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Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, analisa o neoliberalismo

UMA VOZ AUTORIZADA A IDENTIFICAR E DENUNCIAR O NEOLIBERALISMO

O autor afirma que a democracia, nos últimos 40 anos, foi prejudicada pela promiscuidade com o neoliberalismo, que fez pessoas e sociedades inteiras a se sentirem impotentes diante de decisões sobre questões econômicas. Em consequência lideranças populistas, autoritárias, sem compromisso com a democracia, saíram da marginalidade política e passaram a ter poder e influência nos tempos recentes.
[O caso brasileiro é uma situação à parte - o populista de direita eleito se compõe com o neoliberalismo representado pelo seu ministro da Fazenda]
Joseph Stiglitz foi condecorado com o prêmio Nobel de Economia em 2001 e, anteriormente recebeu a medalha John Bates Clark. Estou no prestigioso Amherst College e no internacionalmente reconhecido MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Lecionou em Harvard e Yale. Sempre esteve, como aluno e professor, nas instituções de ensino mais prestigiosas do mundo. Foi economista chefe e vice-presidente do Banco Mundial. Ele demonstrou que determinadas intervenções do Estado podem beneficiar a economia coo um todo e, por consequência, todos os indivíduos nela envolvidos.
Ele escreve da estatura de seus 76 anos, onde muito pesquisou e ensinou na sua área de atuação. Recentemente foi publicado seu artigo "O fim do neoliberalismo e o renascimento da História." Ele parte do polêmico e famoso livro do cientista político Francis Fukuyama, "The End of History", escrito no fim da Guerra Fria e que sustentava que a queda do comunismo elimava o último obstáculo que separava o mundo inteiro do seu destino seguro de democracia liberal e economia de mercado.
Hoje o autor observa que há uma retração da ordem global liberal, apoiada em regras, diante de governantes autocráticos e demagogo. O autor também reconhece que a doutrina neoliberal prevaleceu nos últimos 40 anos.
Ele conclui que o "neoliberalismo prejudica a democracia há 40 anos. A fé neoliberal em mercados desenfreados como caminho para a prosperidade está condenada á morte, respirando por aparelhos.
O autor ressalta que a globalização neoliberal, exaltando os mercados acima de tudo, deixou pessoas e sociedades inteiras incapazes de controlar uma parte importante de seu destino.
O autor cita os chavões ainda usuais, mas que parecem cada vez mais velhuscos e ultrapassados, como os que diziam: "Vocês não podem defender as políticas que desejam, porque o país perderá competitividade, os empregos desaparecerão e vocês sofrerão." Isso tem sido dito nos últimos anos quando se defende proteção social adequada, salários decentes ou tributação progressiva ou um sistema financeiro regulamentado.
O autor escreve:" Como é que a restrição salarial - para alcançar ou manter a competitividade - e a redução de programas governamentais podem resultar em adrões de vida mais elevados?"
E conclui: "O único caminho a seguir, o único caminho para salvar o nosso planeta e a nossa civilização, é um renascimento da História."
O artigo completo pode e deve ser lido em https://jornalggn.com.br/artigos/o-fim-do-neoliberalismo-e-o-renascimento-da-historia-por-joseph-e-stiglitz/

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