AS OSs (organizações sociais) usadas por gestores de saúde em vários estados e municípios para gerir ou terceirizar serviços públicos de saúde, mostraram ser uma ideia infeliz. Com o passar do tempo estão sendo progressivamente associadas à ineficiência e corrupção.
Implantadas nos anos 90, apesar da firme oposição de sindicatos que representam trabalhadores do setor de saúde, foram, com o passar dos anos, ganhando visibilidade por escândalos, calotes de obrigações trabalhistas, ineficiência, negociatas e outros defeitos.
No Rio de Janeiro, onde o modelo foi largamente adotado, CPI que investigava corrupção na Saúde chegou às OSs. E PEC prevê o fim dessas organizações nos serviços públicos de saúde do estado. Parlamentares querem antecipara o fim das OSs, para que coincida com a troca de governo prevista para 2023.
“ [É] para que fique no mesmo governo porque em 2022 temos eleição e, a partir de 2023, é um novo governo que entra. A gente quer manter nesse quadriênio, independente do governo Witzel, ou governo Cláudio Castro [governador em exercício], para que essa mudança de OS possa acontecer. Uma das principais conclusões da comissão é que esse modelo de gestão da saúde, baseado nas Organizações Sociais, é fadado ao fracasso. Se mostrou muito corrupto, ineficiente e contribuiu muito para os resultados ruins que tivemos de enfrentamento da covid no Rio de Janeiro", disse em entrevista à Agência Brasil.”
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