriorando seu sistema imune sem nenhuma prova... Ali [no texto] não se prova nada, tem porcentagens colocadas em uma tabela e não tem nenhum experimento, não tem nenhum gráfico experimental usando algum tipo de metodologia, não tem nenhum tipo de aprovação de comitê de ética ou qualquer tipo de desenho, delineamento do experimento para a gente ver como é que foi conduzido isso para se chegar, de fato, a esses dados. Parecem uns cálculos retirados aleatoriamente. Me parece uma coisa muito de opinião, muito subjetivo". Isso porque, de fato, tal estudo jamais foi feito.

CPI mostrou porque COVID matou tanto no Brasil

CPI da COVID permitiu entender porque Brasil teve impressionante número de óbitos per capita pela pandemia

A CPI da COVID foi um desses momentos de grande revelação de informações úteis aos interessados na situação do Brasil. Teve uma capacidade imensa de revelar fatos até então desconhecidos da maioria, fazendo revelações decisivas a quem interessa entender a realidade dos problemas brasileiros nesse momento difícil. Teve um poder de revelação de fatos tão impactante quanto a vaza jato, que mostrou, por conversas entre magistrados e procuradores, uma conspiração hedionda.

Está registrado o escandaloso número de mortos per per capita no Brasil durante a pandemia. A CPI revelou a causa disso.

Veja o levantamento dos dados:

COVID deaths worldwide were highest in Peru, topping a list that compares deaths per million in 206 countries worldwide.
— Read on www.statista.com/statistics/1104709/coronavirus-deaths-worldwide-per-million-inhabitants

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

CPI da COVID teve poder de mostrar verdades inconvenientes. Foi tão esclarecedora como a Vaza Jato

 Matéria no Portal G1 nos informa sobre as conclusões da CPI da COVID. A matéria é bem completa e pode ser lida em CPI da Covid: veja as principais conclusões do relatório final | CPI da Covid | G1 (globo.com). Recomendamos a leitura da matéria completa.

COMENTAMOS – essa CPI teve um efeito revelador imenso, tão grande quanto a Vaza Jato, que revelou as entranhas de um esquema cruel e desrespeitoso. Na CPI descobrimos a existência concreta de um gabinete paralelo ( veja nessa matéria vídeo vazado com reunião do gabinete paralelo -> No gabinete paralelo, vice do CFM incentiva uso de cloroquina (theintercept.com). Nele vemos o indiciado Carlos Wizard, a capitã cloroquina, o vice-presidente do CFM e médicos bolsonaristas tramando induzir a opinião pública e até mesmo profissionais da Medicina a fazerem uso de um tratamento milagroso contra a COVID, a cloroquina, cuja ineficácia, àquela altura, já era conhecida e reconhecida.

A CPI mostrou, a quem interessar possa, a existência da propina da vacina, da corrupção de empresas inidôneas que puxavam dinheiro público do Ministério da Saúde nesse momento de crise, revelando ser mentira a bravata do Bolsonaro que a corrupção tinha acabado no Brasil. Foram revelações importantes. A cloroquina era uma negociata que encobria a propina da vacina. O governo brasileiro tergiversou nas negociações com a Pfizer, que fez ofertas muito concretas e atrasou a vacinação e contribuiu para o morticínio e genocídio de povos indígenas e grupos de excluídos que aconteceu entre nós durante a pandemia. Está conceitualmente correto chamar Bolsonaro de genocida (confira em https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2021/10/ghiraldelli-demonstra-que-chamar.html )https://sindicatoexpresso.blogspot.com/2021/10/ghiraldelli-demonstra-que-chamar.html

CPI da Covid: veja as principais conclusões do relatório final

Relator pede indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 9 crimes. Outras 65 pessoas e 2 empresas também citadas no texto.

Por g1

20/10/2021 15h46  Atualizado há um dia


Renan Calheiros lê o relatório final da CPI — Foto:  Roque de Sá/Agência Senado

Renan Calheiros lê o relatório final da CPI — Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O relatório final da CPI da Covid reúne, em seu último capítulo, uma série de conclusões tiradas das investigações e depoimentos de testemunhas ao longo dos 6 meses de trabalhos da comissão. Em tópicos, o g1 reúne as principais citações presentes no texto do relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O texto pede 68 indiciamentos, entre pessoas físicas e empresas (veja abaixo a lista completa). O presidente Jair Bolsonaro é uma delas. Renan leu um resumo do documento durante uma hora na sessão da CPI. O relatório completo tem mais de 1000 páginas.

O documento deve ser votado na CPI na semana que vem. Os pedidos de indiciamento serão encaminhados aos órgãos competentes, entre os quais Procuradoria-Geral da República, aos ministérios públicos estaduais e ao Departamento de Polícia Federal.

LEIA MAIS

Veja destaques do relatório final da CPI da Covid

–:–/–:–

Veja destaques do relatório final da CPI da Covid

A atuação do governo causou número elevado de mortes

O texto indica que as orientações dadas pelo governo federal, seja nas declarações do presidente Jair Bolsonaro ou nas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, mostram que o objetivo dos mandatários era expor os brasileiros ao contágio em massa, buscando eliminar a pandemia por meio da chamada imunidade de rebanho.

“Esta Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa”, diz o relatório.

É aqui que possíveis crimes do presidente Jair Bolsonaro começam a se enquadrar. É o caso de epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime, charlatanismo, prevaricação, crimes contra a humanidade e crimes de responsabilidade.

Mas podem ser responsabilizados também o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual dono do cargo, Marcelo Queiroga. Ambos foram indiciados por epidemia com resultado morte e prevaricação.

Pazuello ainda acumula emprego irregular de verbas públicas, comunicação falsa de crime e crime contra a humanidade.

Relatório final da CPI da Covid pede indiciamento de Bolsonaro por nove crimes

–:–/–:–

Relatório final da CPI da Covid pede indiciamento de Bolsonaro por nove crimes

Gabinete paralelo como chancela à ‘imunização natural’

Segundo a CPI, o chamado “gabinete paralelo”, composto por médicos, políticos e empresários, servia de validação para disseminar a ideia de que era seguro se contaminar pelo coronavírus contanto que se fizesse uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid.

De acordo com o relatório, como os integrantes não faziam formalmente parte da administração, seria mais difícil responsabilizar o governo pelas informações que prestavam. Neste grupo estão nomes conhecidos, como o empresário Carlos Wizard, a médica Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto, todos indiciados por epidemia com resultado morte.

“A CPI também pôde concluir que um dos principais objetivos do gabinete paralelo era o aconselhamento do Presidente da República para que fosse atingida a imunidade de rebanho pela contaminação natural no Brasil”, diz o texto.

Foi com base nas orientações dos integrantes do gabinete paralelo e acreditando que a pandemia se dissiparia naturalmente que o presidente Jair Bolsonaro resistiu ao uso de máscaras, ao distanciamento social e até mesmo à compra de imunizantes.

“O governo federal, em particular o presidente Jair Messias Bolsonaro, com o uso da máquina pública, de maneira frequente e reiterada, estimulou a população brasileira a seguir normalmente com sua rotina, sem alertar para as cautelas necessárias, apesar de toda a informação disponível apontando o alto risco dessa estratégia”, diz o relatório.

A CPI também conclui que foi com base na credibilidade dos integrantes do gabinete paralelo que o governo fez — e segue fazendo — propaganda de medicamentos que compõem o “kit covid” (como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina), mesmo com estudos de alto padrão científico atestando sua inutilidade no tratamento da Covid e de órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendando o abandono de seu uso.

“A insistência no tratamento precoce em detrimento da vacinação aponta para o Presidente da República como o principal responsável pelos erros de governo cometidos durante a pandemia da Covid-19, já que foi corretamente informado e orientado pelo Ministério da Saúde, e mesmo assim agiu em contrariedade à orientação técnica, desprezando qualquer alerta que se contrapusesse a suas ideias sem fundamento científico, ou simplesmente demitindo os técnicos responsáveis por esses alertas”, afirma o texto.

CPI: Eduardo Braga reivindica punição de responsáveis por colapso no Amazonas

–:–/–:–

CPI: Eduardo Braga reivindica punição de responsáveis por colapso no Amazonas

‘Fake news’ impulsionaram orientações erradas no combate à pandemia

Segundo a CPI, as notícias falsas contribuíram para que a filosofia negacionista se expandisse, confundindo a população sobre as medidas corretas de prevenção contra a doença.

Além de constatar omissão dos órgãos competentes sobre a circulação de informações incorretas sobre a Covid, a CPI afirma que os órgãos oficiais de comunicação, a cúpula do governo e o presidente Bolsonaro tiveram atuação forte no fomento às “fake news”.

“As notícias falsas relacionadas ao novo coronavírus envolveram diversos tópicos, como a origem do vírus, com ataques xenófobos à China; a oposição infundada ao isolamento social; a divulgação de que o STF teria proibido o governo federal de atuar no combate à pandemia; o incentivo ao ‘tratamento precoce’; a desinformação sobre o número de mortes pela Covid-19; a contestação sobre a eficácia do uso de máscaras; e, por fim, a propaganda antivacina”, diz o relatório.

Para a CPI, a falsa sensação de segurança, desencadeada por informações inverídicas contribuiu decisivamente para o aumento do número de infectados e mortes. A divulgação era patrocinada por empresários como Otávio Fakhoury e contava com trabalho de blogueiros bolsonaristas, como Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Leandro Ruschel e Bernardo Kuster. Todos foram indiciados por incitação ao crime.

“As consequências dessas ações foram trágicas. A propagação das notícias falsas gerou um clima de desconfiança na população, incentivou as pessoas a agirem com leviana normalidade, fato que gerou uma exposição perigosa e desnecessária ao novo coronavírus e, consequentemente, contribuiu para a perda de vidas adicionais durante a pandemia”, diz o texto.

Relatório da CPI: Propagação de fake news gerou clima de desconfiança, que acarretou em exposição ao vírus

–:–/–:–

Relatório da CPI: Propagação de fake news gerou clima de desconfiança, que acarretou em exposição ao vírus

Falta de coordenação com governos estaduais e municipais

A CPI da Covid dá destaque ao fato de que o governo federal não articulou qualquer ação em conjunto com os governos estaduais e municipais durante a pandemia, além de não planejar aquisição de insumos estratégicos ou monitorar riscos de desabastecimento.

Além disso, a CPI diz que houve enfraquecimento da função de comunicação com o público em geral, com o embaçamento da transparência e o fim das coletivas de imprensa diárias, que serviam de informações importantes para a população e determinantes para a gestão da crise.

“Até meados de maio de 2021, o país não contava com uma estratégia bem delineada para a realização de testes de detecção e triagem da Covid-19”, afirma o relatório.

O relatório indica que a atuação do presidente Jair Bolsonaro, que incentivou a população a não seguir a política de distanciamento social, opôs-se ao uso de máscaras, convocou, promoveu e participou de aglomerações e procurou desqualificar as vacinas, serviu como fator de confusão às orientações passadas por autoridades locais.

“As consequências dessa estratégia macabra foram mensuradas pela ciência. Se medidas não farmacológicas tivessem sido aplicadas de forma sistemática no País, poderiam ter reduzido os níveis de transmissão da covid-19 em cerca de 40%, o que significa que 120 mil vidas poderiam ter sido salvas até o final de março de 2021”, diz o texto.

Em relatório final, CPI diz que houve descaso de autoridades estaduais no Amazonas

–:–/–:–

Em relatório final, CPI diz que houve descaso de autoridades estaduais no Amazonas

Omissão do governo levou ao atraso de vacinas

Apesar de dar clareza à falta de atuação do governo em uma organização do combate do pandemia, o relatório dá destaque especial ao atraso na compra de vacinas contra a Covid. Segundo a CPI, “a mais grave omissão do governo federal foi o atraso deliberado na compra de vacinas”.

“Foi possível concluir que a aquisição de imunizantes deveria ter figurado como a principal providência no processo de prevenção à disseminação do novo coronavírus e, consequentemente, de proteção à saúde das pessoas, mas infelizmente essa medida foi negligenciada”, diz.

O relatório afirma que esse atraso e a “imposição de escassez” de doses foi determinante para o alto índice de novos casos e de mortalidade no país, “assim como facilitou o alastramento de novas variantes”.

“As apurações feitas pela Comissão revelaram que, durante a gestão do ex-Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do ex-Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, foram feitas as primeiras ofertas de aquisição preferencial de vacinas, com destaque para o imunizante CoronaVac, da empresa Sinovac, em parceria com o Instituo Butantan, e o da Pfizer”, diz o texto.

“Não obstante, as tratativas e a conclusão das negociações do governo federal sofreram injustificável e intencional atraso, que impactou diretamente na compra das vacinas e no cronograma de imunização da população brasileira”, prossegue.

A CPI afirma que as apurações identificaram que a aquisição de imunizantes não foi prioridade do governo, que houve demora na conclusão dos contratos de compra de imunizantes e ficou clara a falta de iniciativa do governo em propor ajustes na legislação para permitir a aquisição de doses.

“Essa atuação negligente apenas reforça que se priorizou a cura via medicamentos, e não a prevenção pela imunização, e optou-se pela exposição da população ao vírus, para que fosse atingida mais rapidamente a imunidade de rebanho”, diz.

‘Interesses escusos’ permearam a aquisição de vacinas

O relatório entra em um longo descritivo de todos os esquemas encontrados pela CPI da Covid, em especial a compra da vacina indiana Covaxin, que sofreu pressão pela importação de dentro do Ministério da Saúde e era negociada por meio de intermediárias.

“Para além da criminosa negligência quanto à proteção da vida e da saúde dos brasileiros, havia também interesses escusos permeando as ações de autoridades federais durante a pandemia”, diz o texto.

No caso Covaxin, o relatório lembra:

Em seguida, o texto dá atenção especial à figura de Roberto Ferreira Dias, que seria ponto central desse esquema e também da proposta dos 400 milhões de doses fantasmas da vacina de Oxford/AstraZeneca oferecidas pela Davati. Dias foi indiciado por corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

“Os indícios apontam que Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério, teria pedido propina para facilitar a negociação de vacinas oferecidas por um mercado secundário cheio de atravessadores”, diz o texto.

E prossegue apontando atuação de Dias em um reajuste de contrato acima do que foi indicado pela área técnica do ministério com a empresa VTCLog.

“Ao analisar os documentos do processo licitatório que resultou no contrato com a VTCLog, a CPI identificou a presença de uma série de indícios que demonstram a possível ocorrência do chamado “jogo de planilha”, artifício utilizado para possibilitar que um licitante vença o certame de maneira aparentemente legal e, posteriormente, ao longo da execução contratual, passe a manipular preços unitários com o intuito de aumentar demasiadamente o valor do contrato, mediante termos aditivos, em prejuízo ao erário. Não se pode descartar corrupção para funcionários permitirem tal jogo”, afirma a CPI.

A CPI lembra que, por meio da quebra de sigilo bancário, foram identificados saques feitos por um motoboy da VTCLog para pagamento de boletos e fornecedores, o que seria uma “tentativa de ocultar a destinação do dinheiro, que provavelmente serviu para o pagamento de propina”.

“Verificou-se também que boletos do Sr. Roberto Ferreira Dias foram pagos pela VTCLog com dinheiro proveniente desses saques, o que constitui sério indício de corrupção nas transações entre o Ministério da Saúde e a empresa”, diz o relatório.

Relatório da CPI aponta omissão do governo em momentos críticos da pandemia

–:–/–:–

Relatório da CPI aponta omissão do governo em momentos críticos da pandemia

Indígenas

O relatório afirma que “não é segredo” que o governo de Jair Bolsonaro foi responsável por “políticas contra o direito dos indígenas” e que o coronavírus foi “mais uma arma, a mais mortífera” na “campanha que já estava em curso”.

Segundo a CPI, o governo se recusou a fornecer insumos vitais e usou a pouca assistência oferecida como álibi para tentar “esconder as omissões deliberadas no seu dever de proteger”.

“Mesmo a prioridade dada aos indígenas na vacinação foi parcial”, diz o relatório. “Quando o Supremo Tribunal Federal determinou a vacinação abrangente, o governo resistiu.”

“As campanhas oficiais de vacinação contrastam com a ofensiva extraoficial que o Presidente Bolsonaro instiga contra as vacinas, criando boatos que seus apoiadores replicam nas redes sociais e fazem chegar aos indígenas.”

Crime de genocídio de indígenas é retirado do relatório final da CPI da Covid

–:–/–:–

Crime de genocídio de indígenas é retirado do relatório final da CPI da Covid

Caso Prevent Sênior

As conclusões do relatório destinam pouco espaço, mas fazem menção ao caso Prevent Sênior, que conduziu experimentos para validar uma suposta eficácia dos remédios que compõem o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19.

A CPI chama de “macabra atuação” o procedimento da empresa de promover testes clínicos conduzidos sem autorização dos comitês de ética em pesquisa, “transformando os segurados do plano em verdadeiras cobaias humanas”.

“Ademais, kits com medicamentos foram enviados sem avaliação dos pacientes e de seus riscos, médicos foram perseguidos por se recusarem a prescrever tratamentos ineficazes, mortes por Covid foram ocultadas para ocultar a ineficácia do tratamento, declarações de óbito foram fraudadas para reduzir a morbimortalidade nos hospitais da empresa”, recorda o texto.

Por conta do caso Prevent Sênior, os principais indiciados são os donos da empresa, Fernando e Eduardo Parrillo, e o diretor técnico Pedro Benedito Batista Junior, todos enquadrados por perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica, crime contra a humanidade.

Médicos que assinaram laudos de óbito de pacientes em que foi ocultada a Covid-19 como causa da morte também entram na lista.

Relatório final da CPI cita declarações de óbito fraudadas pela Prevent Senior

–:–/–:–

Relatório final da CPI cita declarações de óbito fraudadas pela Prevent Senior

Lista de indiciados

Presidente Jair Bolsonaro

  • epidemia com resultado morte;
  • infração de medida sanitária preventiva;
  • charlatanismo;
  • incitação ao crime;
  • falsificação de documento particular;
  • emprego irregular de verbas públicas;
  • prevaricação;
  • crimes contra a humanidade;
  • crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo)

Ministros

  • Marcelo Queiroga (Saúde): epidemia com resultado morte e prevaricação
  • Onyx Lorenzoni (Trabalho): incitação ao crime e crime contra a humanidade
  • Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União): prevaricação
  • Braga Netto (Defesa): epidemia com resultado morte

Ex-ministros

  • Eduardo Pazuello (Saúde): epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime e crime contra a humanidade
  • Ernesto Araújo (Relações Exteriores): epidemia com resultado morte e incitação ao crime

Filhos

  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP): incitação ao crime
  • Carlos Bolsonaro, vereador (Republicanos-RJ): incitação ao crime
  • Flávio Bolsonaro, senador (Patriota-RJ): incitação ao crime

Deputados

  • Ricardo Barros (PP-PR): incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Bia Kicis (PSL-DF): incitação ao crime
  • Carla Zambelli (PSL-SP): incitação ao crime
  • Osmar Terra (MDB-RS): incitação ao crime e epidemia culposa com resultado morte
  • Carlos Jordy (PSL-RJ): incitação ao crime

Empresários

  • Carlos Wizard: epidemia com resultado morte e incitação ao crime
  • Luciano Hang: incitação ao crime
  • Otávio Fakhoury: incitação ao crime
  • Francisco Emerson Maximiano: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Marcos Tolentino: fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Raimundo Nonato Brasil: corrupção ativa e improbidade administrativa
  • Fernando Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade
  • Eduardo Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade

Médicos e ligados à saúde

  • Nise Yamaguchi: epidemia com resultado morte
  • Paolo Zanotto: epidemia com resultado morte
  • Luciano Dias: epidemia com resultado morte
  • Mauro Luiz de Brito Ribeiro: epidemia com resultado morte
  • Pedro Benedito Batista Junior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica, crime contra a humanidade
  • Daniella de Aguiar Moreira da Silva: homicídio simples
  • Paola Werneck: perigo para a vida ou saúde de outrem;
  • Carla Guerra: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
  • Rodrigo Esper: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
  • Fernando Oikawa: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
  • Daniel Garrido Baena: falsidade ideológica;
  • João Paulo F. Barros: falsidade ideológica;
  • Fernanda de Oliveira Igarashi: falsidade ideológica;
  • Flávio Cadegiani: crime contra a humanidade

Assessores e ex-assessores

  • Elcio Franco: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa;
  • Mayra Pinheiro: epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade;
  • Roberto Ferreira Dias: corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
  • Airton Soligo: usurpação de função pública;
  • Arthur Weintraub: epidemia com resultado morte
  • Roberto Goidanich: incitação ao crime;
  • José Ricardo Santana: formação de organização criminosa;
  • Fábio Wajngarten: prevaricação e advocacia administrativa
  • Marcelo Blanco: corrupção ativa
  • Filipe Martins: incitação ao crime
  • Tercio Arnaud Tomaz: incitação ao crime

Outros

  • Emanuela Medrades: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Túlio Silveira: falsidade ideológica, uso de documento falso, improbidade administrativa
  • Danilo Trento: fraude em contrato, formação de organização criminosa, improbidade administrativa
  • Andreia da Silva Lima: corrupção ativa e improbidade administrativa
  • Carlos Alberto Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa
  • Teresa Cristina Reis de Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa
  • Marconny Nunes Ribeiro: formação de organização criminosa
  • Allan dos Santos: incitação ao crime
  • Oswaldo Eustáquio: incitação ao crime
  • Richards Pozzer: incitação ao crime
  • Leandro Ruschel: incitação ao crime
  • Roberto Goidanich: incitação ao crime
  • Bernardo Kuster: incitação ao crime
  • Roberto Jefferson: incitação ao crime
  • Paulo Eneas: incitação ao crime
  • Cristiano Carvalho: corrupção ativa
  • Luiz Paulo Dominghetti: corrupção ativa
  • Rafael Francisco Carmo Alves: corrupção ativa
  • José Odilon Torres: corrupção ativa
Comente ou deixe um trackback: URL do TrackbackEditar

Deixe um comentário

:)

Arquivo do blog

Sindicato Expresso

SINDMED-JF

SINDMED-JF
A luta sindical na Internet.

PARA INDICAR O SINDICATO EXPRESSO, CLIQUE NO LINK ABAIXO.

Indique este Site!

ACESSOS 2W

ASSINE O SINDICATO EXPRESSO - GRÁTIS E RECEBA EM PRIMEIRA MÃO.

Receba Sindicato Expresso por e-mail

Grupos do Google
Participe do grupo Sindicato Expresso
E-mail:
Visitar este grupo