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Pesquisa revela que 44% dos médicos sofrem de depressão

O trabalho médico envolve importantes tomadas de decisão, que, por vezes, têm que ser decidias rapidamente. Exige uma formação sólida e complexa. Mas a remuneração, no setor público e nos planos de saúde fica a desejar. A resposta da categoria a isso é o salve-se quem puder. O profissional vai acumulando trabalho além do que pode realizar. No setor público existe, além da mé-remuneração, a existência de condições de trabalho em geral ruins. E, por vezes, a precarização do trabalho que induz à insegurança e ao receio. O resultado dessa equação mórbida não é bom. Leia a matéria seguinte e confira. Ela veio do  Diário - Pesquisa revela que 44% dos médicos sofrem de depressão


  ABC, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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20/05/2008
Saúde
Pesquisa revela que 44% dos médicos sofrem de depressão

Os médicos precisam ficar em dia com a própria saúde. Pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizada com 7.700 profissionais, revela que 44% sofrem de depressão ou ansiedade e 57% têm estafa e desânimo com o emprego.

A prevalência de distúrbios psíquicos nos médicos supera em quase 11 pontos porcentuais a incidência na população em geral. Os índices de depressão em quem não tem diploma de Medicina é de 33,4%, apontou pesquisa internacional utilizada como referência pelo CFM.

O autor da pesquisa, Genário Barbosa, pede políticas públicas específicas para a saúde dos médicos. "Podemos firmar parcerias com os ministérios da Saúde e da Previdência. Exigir que profissionais, anualmente, realizem baterias de exames" diz Barbosa. "Garantir a saúde do médico é garantir a saúde da população. É importante ser tratado por alguém em perfeitas condições psicológicas."

Além da saúde mental, os problemas físicos dos médicos também são alarmantes. Um em cada cinco sofre de doenças cardíacas. A mesma parcela apresenta alterações no sistema circulatório e 21,8% convivem com o mau funcionamento do aparelho digestivo.

Os especialistas falam que uma das origens da "medicina doente" é a falta de tempo dos médicos. Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo, 82% dos profissionais acumulam três ou mais empregos. (AE)

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