17/06/2008Categorias do Technorati Previdência, Minas Gerais, IPSEMG, serviço público, recursos humanos, administração pública, Aécio Neves
Médicos do Ipsemg aguardam minuta de projeto de lei que institui cargo e carreira
Os médicos do Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) estão próximos de reconquistar o cargo de médico. Em 2005, eles foram incluídos na categoria “analista de seguridade social”, o que os coloca em grande desvantagem perante os médicos do Estado, além da inadequação da classificação.
Mobilizados há mais de um ano, e com o apoio do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais – Sinmed-MG, eles, enfim, obtiveram, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a promessa de que o governo apresentará, até a primeira semana de julho, uma minuta de projeto de lei para a criação do cargo e da carreira de médico no Ipsemg, à semelhança do que já é praticado na Fhemig e no Hemominas.
A notícia de que a Câmara de Coordenação Geral Planejamento Gestão e Finanças do Estado de Minas Gerais havia aprovado a reivindicação foi comunicada, dia 11 de junho, ao Sinmed-MG e à comissão de mobilização do Instituto pelos técnicos da Superintendência da Central de Políticas de Recursos Humanos, em reunião na sede da secretaria.
O segundo ponto da pauta enviada à Câmara - equiparação salarial aos médicos da Fhemig e Hemominas – não foi contemplado neste momento. Segundo o diretor administrativo financeiro do sindicato, Jacó Lampert, os técnicos informaram que é necessária, primeiramente, a aprovação do projeto para que a discussão avance nesse sentido.
Na noite do mesmo dia, reunidos em assembléia no Centro de Estudos do Hospital Governador Israel Pinheiro, cerca de 100 médicos deliberaram, por unanimidade, aguardar, em estado de assembléia permanente, o envio do projeto para avaliação.
Também decidiram entregar um documento à direção do Ipsemg e ao governo reafirmando que, além de garantir a carreira e o cargo de médico, a categoria continua mobilizada para a solução dos problemas relativos ao vencimento básico da categoria, que está muito defasado. Os profissionais reivindicam, ainda, que uma comissão de médicos do Ipsemg tenha acesso aos relatórios da consultoria que avalia o Instituto, para que possa contribuir nas decisões e participar dos destinos da entidade.
Uma nova assembléia será marcada pela comissão de mobilização para o início de julho, com o objetivo de analisar a proposta que vai ser encaminhada pelo governo e decidir os próximos passos do movimento.
Clima de “desconfiança”
Apesar da boa notícia, o clima da assembléia do dia 11 ainda era de muita descrença. Segundo os médicos, as promessas têm sido muitas, mas nada de efetivo aconteceu no último ano, agravando os problemas com a administração do Ipsemg.
O sindicato pediu um voto de confiança aos médicos, dizendo que, até o momento, a Seplag tem cumprido com suas promessas e que todos os esforços devem ser no sentido de garantir a conquista do cargo e carreira de médico.
O presidente do Sinmed-MG, Cristiano Gonzaga da Matta Machado, disse que os médicos do Ipsemg mostraram uma grande capacidade de organização e de mobilização, o que tem sido fundamental para os resultados alcançados até agora. Lembrou a união da categoria nas manifestações de protesto, que chamaram a atenção de toda mídia, e nas duas paralisações de 24 horas, realizadas nos dias 6 e 27 de maio. De acordo com balanço realizado pelo Sinmed-MG, todas as consultas agendadas no Centro de Especialidades Médicas do Ipsemg foram canceladas, com a adesão de 100% dos médicos que trabalham no local. No Hospital Governador Israel Pinheiro, também conhecido como Hospital da Previdência, somente os casos de urgência e emergência foram atendidos, conforme prevê a lei.
COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...
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