terça-feira, 2 de novembro de 2021

Importância do serviço público: países com sistemas públicos de saúde mais organizados se saíram melhor contra a pandemia





Pesquisa revelou o que nos parecia óbvio: países com sistemas público de saúde organizador se saíram melhor no enfrentamento do vírus. 


Essa constatação é de grande importância, considerando as ameaças que o serviço público brasileiro vem sofrendo, inclusive por parte da EC 32, que vem propor a quebra das condições básicas de funcionamento do serviço público. Saúde e educação públicas, que atendem mais de dois terços dos brasileiros, serão os setores mais afetados. A rachadinha poderá se tornar regra. 


‘Países com sistema público de saúde reagem melhor a pandemias’

‘Países com sistema público de saúde reagem melhor a pandemias’

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Como será a greve dos caminhoneiros sem o AGRO? Cada luta é um aprendizado


(Imagem publicada na Folha de Alagoas - www.folhadealagoas.com.br) 

A vida é um constante aprendizado. Às vezes as agruras levam as pessoas a saber em quem devem confiar e de quem devem desconfiar.

Cada classe (ou categoria econômica) de pessoas que dependem de seu trabalho para viver, tem a sua nêmesis, ou seja, uma outra classe que procura desenvolver meios cada vez mais eficientes para sugar o sangue da outra em seu próprio proveito. 

Primeiro de novembro os caminhoneiros decretaram uma greve. Reivindicam melhores condições para si, que são, em resumo, condições para uma vida mais digna. Não querem que o dinheiro que têm para manterem seus caminhões, suas famílias, pagar suas contas seja drenado para o diesel caro e que os fretes, dos quais dependem para seu sustento, sejam insuficientes. Também estão, como qualquer trabalhador consequente, preocupados com o seu futuro, ou seja, com a questão da aposentadoria. As reivindicações são compreensíveis. 

Houve, em momentos recentes, como o da grande greve do caminhoneiros em 2018, um apoio do AGRO ao movimento. Seria difícil entender se o AGRO tivesse qualquer preocupação, que não fosse “da boca para fora” (ou meramente publicitária) com a classe dos caminhoneiros. O AGRO depende muito de caminhoneiros e, seu interesse lógico e compreensível, é que os caminhoneiros ofereça ao AGRO serviços baratos. O AGRO faz parte da nêmesis dos caminhoneiros e, não será difícil deduzir, que os interesses das duas classes e seus representantes sejam conflitivos. 

Primeiro de novembro de 2021 - caminhoneiros em greve encontram pela frente uma muralha de decisões judiciais e forças policiais dispostas a reprimir o seu movimento e os principais portais noticiosos sem dar destaque ao movimento ou dando informações de conotação negativa. É um movimento de caminhoneiros sem o AGRO. Então o governo, por meio da polícia, a Justiça com suas sentenças, e a mídia com seu silêncio ou malícia, nenhum deles, próximos que são do capital, estão dispostos a serem reflexivos ou compassivos diante das reivindicações que sustentam esse movimento de caminhoneiros.

É uma lição de que muito da realidade do trabalhador brasileiro, no seu dia a dia, ainda reflete, de maneira nua e crua, esses conflitos de interesses entre classes determinadas. É uma lição que tem que ser aprendida ou reaprendida. Uma categoria econômica (caminhoneiros, entregadores de aplicativos, motoristas de aplicativos, entre outras) não  devem esperar apoio ou compreensão da classe que lucra com a seu trabalho, representada por executivos, CEOs, advogados, publicitários e toda a classe de gente bem remunerada mantida pelo capital com a única finalidade de incrementar o lucro dos acionistas mediante o achatamento da renda daqueles que trabalham para fazerem as riquezas serem produzidas e circularem. 


Informa o TAB (notícia completa em https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/11/01/tatica-de-caminhoneiros-de-santos-e-estrangular-operacao-portuaria.htm): “Na greve de 2018, a chegada dos policiais militares era saudada pelos caminhoneiros. Fotos, vídeos e muito aperto de mão eram a tônica dos encontros. Quem tinha alguma roupa com estampa militar tratou de vestir. Agora, o clima é outro. Os grevistas perceberam a diferença com certa incredulidade. Na madrugada de segunda-feira, o comandante da PM que comandava a operação no acesso ao porto afirmou concordar com a greve, mas em questão de horas as bombas caíam entre os caminhoneiros. Pela manhã, os grevistas eram observados por viaturas colocadas antes e depois dos trailers onde se abrigavam. Conforme a quantidade de caminhoneiros aumentava — chegou a ficar perto de 200 —, eles precisaram usar o acostamento. A tropa de choque apareceu na mesma hora.”  A informação confirma o que dissemos acima. Caminhoneiros sem o AGRO não receberão apertos de mão de sorridentes policiais. 

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