[FAX SINDICAL Nº. 146 *** 02 / 03 /2009. SindMed Juiz de Fora]-
DEMISSÃO VOLUNTÁRIA CRESCE ENTRE MÉDICOS.
A crise da saúde pública no Brasil manifesta-se dia após dia, enquanto tardam as providências do Governo Federal e do Ministério da Saúde, que detém as chaves dos cofres públicos e o poder de decisão sobre os assuntos mais graves da área. A falta de uma política de recursos humanos séria e responsável tem sido um dos mais poderosos fatores a conspirar contra a assistência médica pública no Brasil. O Fax Sindical contém uma ampla coleção de exemplos disso. Agora, no Rio Grande do Norte, o sistema público de saúde corre risco de desativação parcial de seus serviços, mesmo os essenciais, porque médicos mal remunerados estão pedindo demissão. A demissão voluntária está virando rotina nos serviços públicos de saúde. Vínculos precários, salários péssimos e condições de atendimento inadequadas são as principais causas.
Há até mesmo excrescências nessa área. Como é o caso da Prefeitura de Juiz de Fora. Ela tem praticado discriminação salarial contra os médicos, que percebem 25% a menos que os demais profissionais de nível superior. Uma situação lamentável que tarda a se resolver. A má remuneração tem provocado também muitas demissões voluntárias naquela cidade mineira.
Diário de Natal
Estado não segura mais seus médicosO pedido de demissão voluntária está virando rotina entre os médicos da rede pública do Rio Grande do Norte. Depois que o atendimento por parte dos cadastrados pelas cooperativas foi reestabelecido com a renovação do convênio, a crise na saúde continuou. Numa clara demonstração de que o problema é ainda mais grave. Dessa vez, os médicos concursados estão abrindo mão de suas carreiras no serviço público estadual. O caso mais recente é do anestesiologista Alessandro Bessa, o modelo do funcionário público concursado e toda estabilidade e status que essa carreira proporcionava ruiu.
''Fiz esse concurso, passei, assumi e começei a trabalhar, porém não consigo encontrar ânimo para continuar. Não quero para o meu futuro o que vejo acontecer hoje com alguns colegas, há anos insatisfeitos com a situação, continuam dia após dia na esperança que as coisas melhorem, apostando na boa vontade de quem governa'', riticou.
O ''movimento silencioso'' tocado por alguns médicos está despertando a atenção de Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos e ex-presidente da Associação Médica do RN. Para ele os profissionais não podem simplesmente dar as costas para o serviço público.
Segundo Geraldo Ferreira, atitudes como a do anestesiologista materializam um sentimento de desilusão dos médicos com o serviço público muito comum e mais acentuado entre os ortopedistas e anestesiologistas. No calor da discussão da renovação dos contratos com as cooperativas médicas a Secretaria Estadual de Saúde passou a contratar médicos concursados com a promessa de pagar já no final do mês após o início dos trabalhos. Geraldo Ferreira considera essa ato uma ''fanfarrice''.
E completa: ''Não me admira muito. O governo do estado tem descumprido costumeiramente os acordos feitos.Todos sabem que há um procedimento legal e burocrático e eles não passariam por cima disso para pagar esses profissionaais'', disse.
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