A vacinação contra a COVID, que custou enormes gastos em pesquisas e milhares de horas de trabalho de milhares de pesquisadores, não pode ser colocada em questão pela raiva e ressentimento que marcam a polarização política radicalizada e improdutiva.
Nunca antes na História, as pesquisas sobre uma vacina foram tão transparentes e tiveram tanta cobertura na mídia. Governos do mundo inteiro investiram bilhões de dólares na pesquisa e no desenvolvimento da vacina e cada passo dos estudos e pesquisas foi publicado com destaque na mídia.
Esse esforço da comunidade internacional deve ser reconhecido e aplaudido e não minimizado ou desqualificado por declarações bizarras de certos governantes, respaldadas pelo obscurantismo de seus apoiadores incondicionais e por adeptos de teorias conspiratórias antivacinas.
Matéria publicada no jornal O TEMPO, de Belo Horizonte, chama atenção para o risco da disputa política em torno da vacinação e do grave risco que todos nós brasileiros corremos pela falta de um plano nacional de vacinação, como sempre existiu contra todos os a agravos à saúde que podem ser prevenidos por vacinação.
O presidente da república ter classificado uma vacina produzida pelo prestigioso Instituto Butantã como “vacina chinesa do Dória”, prova que não está encarando a situação com a devida seriedade, e chega a atravessar as fronteiras da irresponsabilidade.
(A matéria pode ser lida em https://www.otempo.com.br/brasil/coronavirus-guerra-politica-em-torno-das-vacinas-pode-prejudicar-imunizacao-1.2403746)
O assunto é muito sério para ser afundado na águas poluídas da politicagem. O governo federal e o presidente da república têm responsabilidades inalienáveis com a saúde da população e o presidente não tem direito de transformar isso em mera peça de um joguinho de poder compartilhado em redes sociais no qual o objetivo do presidente é permanecer mais quatro anos no poder. Saúde é coisa séria. O presidente da república tem a responsabilidade irrenunciável de tratar da saúde dos outros com seriedade.
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