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Goiânia: serviço público de saúde sem salário, sem medicamentos e sem limpeza

 

GOIÂNIA: Médicos da Prefeitura sem salário, pacientes sem medicamentos, unidades de saúde sem limpeza. 


O silêncio das autoridades não é o silêncio dos inocentes. 



O sistema público de saúde em Goiânia parece haver descido aos infernos. 


Apesar da suspensão da paralisação dos médicos pelo Poder Judiciário estadual, enfermeiros e técnicos de uma maternidade já estão em greve. 


Em entrevista, Robson Azevedo, do Sindicato dos Médicos de Goiás, declara abertamente sua discordância com a decisão liminar da Justiça. 


“Está se tornando normal para todos o médico não receber salário, é normal não ter medicação no posto de saúde, o paciente ser obrigado a ir na farmácia do lado comprar, parece que está sendo normal não ter segurança no local de trabalho, parece que está normal não ter limpeza, parece que tá normal não ter exame, não ter medicamento, não ter nada, certo?”


O jornal Opção, de Goiânia, em matéria de Guilherme de Andrade, publicada em 10 dezembro 2024 às 08h50, destaca a situação caótica do sistema público de saúde de Goiânia. 



“Intervenção do Estado na Saúde de Goiânia, paralisação de médicos proibida pela Justiça, enfermeiros e técnicos de maternidades em greve, prisão de ex-secretário de Saúde, nova chefe da pasta entregando o cargo uma semana após assumi-lo, e crise generalizada no serviço público de Saúde. Em meio a esse cenário, diversas entidades públicas dialogam, às vezes em desacordo, na busca de uma solução para a população da capital do estado. 

Em entrevista ao Jornal Opção, o diretor do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo, comenta a decisão da Justiça em paralisar o movimento da categoria. “Nós recebemos com surpresa a decisão liminar que suspendeu o movimento legítimo dos médicos”, resume o representante do movimento sindical. 

Robson destaca as condições de trabalho às quais os médicos têm sido expostos nos últimos tempos e também as diversas negociações infrutíferas que aconteceram com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, o que levou à paralisação aprovada em assembleia pela categoria na última quarta-feira, 4. 

“Está se tornando normal para todos o médico não receber salário, é normal não ter medicação no posto de saúde, o paciente ser obrigado a ir na farmácia do lado comprar, parece que está sendo normal não ter segurança no local de trabalho, parece que está normal não ter limpeza, parece que tá normal não ter exame, não ter medicamento, não ter nada, certo?”, lamentou o médico. “

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