FAX SINDICAL – 01
DE SETEMBRO DE 2014
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De: Sindicato dos
Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais
Data: 01 DE SETEMBRO
de 2014 (Quarta-feira)
Assunto: Assembleia
Geral dos Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora – dia 09 de
setembro
Leia também: - FENAM reuniu congresso para debater a situação do médico no Brasil atual; - Programa do governo "Mais Médicos" esbarra em graves problemas de falta de infraestrutura na Saúde.
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Prezados colegas
médicos que trabalham para a PJF: médicos estatutários
(concursados), contratados temporários, celetistas (terceirizados
das UPAs Norte, Sul e São Pedro), médicos estaduais e federais
cedidos à Prefeitura ('municipalizados') – reiteramos a convocação
de todos para a nossa próxima assembleia geral, dia 09 de setembro,
19 horas e 30 minutos, na Sociedade de Medicina.
A falta de motivação
com as condições de trabalho e a remuneração precária na
Prefeitura de Juiz de Fora é a razão dessa mobilização. Leia o
texto abaixo.
ATENÇÃO! URGENTE!
FAVOR DIVULGAR!
O
Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora, convoca todos os médicos das
unidades do setor público de saúde do município (médicos
municipais, estatutários, contratados e terceirizados, médicos
federais e estaduais municipalizados) para uma Assembleia Geral que
acontecerá na Sociedade de Medicina e Cirurgia, no dia 09 (NOVE) de
setembro de 2014, terça-feira, às 19 horas e 30 minutos(19:30 hs),
na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, rua Braz
Bernardino, 59, centro, Juiz de Fora.
Na
pauta, as relações de trabalho entre prefeitura e médicos do setor
público, incluindo cargo, salário, contrato de trabalho, condições
de trabalho, dissídio coletivo e BIOMETRIA.
Congresso Brasileiro sobre a Situação do Médico e Fórum Médico Jurídico foram realizados em Teresina, nesse fim de semana.
8º Congresso sobre a Situação do Médico reúne líderes sindicais em Teresina (PI)
Foi
realizado nos dias 28 e 29 de agosto o 8º Congresso Brasileiro sobre
a Situação do Médico e o III Fórum Médico Jurídico do Piauí.
Promovido pelo Sindicato dos Médicos do Piauí com o apoio da
Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o evento contou com a
participação de médicos, líderes sindicais de diversos estados do
país, advogados, parlamentares, autoridades, entre outros
congressistas.
Na
abertura do Congresso, o senador Paulo Davim (PV-RN) discursou sobre
o tema “Saúde: Nossa Voz no Legislativo”, no qual
alertou que são poucos os parlamentares que defendem que o
subfinanciamento é um dos maiores gargalos do Sistema Único de
Saúde (SUS), e que atualmente apenas 4% do orçamento é investido
em saúde público.
Segundo
o senador, o médico foi escolhido como responsável pelas mazelas do
SUS, como o sucateamento e o subfinanciamento. Disse ainda que foram
pregadas mentiras de que o médico não quer trabalhar no interior e
não gosta de atender pobre. “Satanizaram a figura do médico. Na
verdade nós sabemos que o médico não vai para o interior porque
não é dada condições de trabalho e segurança jurídica. Foi nos
negado a regulamentação da profissão e criaram o Mais Médicos”,
afirmou.
Em
discurso, o presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, falou sobre a
necessidade do comprometimento da classe médica em mudar a atual
política que vem massacrando a população e os médicos. “Trazer
médicos cubanos com características análogas à escravidão é uma
vergonha. Não é um programa de ensino e sim de assistência. Levar
assistência à quem precisa é muito importante, mas tem que ter
dentro dos mecanismos legais, não se pode passar por cima disso. A
presidenta Dilma vai responder por isso de forma vergonhosa”,
alertou o presidente da FENAM
Durante
a cerimônia, a presidente do SIMEPI, Lúcia dos Santos, agradeceu a
presença de todos e falou sobre a representação dos médicos no
Legislativo nas eleições de 2014. “Quem iremos escolher? Quem
melhor irá nos representar? Nós, médicos, teremos uma
responsabilidade maior pois está em jogo não só o desenvolvimento
econômico do Brasil, mas como também o necessidade de escolher um
político certo para a saúde do país e o futuro da profissão
médica”, afirmou.
MEDALHA
DR. JOSÉ DE ALENCAR COSTA
Durante
o evento foram entregues cinco medalhas de honra ao mérito Dr. José
de Alencar Costa nas categorias local, regional e nacional. A
homenagem visa agraciar os médicos e entidades que são dignos de
reconhecimento público pelos relevantes serviços prestados à
categoria médica. Os homenageados foram o presidente da FENAM,
Geraldo Ferreira, o senador Paulo Davim (PV-RN), o médico Juarez de
Souza Carvalho, o médico José Pessoa Leal e também o médico Telmo
Gomes Mesquita.
TEMAS
ABORDADOS NO CONGRESSO
Na
sexta-feira (29), pela manhã, foram discutidas a privatização e a
terceirização no serviço público. O presidente do Sindicato dos
Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, falou sobre as situações
que ameaçam os direitos conquistados com a Constituição Federal de
1988. “O processo de privatização na administração pública vem
acompanhado de um discurso que tenta mostrar que o serviço público
é ineficiente, engessado e que é preciso modernizar. Isso é um
absurdo! Isso é uma tentativa de encobrir os maus gestores”,
alertou.
A
procuradora da Fazenda Nacional, Carolina Zancaner Zockun destacou
que não há previsão de terceirização na constituição para
captar recursos humanos em serviços essenciais. “A constituição
é precisa em dizer que a saúde é um dever do Estado e não de um
particular. Toda vez que alguém tem um dever, alguém tem um
direito, e o direito é do cidadão em receber uma prestação de
serviço adequado. Mudar o rótulo, não muda a natureza das coisas”,
explicou.
Foi
discutido ainda nos painéis seguintes as conquistas e direitos dos
médicos, como teto remuneratório, aposentadoria especial, dissídio
coletivo e EBSERH Além disso, foi abordado as inconstitucionalidades
no programa Mais Médicos.
No
início da tarde, o desembargador do TRT-PI, Arnaldo Bason Paes,
trouxe a concretização dos direitos trabalhistas dos médicos. A
delegada Eugênia Villa discursou sobre a violência contra as
mulheres médicas, entre outros temas
Fonte: Valéria Amaral
Mais médicos ainda enfrenta falta de estrutura
Mais
médicos foi implantado sem preocupações com infraestrutura e
ampliação dos recursos da saúde
Na
periferia de Salvador (BA), as equipes estão completas, mas os
postos são precários e os pacientes são atendidos em uma
igrejaJarbas
Oliveira/EstadãoConteúdo
Ao
completar um ano nesta terça-feira, 2, o Mais Médicos está
presente em 3.785 municípios, enquanto os 14 mil profissionais do
programa - dos quais mais de 11 mil cubanos — enfrentam desafios
para trabalhar.
Os
médicos deparam-se com infraestrutura precária dos postos, falta
de medicamento, déficit de colegas, recusa de encaminhamento para
especialistas e violência urbana. Apesar das insuficiências,
pacientes comemoram a chegada dos doutores.
Lançado
em meio à resistência de entidades médicas, o programa oferece
bolsas de R$ 10 mil para brasileiros e estrangeiros e US$ 1.245 para
cubanos trazidos por convênio com a Opas (Organização
Pan-americana de Saúde). São os cubanos que, involuntariamente, se
embrenham nos rincões e nas periferias e assistem a populações de
onde antes não havia médico.
Nas
USFs (Unidades de Saúde da Família) de Beira Mangue e Nova
Esperança, na periferia de Salvador (BA), há um ano, a população
ficaria sem médico não fossem os médicos da ilha. As equipes
estão completas, mas o posto de Nova Esperança é precário e os
pacientes são atendidos em uma igreja.
—
O
lugar não foi pensado para isso, diz um o cubano, que prefere não
se identificar.
"A
iluminação é insuficiente. Não é o ideal, mas a gente precisa
continuar o atendimento, porque a população é muito carente de
atenção".
—
Parece
piada que, quando a gente enfim tem médico que vai ficar, não tem
lugar para ser atendido, diz a dona de casa Géssica Santos, de 27
anos. ]
"Os
médicos são ótimos, mas não é lugar para cuidar de paciente".
Segundo
a prefeitura de Salvador, 79 dos 112 postos foram reinaugurados e 18
estão em obras e serão entregues em 2015.
A
USF de Beira Mangue chegou a ser interditada pela Vigilância
Sanitária. Foi reinaugurada e agora tem de fechar por falta de
segurança.
—
Não
temos conseguido fazer as visitas às famílias porque as gangues
muitas vezes proíbem nossa circulação, conta um médico.
"Há
situações em que eles mandam fechar a unidade. Obedecemos."
Em
Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE), são 14
profissionais - 12 cubanos e dois brasileiros -, mas ainda faltam
oito médicos.
—
A
atenção básica à saúde funciona razoavelmente bem, diz o agente
comunitário de saúde Jonas Guimarães de Santana, de 29 anos.
—
O
problema maior é a falta de especialistas, quando aqui no posto se
identifica algo a ser tratado ou aprofundado." Ele frisa que a
demanda é maior que a estrutura disponível e o paciente muitas
vezes desiste do tratamento por causa da demora.
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