terça-feira, 1 de abril de 2008

Cabral diz que é 'o momento de deixar de lenga-lenga e trabalhar'

Deu no Globo on-line: Sérgio Cabral ataca sindicato dos médicos do Rio. Na polêmica lança cortina de fumaça sobre os fracassos do atual governo estadual na condução das políticas de saúde.


O Sindicato tem representatividade, legalidade e legitimidade para discutir questões relativas à organização do trabalho.


O governo do Estado do Rio de Janeiro paga mal a seus médicos e não pode esconder essa realidade. Qualquer um pode saber disso, comparando salários de médicos com os melhores salários do serviço público.


Se o Governo tem que garantir a saúde do povo, se precisa dos doutores, têm que pagar bem, dar condições adequadas de trabalho e proporcionar um contrato digno de trabalho. Na hora da necessidade, não adianta político hóspede do poder fazer empulhação em cima da desgraça alheia. O Sindicato tem que cumprir seu papel de falar a verdade.


Combate à dengue: Cabral diz que é 'o momento de deixar de lenga-lenga e trabalhar' - O Globo Online



Críticas


Combate à dengue: Cabral diz que é 'o momento de deixar de lenga-lenga e trabalhar'


Publicada em 01/04/2008 às 11h39m

CBN e O Globo Online

Jéssica Abreu, de 6 anos, é atendida no hospital de campanha da Aeronáutica na Barra da Tijuca / Foto:Domingos Peixoto - O Globo


RIO - O governador Sérgio Cabral criticou, na manhã desta terça-feira, o Sindicato dos Médicos, que informou na segunda-feira que deve entrar com uma ação contra a medida da Secretaria estadual de Saúde de convocar pediatras de outros estados para trabalhar no combate à dengue. Três tendas para hidratação de pacientes com dengue não foram inauguradas por falta de médicos. Para o governador esse é o momento de unir forças, e não fazer discursos sindicais. ( Prefeitura do Rio aumenta número de atendentes do Tele-Dengue ).


- O sindicato devia estar também com seus médicos nos ajudando. Não é hora de discurso sindical. É um momento de esforço concentrado. Esse é um momento de unir forças, é o momento de deixar de 'lenga-lenga' e de trabalhar - afirmou Cabral em entrevista à Rádio CBN durante a cerimônia de abertura de mais 90 leitos no Hospital de Anchieta ( Ouça a crítica do governador ).

" Não é hora de discurso sindical. É um momento de esforço concentrado. Esse é um momento de unir forças, é o momento de deixar de 'lenga-lenga' e de trabalhar "



O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, Osmar Terra, disse, também em entrevista à Rádio CBN, que este é o momento de trabalhar em emergência e esquecer as pendências do Sindicato dos Médicos, que reivindica melhores salários para os profissionais.


- Acho que é um momento de esquecer qualquer tipo de pendência (referindo-se à manifestação do sindicato por melhores salários). Está na hora de todo mundo ajudar na emergência, até com trabalho voluntário. Depois vamos discutir as coisas pertinentes que o sindicato levanta, que é um problema nacional e não só do Rio de Janeiro, que tem que trabalhar em todo do país para remunerar melhor os profissionais da saúde pública.


Para Jorge Darze, presidente do sindicato dos médicos, o deslocamento de médicos de outros estados para o Rio vai implicar em uma despesa alta, que é uma demonstração de que o governo recursos para pagar um salário melhor para os funcionários do Rio de Janeiro para que eles possam se incorporar à rede pública.


Após o apelo do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, a outros estados, 50 profissionais já se apresentaram para ajudar no combate à dengue no Rio. Na quinta-feira da próxima semana, haverá uma reunião entre o Estado do Rio e outros 26 secretários estaduais para tratar sobre a cessão de pediatras ao Rio. Mato Grosso, Pernambuco, Rondônia e Rio Grande do Sul já ofereceram ajuda. (O município de Niterói, Região metropolitana do Rio, não registrou mortes por dengue ).


O pedido veio uma semana depois que a presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Márcia Rosa de Araújo, alertou que a falta de pediatras e clínicos têm agravado o problema da dengue na cidade e deixado as emergências dos hospitais do estado lotadas . No fim de semana, a demora do atendimento na rede pública revoltou familiares e pacientes que chegavam a esperar oito horas nas filas .

" Se pelo menos metade dos postos de saúde da Prefeitura do Rio ficassem abertos 24 horas já ajudaria "



Para ajudar a desafogar as emergências, o governador Sérgio Cabral fez ainda um apelo à prefeitura do Rio para que a rede de postos de saúde seja aberta no fim de semana. Ele ainda comentou que, se pelo menos metade dos postos de saúde da cidade pudesse ficar aberta 24 horas, já ajudaria.



- Nós estamos abrindo 90 leitos do Hospital Anchieta e vamos comprar cerca de 150 leitos da Santa Casa da Misericórdia. Nós temos uma carência de leitos. Se pelo menos metade dos postos de saúde da prefeitura do Rio ficasse aberta 24 horas já ajudaria. Seria fundamental que essa rede pudesse ficar à disposição da populção - disse.


Na manhã de segunda-feira começaram a funcionar os hospitais de campanha das Forças Armadas no Rio . Ao todo, 1.200 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica vão atender pessoas que contraíram a doença no Rio. Apesar disso, as emergências continuam lotadas na cidade. Na segunda, a demora levou um grupo de mães, com crianças no colo, a tentar invadir a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Irajá, e a Polícia Militar foi chamada. Nesta terça, na Amiu, clínica particular em Botafogo, pacientes reclamavam da longa espera na fila:


- Estou com a minha filha doente aqui desde às 8h. As crianças entram e não saem daqui, a fila vai só aumentando - contou Maurício Nobre.


Na segunda-feira, a Secretaria municipal de Saúde confirmou mais 13 mortes por dengue no Rio, sendo cinco de crianças . Com isso, chega a pelo menos 67 o número de vítimas da dengue no estado desde janeiro, sendo 40 crianças. Só na capital, a dengue matou 44 pessoas. Relatório do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda informa que a incidência de dengue no Brasil caiu 27% em 2008 . Em números absolutos, o Rio de Janeiro ficou com 36% do total de 120.570 casos do país.

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