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PORTO ALEGRE: SINDICATO SOLICITA AO PREFEITO UM PLANO DE CARREIRA PARA OS MÉDICOS.

O SIMERS - Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul propõe ao Prefeito de Porto Alegre um plano de carreira para os médicos municipais. Leia a matéria:
Segunda-Feira, 2 de junho de 2008
SIMERS propõe a Fogaça plano de carreira para médicos e alerta para apagão de especialidades
Fonte: Imprensa/SIMERS

Reunião com Fogaça

A direção do Sindicato Médico do RS (SIMERS) entregou nesta segunda-feira, dia 2, ao prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, proposta para criação de um plano de carreira para os médicos que atuam no município. Fogaça disse que a prefeitura tem interesse em padronizar as contratações e determinou que a Procuradoria Geral do município e secretarias de Saúde e Administração estudem as sugestões num prazo de 30 dias. O encontro ocorreu no gabinete do Executivo, no final do dia, no Centro da Capital.

A vice-presidente do Sindicato, Maria Rita de Assis Brasil, destacou que a criação da carreira está prevista na legislação do Sistema Único da Saúde (SUS) e que a Capital precisa com urgência repor vagas de especialidades cujos profissionais foram herdados de quadros em extinção no Estado e na União. Participaram do encontro, no gabinete do prefeito, os diretores do Sindicato Fábio Gatti e Clarissa Bassin, o vereador e médico Humberto Goulart e a procuradora-geral do município, Mercedes de Moraes Rodrigues.

Maria Rita explicou que a proposta se inspirou em planos existentes em diversos Estados. Cópias desses modelos foram entregues como subsídio a Fogaça. “O plano de carreira tem de gerar perspectivas de ascensão para o profissional e valorização de sua formação”, condicionou a dirigente. Ela lembrou que a inexistência de carreira de Estado para a categoria desestimula o emprego no setor público. Humberto Goulart informou que teve requerimento aprovado pelos vereadores para criação do plano de carreira. “Só faltam as propostas, que podem surgir a partir de hoje”, apostou o vereador, que integra o Conselho Consultivo do Sindicato Médico.

O prefeito admitiu que há dificuldades em renovar o quadro e que a prefeitura considera muito bem-vinda medidas que sinalizem para melhoria da produtividade dos serviços e da assistência. “Sabemos que há distorções a serem corrigidas”, comentou o prefeito. A vice-presidente do SIMERS lembrou que diversas especialidades terão falta de médicos no atendimento. “O município herdou profissionais da União e do Estado, mas não realizou concursos no mesmo ritmo para repor vagas abertas com aposentadorias”, justificou Maria Rita, vislumbrando um apagão em algumas áreas. O único reumatologista do município, por exemplo, completa tempo de serviço em 2009.

O diretor do Sindicato Fábio Gatti ressaltou que é importante que a carreira contemple particularidades da formação e do trabalho médico. “Não queremos que haja uma carreira apenas para os médicos. O plano pode ser abrangente, mas é fundamental que respeite peculiaridades da atuação e do tipo de jornada”, destacou Gatti, comparando com a carreira de professor municipal, que tem características próprias. O diretor lembra que a faculdade de Medicina tem o dobro de carga horária de outras áreas. Também citou especialidades, com duração de três a cinco anos, que não implicam hoje em diferença salarial.

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