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Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora com risco de ficarem sem reposição salarial

Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora correm risco de ficarem sem reposição salarial

Matéria divulgada na Tribuna de Minas de 06/04/16 link - http://www.tribunademinas.com.br/lei-das-eleicoes-reduz-reajuste/ indica que a Prefeitura de Juiz de Fora pretende outorgar um aumento de 3,32% aos servidores públicos municipais. A ideia se sustenta em parecer jurídico composto nas oficinas advocatícias da AMM, Associação Mineira de Municípios, que pretensamente forneceria bases legais para a recomposição parcial e ridiculamente pífia dos salários. Tal decisão se soma ao festival terrível de judicializações que tem roubado a cena da vida pública nacional e feito com que todas as pessoas sensatas temam pelo futuro das instituições democráticas.

A imprensa nos diz que Sindicato dos Professores prepara a greve, o Sinserpu anuncia a resistência. Já o Sindicato dos Médicos avisa aos interesses que vai esgrimir parecer jurídico que vai no sentido contrário ao da AMM.

Da parte dos médicos da prefeitura, podemos questionar, como já tantas vezes fizemos, como é que nossos gestores podem esperar atrair e fixar mão de obra qualificada com tão pífios salários e sem plano de carreira? É a crônica de uma crise anunciada há décadas que vai se agravando a cada dia que possa. Esse assunto volta sempre à baila e, desta vez é trazido pela anunciada disposição da prefeitura de achatar ainda mais o valor real dos salários de seus servidores.

Uma questão perpassa toda essa discussão, que é a questão econômica. Essa recomposição parcial não repõe nem um terço das perdas inflacionárias sofridas pelos salários dos trabalhadores do setor público municipal no período. Não é difícil, após submeter ao exame frio dos números na calculadora, que o parecer jurídico da AMM é injusto e prejudicial.

No plano municipal, o assunto foi transferido pela Prefeitura ao TRE, conforme informado nos jornais de hoje, transformando a reivindicação trabalhista em assunto jurídico (a já conhecida judicialização, que torna inseguras as relações entre pessoas físicas e jurídicas brasileiras, e as próprias decisões das instâncias políticas)

O Sindicato dos Médicos levará suas ponderações à mesa de negociações, mas não pode excluir o fato que o descontentamento da categoria possa resultar em outros desdobramentos, não podendo ser excluída a hipótese da greve.


Propomos a todos os médicos da Prefeitura que fiquem atentos. Em breve seremos chamados a uma assembleia para debater os rumos desse movimento.

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