FAX SINDICAL 903
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Juiz de Fora, 10 de abril de 2012
De: Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais
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Carta aberta ao Prefeito Custódio Mattos
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O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais, por decisão unânime tomada por Assembléia Geral Extraoridinária, aprovou uma carta aberta ao Prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos, do PSDB, contendo a íntegra da pauta de reivindicações da categoria diante do empregador público municipal. Na pauta se solicita a valorização do piso salarial inicial do médico, atual inferior a 1.400 líquidos, a incorporação de gratificações para fins de aposentadoria e progressão na carreira, a melhoria das condições de trabalho, a regularização das unidades públicas de saúde que não têm diretor clinica e nem comissão de ética, o diálogo com a Prefeitura e a oferta de cursos para aperfeiçoamento, atualização e treinamento dos médicos municipais. No próximo FAX SINDICAL publicaremos a íntegra da carta.
Além da Publicação ela será protocolada no gabinete de seu destinatário, o Prefeito, encaminhada a autoridades, entidades sindicais, entidades médicas e ao Conselho Municipal de Saúde. A luta dos médicos municipais e municipalizados da Prefeitura de Juiz de Fora é justa e a justeza da causa dá ao Sindicato autoridade moral para dar conhecimento público de seu conteúdo.
A carta é o primeiro passo da Campanha Salarial 2012 dos médicos municipais e municipalizados da Prefeitura e, em uma próxima assembleia, conforme o desdobramento dos acontecimentos e a evolução das negociações, serão discutidos os próximos e decisivos passos desse bom combate.
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DEMISSÃO DE DIRETORA DO SINDICATO MOBILIZA CLASSE MÉDICA E PREOCUPA
A Dra. Adriane Brasileiro, diretora do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora foi informada de sua demissão pela Maternidade Terezinha de Jesus. Dra. Adriane é diretora de um sindicato legal, legítimo e representativo. Portanto, de acordo com a CLT, sua demissão não deveria ter lugar, apenas revelando ignorância do assunto por parte dos responsáveis pela sua demissão.
A Dra. Adriane é uma médica, trabalhadora precarizada/terceirizada do serviço público. Ou seja, ela presta serviços públicos de saúde, na condição de médica celetista, sendo seu trabalho médico intermediado para a Prefeitura de Juiz de Fora pela instituição Maternidade Terezinha de Jesus. Como dirigente sindical e celetista, ela não poderia ser demitida, pois tem direito à estabilidade sindical.
A Prefeitura de Juiz de Fora, apesar de compromisso assumido até em TAC com o Ministério Público Estadual, recusa-se peremptoriamente a realizar concurso públicos para médicos de saúde da família. Prefere os caminhos tortuosos e incertos da precarização, cujos resultados são previsivelmente negativos. A demissão da Dra. Adriane contribui decisivamente para comprometer as já difíceis relações trabalhistas entre a Prefeitura e o Sindicato dos Médicos. Além do mais, considerando a falta de médicos, é mais um passo a favor da desassistência contra o povo de Juiz de Fora.
O Jurídico do Sindicato será acionado para providências.
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Presidente da Fenam anuncia Dia Nacional de Advertência às operadoras de planos de saúde
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Cid Carvalhaes também divulgará a carta aberta às operadoras de planos de saúde. Movimento está sendo desencadeado pela ingerência antiética e inaceitável das operadoras na conduta médica e agravado pela decadência da remuneração dos procedimentos médicos, que contrasta com a ascenção do faturamento dos planos de saúde. As operadoras demonstram atitudes gerais de má vontade e recusa negativista em negociar.
Diz a correspondêcia da Fenam:
_ Em 25 de abril, os médicos de
todo o país – coordenados pela Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), composta por representantes de diversas entidades de classe – realizarão protestos contra os problemas enfrentados na relação com as operadoras de planos de saúde. Trata-se de um Dia Nacional de Advertência às empresas da saúde suplementar que, apesar de todos os esforços de negociação e diálogo com os profissionais, insistem em manter uma relação de desequilíbrio com a categoria. Isso implica, principalmente, no pagamento de honorários defasados por consultas e procedimentos e na interferência antiética na autonomia dos médicos.
Confiantes que na união de forças, poderemos mudar esse quadro em benefício dos profissionais e, sobretudo, da população, despedimo-nos, agradecemos - de antemão - o empenho oferecido e aguardamos a tomada de providência necessária ao êxito da mobilização.
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Ingerência política é inimiga da competência médica no serviço púbico de saúde
Propõe o governo o milagre da multiplicação dos médicos como solução para a crise do sistema público de saúde. Sustenta o seu raciocínio que a relação entre médicos e habitantes é baixa, que as prefeituras e não conseguem fixar médicos e o problema seria resolvido pelo simplismo da oferta e da procura.
Esquecem que países como Portugal, Grécia, Itália e Rússia, que têm relação entre médicos e habitantes muito mais elevada, enfrentam graves problemas na gestão da saúde pública.
Divulgamos abaixo matéria onde se denuncia a ingerência política na composição dos quadros gestores saúde e da direção dos serviços onde há atividade médica. O governo deveria se preocupar com essas graves questões que envolvem a tomada de decisões nessa área essencial. E criar uma carreira de estado para os médicos do serviço público, esta sim, capaz de atrair e fixar médicos.
Na matéria abaixo podemos ver que os problemas do sistema público de saúde têm em Portugal e no Brasil as mesmas raízes: ingerência política e burocrática exagerada na saúde. Aliás, a relação entre médicos e número de habitantes em Portugal e o dobro da do Brasil e lá persistem e se aprofundam os problemas de gestão do sistema público de saúde, conforme podemos confirmar lendo a matéria abaixo.
http://www.tvi24.iol.pt/esta-e-boca/medicos-saude-alexandre-linhares-furtado-premio-hospitais-tvi24/1339595-4087.html
Aposentado vira mártir da luta contra austeridade dos banqueiros europeus
Centenas de gregos vão ao funeral de aposentado suicida
Centenas de pessoas prestaram a última homenagem a Dimitris Chrisula, aposentado que se suicidou na quarta-feira (04/04) no centro de Atenas. Até o dia de seu funeral, neste sábado, ele se transformou em um símbolo do desamparo provocado pela medidas de austeridade adotadas para combater a crise econômica na Grécia. “Povo, adiante, não abaixe a cabeça, a única resposta é a resistência”, gritou a multidão, entre outras frases, enquanto aplaudia a chegada do caixão, no pátio do cemitério central da capital grega.
Em seu discurso de despedida, a filha do falecido, um farmacêutico aposentado de 77 anos, qualificou seu suicídio de um “ato profundamente político”, noticiou a televisão pública Net. Também foi lida a mensagem do compositor e figura da resistência à ditadura dos coronéis (1967-74) Mikis Thedorakis, que se tornou um grande crítico das medidas de austeridade impostas pela União Europeia e o FMI.
Atendendo aos desejos do falecido, de orientação de esquerda, a cerimônia foi civil, algo excepcional na Grécia. Em seguida, o corpo será transportado para a Bulgária, onde eu corpo será cremado. A influente Igreja ortodoxa grega bloqueia a construção de fornos crematórios na Grécia.
Chrisula deu um tiro na têmpora na quarta-feira pela manhã em plena praça Syntagma, a alguns metros do Parlamento, ponto de encontro dos protestos que se intensificam desde o início da.crise, em 2010.
Doente de câncer, segundo a polícia, e morando sozinho, ele deixou uma carta manuscrita na qual acusou o governo de tê-lo deixado sem recursos com os cortes impostos às pensões dos aposentados, comparando-o ao regime imposto pelos ocupantes nazistas em 1941.
Seu ato provocou grande comoção no país e
centenas de gregos têm visitado o local desde
então.
Fonte: Opera Mundi
Autor: Agência EFE
Data: 9/4/2012
http://www.gestaosindical.com.br/internacional/materia.asp?idmateria=3971
Hospitais públicos de SP estão sem médico no feriado – A precarização mostra sua cara
O site R7, da Rede Record, contatou os efeitos da precarização dos serviços públicos de saúde. Na capital das oscips, os governos estadual e municipal expõem a população à desassistência.
população de São Paulo enfrenta dificuldade
para conseguir atendimento nos hospitais da rede
pública de saúde neste feriadão de Páscoa.
Quem procura atendimento encontra longas filas
de espera, abandono e descaso, macas nos
corredores e uma ordem para que voltem para
casa, pois não há médicos de plantão.
Num dos casos, uma consulta foi marcada para o
fim do dia, oito horas após a paciente Luiza
Camargo chegar ao hospital. A filha da paciente, a
dona de casa Roberta Camargo, lamenta a
situação.
— Ela está com problemas de rim, com problemas
no pulmão.
Ameaça à pesquisa científica no Brasil
Deu no site Viomundo –» Professor da UFPA denuncia ameaça à pesquisa científica no Brasil » Leia em http://www.viomundo.com.br/denuncias/professor-da-ufpa-denuncia-ameaca-a-pesquisa-cientifica-no-brasil.html/print/
7 -abril- 2012 – 1:52 pm Categorias: médicos Enviar comentário "Tagged"Brasil, Governo, Pará, pesquisa científica, Universidade, Viomundo
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