O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora
ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA
MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE
No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso.
As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado.
Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que:
desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o atendimento de pacientes nas instituições públicas e privadas, além dos planos de saúde, terão novos parâmetros para sua atuação. A Resolução CFM 2.147/2016, do Conselho Federal de Medicina (CFM), torna mais clara as atribuições, direitos e responsabilidades de diretores técnicos, diretores clínicos e chefias de serviço em ambientes médicos. Na prática, espera-se que a norma provoque uma melhor organização da gestão da assistência da saúde no país.”
A prefeitura de Juiz de Fora ainda não foi capaz de organizar o trabalho.
A UBS Jóquei 1 deveria ter mais 4 médicos e só tem 1. Isso a mídia não mostrou. A profissional A colega tirou folga porque (a) tem direito e (b) é obrigada a tirar a folga como compensação de carga horária. Fez inúmeras horas extras, que não serão remuneradas, para atender à demanda da unidade. Isso a mídia não mostra.
Quando a unidade foi inaugurada tinha 3 médicas. Deveriam ser 4. A unidade está com 1 médica desde 24/06. No dia 12/06 venceu o contrato de uma outra médica que tinha lá e não foi renovado. Isso a mídia não mostrou.
Agrava a situação a proibição de colocar aviso sobre falta de profissionais, declarada há 2 meses. Portanto, a comunidade fica sem saber do atendimento disponível. Isso também a mídia não mostrou.
As unidades tradicionais iriam começar o novo horário e com equipes de saúde da família a partir de segunda, dia 15. A mudança foi adiada sem data definida por não terem conseguido médicos. O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora tem advertido, há 2 décadas, à Prefeitura de Juiz de Fora, que o salário oferecido aos médicos não atrai e nem fixa profissionais no SUS local. Vejam a situação de decadência da atenção secundária.
Talvez esperem que a proliferação descontrolada de faculdades de Medicina de MS qualidade fornecesse mão de obra barata e pouco qualificada para atender nosso povo.
Deixamos aqui nossos protestos contra a matéria do MGTV.
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