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#CRISEnoSUS - "O OUTRO LADO" - |MÉDICOS DE JUIZ DE FORA ESTÃO PERDENDO A ESPERANÇA NAS NEGOCIAÇÕES TRABALHISTAS COM PREFEITURA

FAX SINDICAL
Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata de MG
DATA: 23 de março de 2017
ASSUNTO: CAMPANHA SALARIAL DE 2017 – INFORMAÇÃO – MOBILIZAÇÃO

EDITORIAL

MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA EM LUTA POR RESPEITO E DIGNIDADE – CAMPANHA SALARIAL 2017 – ATÉ O MOMENTO SEM RESULTADOS

UM TRABALHO SOCIALMENTE RELEVANTE, TIDO COMO ESSENCIAL, NÃO PODE SER DESVALORIZADO POR AQUELES QUE TÊM O DEVER MORAL DE RECONHECÊ-LO E VALORIZÁ-LO

O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e a Prefeitura estão tentando entabular negociações salariais. Como todos sabem a reposição das perdas salariais sofridas pela categoria, segundo a disposição da atual administração municipal, será feita somente em dezembro, provocando um achatamento salarial sobre salários que já não são satisfatórios. A situação é alarmante.
Não há qualquer demonstração de preocupação dos atuais governantes quanto às consequências negativas dessa política, ou seja, a falta de médicos, em especial nas especialidades. Não sabemos se, atrás dessa indiferença existe algum projeto de terceirização generalizada dos serviços ou se existe um cálculo que a população poderá suportar ainda mais a redução dos serviços médicos especializados prestados pelo SUS.
Os médicos da prefeitura de Juiz de Fora recebem salários inferiores aos demais técnicos de nível superior, trabalham geralmente em condições difíceis, de insegurança, conforme tem sido noticiado pela imprensa local, bem como com falta de insumos e medicamentos, fatos que também frequentam o noticiário.
Há, cada vez mais, uma desânimo entre a fração da classe médica que trabalha para a prefeitura, que se sente “o outro lado”, nunca ouvido e escassamente respeitado.
Cada vez mais é possível notar que o serviço público não é um lugar hospitaleiro para os médicos que lá queiram trabalhar, apesar de todos saberem que a maioria da população brasileira é usuária do SUS e que um sistema público de saúde não funcionará sem médicos, exceto nos delírios dos mais tresloucados burocratas.
Trata-se aqui de um confronto entre um apelo à responsabilidade e uma atitude irresponsável, não apenas em relação à classe médica, mas à enorme população que depende de seus serviços.
A negociação tornou-se um impasse, onde uma categoria profissional é sempre o “outro lado” nunca ouvido, aparentemente nem levado a sério. Que consequências decorrerão dessa atitude irresponsável? Não sabemos, mas todos saberão quem são os verdadeiros responsáveis por isso. Aos médicos municipais de Juiz de Fora, aparentemente vencidos pelo desânimo e pela revolta, recomendamos que estejam preparados para se mobilizar, porque é daí, do ato público, que nascerá a merecida reação a esse tratamento indigno que estamos recebendo e que não merecemos.

Ao prefeito Bruno Siqueira e seu secretariado, apelamos apenas para o bom senso. Aos médicos pedimos que estejam atentos diante dos fatos que vêm acontecendo.

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