Fax Sindical 17.03.2011
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Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora em estado de greve
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Em Assembléia realizada na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, nessa noite de quarta-feira, 16 de março de 2011, os médicos da Prefeitura da cidade votaram indicativo de greve e aprovaram paralisação de todas as atividades do serviço público de saúde para o dia 07 de abril próximo.
Nesse dia haverá concentração de médicos na Sociedade de Medicina, seguida de caminhada cívica até o PAM Marechal onde haverá ato público e panfletagem.
A carta contendo as reivindicações da classe médica foi protocolizada no gabinete do Prefeito no dia 24 de fevereiro, publicada depois na imprensa local, encaminhada para vereadores, secretários e chefias da administração municipal, autoridades e para o Conselho Municipal de Saúde. Mais de 3 mil emails e 15 mil visualizações na Internet foram enviados e lidos. Apesar de toda gravidade do problema até o início da assembléia a administração municipal ainda não havia se manifestado.
Todos os vereadores médicos estiveram presentes na Assembléia.
Foi aprovada a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal para tratar do problema dos médicos na Prefeitura de Juiz de Fora. A Prefeitura dessa cidade é uma das que pior remunera os médicos em todo o Brasil. O vencimento básico de um médico municipal é menor que o pífio mínimo de 3 salários mínimos estabelecidos na obsoleta Lei Federal 3999 de 1961. Além disso o vencimento do médico é 25% inferior às demais categorias de nível superior. As escalas de plantão dos serviços de urgência estão incompletas, é difícil conseguir consultas com especialistas e muitos postos de saúde de bairros estão sem médicos. Nas UPAs terceirizadas há muita rotatividade de mão de obra e as pessoas esperam muito tempo por um atendimento. As condições de trabalho estão deterioradas. Faltam prontuários, comissões de ética, diretorias clínicas. Os equipamentos estão deteriorados ou deteriorando-se.
Na Assembléia o vereador José Tarcísio declarou que sempre notou a má vontade do Prefeito em relação aos médicos. O vereador José Laerte disse temer que a vistoria da vigilância sanitária no PAM Marechal, solicitada pelo Ministério Público Estadual, possa ser usada como cortina de fumaça para encobrir o desmantelamento da atenção secundária e dos serviços de especialidades, e não para obrigar a Prefeitura a cumprir a lei e adequar o local para um atendimento decente. O vereador Fiorilo destacou que o secretário de administração, Vitor Valverde, mesmo sendo de seu partido, nunca mostrou vontade política de melhorar a situação da Medicina na Prefeitura, escudando-se na desculpa da falta de recursos para melhorar a saúde. Foi lembrada a ausência do vice-prefeito, também médico, o Doutor Eduardo de Freitas, que tem sido omisso diante da crise da saúde pública em Juiz de Fora.
Sete de abril será o início de um grande movimento médico em Juiz de Fora.
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Médicos da Prefeitura de Juiz de Fora em estado de greve
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Em Assembléia realizada na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Juiz de Fora, nessa noite de quarta-feira, 16 de março de 2011, os médicos da Prefeitura da cidade votaram indicativo de greve e aprovaram paralisação de todas as atividades do serviço público de saúde para o dia 07 de abril próximo.
Nesse dia haverá concentração de médicos na Sociedade de Medicina, seguida de caminhada cívica até o PAM Marechal onde haverá ato público e panfletagem.
A carta contendo as reivindicações da classe médica foi protocolizada no gabinete do Prefeito no dia 24 de fevereiro, publicada depois na imprensa local, encaminhada para vereadores, secretários e chefias da administração municipal, autoridades e para o Conselho Municipal de Saúde. Mais de 3 mil emails e 15 mil visualizações na Internet foram enviados e lidos. Apesar de toda gravidade do problema até o início da assembléia a administração municipal ainda não havia se manifestado.
Todos os vereadores médicos estiveram presentes na Assembléia.
Foi aprovada a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal para tratar do problema dos médicos na Prefeitura de Juiz de Fora. A Prefeitura dessa cidade é uma das que pior remunera os médicos em todo o Brasil. O vencimento básico de um médico municipal é menor que o pífio mínimo de 3 salários mínimos estabelecidos na obsoleta Lei Federal 3999 de 1961. Além disso o vencimento do médico é 25% inferior às demais categorias de nível superior. As escalas de plantão dos serviços de urgência estão incompletas, é difícil conseguir consultas com especialistas e muitos postos de saúde de bairros estão sem médicos. Nas UPAs terceirizadas há muita rotatividade de mão de obra e as pessoas esperam muito tempo por um atendimento. As condições de trabalho estão deterioradas. Faltam prontuários, comissões de ética, diretorias clínicas. Os equipamentos estão deteriorados ou deteriorando-se.
Na Assembléia o vereador José Tarcísio declarou que sempre notou a má vontade do Prefeito em relação aos médicos. O vereador José Laerte disse temer que a vistoria da vigilância sanitária no PAM Marechal, solicitada pelo Ministério Público Estadual, possa ser usada como cortina de fumaça para encobrir o desmantelamento da atenção secundária e dos serviços de especialidades, e não para obrigar a Prefeitura a cumprir a lei e adequar o local para um atendimento decente. O vereador Fiorilo destacou que o secretário de administração, Vitor Valverde, mesmo sendo de seu partido, nunca mostrou vontade política de melhorar a situação da Medicina na Prefeitura, escudando-se na desculpa da falta de recursos para melhorar a saúde. Foi lembrada a ausência do vice-prefeito, também médico, o Doutor Eduardo de Freitas, que tem sido omisso diante da crise da saúde pública em Juiz de Fora.
Sete de abril será o início de um grande movimento médico em Juiz de Fora.
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