FAX SINDICAL URGENTE - 10 DE MARÇO DE 2011
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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais
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MOBILIZAÇÃO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA, EM DEFESA DO TRABALHO ÉTICO, DO SALÁRIO DIGNO E DE UM SUS DE PÚBLICO E DE QUALIDADE.
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ATENÇÃO MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA - DISTRIBUAM, DIVULGUEM, ESPALHE, AVISEM NOS LOCAIS DE TRABALHO, TELEFONEM PARA AMIGOS E COLEGAS DE TRABALHO.
ASSEMBLÉIA GERAL DE TODOS OS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. No dia 16/03, QUARTA-FEIRA na SMCJF- EXIGIDOS RESPEITO, TRABALHO DECENTE E SALÁRIO HONESTO.
DIA 17/03 ASSEMBLÉIA DE TODOS OS MÉDICOS DA URGÊNCIA no HPS , no centro de estudos às 10 horas e 30 minutos.
DIA 07/04 (ATO PÚBLICO NA SMCJF ) com distribuição de carta aberta à população e coletiva com a imprensa, sobre o dia de paralisação nacional de atendimento aos convênios. Nenhum médico conveniado deve marcar consultas para esse dia, POR QUALQUER CONVÊNIO QUE SEJA.
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SINDICATO EM AÇÃO CONTRA A ARBITRARIEDADE POLICIAL
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HPS NOS TEMPOS DO CANGAÇO! NEGLIGÊNCIA DO PREFEITO CUSTÓDIO DE MATOS E VIOLÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS EM AÇÃO CONJUNTA CONTRA A CLASSE MÉDICA.
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ARBITRARIEDADE EM PRONTO SOCORRO: POLICIAIS MILITARES TENTAM ARRANCAR MÉDICO DE SALA DE URGÊNCIA.
Em Juiz de Fora a Polícia Militar de Minas Gerais tentou tirar médico de sala de urgência para conduzi-lo a delegacia de polícia, pondo em risco a vida de dezenas de pessoas. Escreveu uma página vergonhosa na sua história. O acontecimento lamentável deu-se na noite de segunda-feira de carnaval, 07 de março.
Não havendo médico disponível na porta do hospital, devido às precárias condições de trabalho e aos salários tacanhos pagos pela Prefeitura de Juiz de Fora, que torna inepto o empregador para atrair e fixar profissionais, ocorre frequentemente esse tipo de situação. Um médico que ingresse hoje no serviço público municipal de Juiz de Fora receberá salários inferiores aos de um soldado da Polícia Militar. O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora tem denunciado essa situação grave e dramática às autoridades e à sociedade civil. Até agora, aguardamos providências enquanto as escalas de plantão vão ficando incompletas ou vazias. A administração municipal continua inerte e negligente, em que pese o vistoso aumento dos impostos que toma da população.
Acreditamos ser atitude fácil demais para a Polícia Militar de Minas Gerais invadir um hospital público e, excedendo-se em todos os seus poderes, tentar prender o único médico plantonista da sala de urgência, onde ficam pacientes em risco de morte. O HPS não é o complexo do Alemão e nem a Rocinha, áreas cuja penetração demonstraram bravura para os senhores policiais. A ação policial militar foi frustrada pelo diretor clínico, que acompanhou os policiais até às repartições policiais. Por certo podem supor agradar ao público com essas ações, como outrora agiram corpos policiais históricos como a Gestapo, a Stasia, a Securitat ou a KGB, que amparavam suas ações repressivas ao sabor ideológico da propaganda de seus atos. Deviam ser violentos e populares, temidos e aplaudidos, ainda que diante dos mais fortes abusos. Essa é a maneira de funcionar dos estados policiais e policialescos. Outrora os policiais recebiam a alcunha de samangos ou macacos, odiados que eram pela população do interior do Nordeste, pelos excessos, tropelias e covardia que comentiam contra a população civil durante as operações contra o cangaço.
Seria um insânia a toda prova remover de seu trabalho um único médico que está à cabeceira do leito de pessoas que correm risco de morrer. Só mesmo o mais arbitrário dos agentes poderia supor ação tão violentamente cruel e arriscada. Só pessoas insensíveis imaginam submeter um médico de cuidados intensivos a estresse superior ao que ele tem que agüentar na natureza própria de suas funções altamente especializadas. Apenas pessoas despreparados poderiam cometer um ato de tamanho malefício.
Os verdadeiros responsáveis por essa situação poderiam os valorosos milicianos encontrá-los não entre as paredes de um hospital carente de recursos humanos e materiais, mas no Paço Municipal, onde estão instalados os que têm a responsabilidade de garantir condições honestas de atendimento à nossa população, oferecendo recursos humanos e materiais para o trabalho decente.
Fosse a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais mais eficaz e corajosa em coibir o comércio da cocaína e do crack e a ação de gângs, ela contribuiria de forma importantíssima para diminuir a demanda dos serviços de urgência médica. Mas parecem julgar ser mais fácil e popular invadir hospitais e privar doentes do único médico que os assiste em situação de extrema necessidade, como se eles, em nome da lei, estivessem cumprindo missão humanitária.
Contam que quando foi promulgado o AI5, o vice-presidente Pedro Aleixo teria protestado junto ao General Costa e Silva, presidente da República, dizendo que não se preocupava com aquele excesso de poderes nas mãos do general, mas que temia o uso que faria daquela ferramenta de recessão o guarda da esquina.
Não pode parecer bom para as pessoas sensatas e de boa vontade esse tipo de ação, que só ganharia espaço e destaque em programas sensacionalistas de qualidade duvidosa. Não pode parecer boa a presunção de que a classe médica é impopular e mal considerada pela opinião pública a ponto de se considerar tais operações policiais como dignas de aplauso. Pesquisas de opinião conferem aos médicos melhor avaliação do que aquela dada aos policiais. Ademais, sendo todos, policiais e médicos do HPS, servidores públicos, deveria haver em todas essas ações uma noção de bem público, bem superior a atos truculentos e açodados.
Em parte alguma do mundo civilizado pareceria bom remover um médico de um hospital público, na beira do leito de pessoas em risco, para conduzi-lo a alguma delegacia de polícia. Em Juiz de Fora, quem provê os recursos humanos necessários ao funcionamento adequado das unidades de saúde é a Prefeitura e qualquer pessoa medianamente esclarecida sabe disso. Falta avisar isso à Polícia Militar.
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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais
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MOBILIZAÇÃO DOS MÉDICOS DE JUIZ DE FORA, EM DEFESA DO TRABALHO ÉTICO, DO SALÁRIO DIGNO E DE UM SUS DE PÚBLICO E DE QUALIDADE.
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ATENÇÃO MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA - DISTRIBUAM, DIVULGUEM, ESPALHE, AVISEM NOS LOCAIS DE TRABALHO, TELEFONEM PARA AMIGOS E COLEGAS DE TRABALHO.
ASSEMBLÉIA GERAL DE TODOS OS MÉDICOS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. No dia 16/03, QUARTA-FEIRA na SMCJF- EXIGIDOS RESPEITO, TRABALHO DECENTE E SALÁRIO HONESTO.
DIA 17/03 ASSEMBLÉIA DE TODOS OS MÉDICOS DA URGÊNCIA no HPS , no centro de estudos às 10 horas e 30 minutos.
DIA 07/04 (ATO PÚBLICO NA SMCJF ) com distribuição de carta aberta à população e coletiva com a imprensa, sobre o dia de paralisação nacional de atendimento aos convênios. Nenhum médico conveniado deve marcar consultas para esse dia, POR QUALQUER CONVÊNIO QUE SEJA.
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SINDICATO EM AÇÃO CONTRA A ARBITRARIEDADE POLICIAL
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HPS NOS TEMPOS DO CANGAÇO! NEGLIGÊNCIA DO PREFEITO CUSTÓDIO DE MATOS E VIOLÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS EM AÇÃO CONJUNTA CONTRA A CLASSE MÉDICA.
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ARBITRARIEDADE EM PRONTO SOCORRO: POLICIAIS MILITARES TENTAM ARRANCAR MÉDICO DE SALA DE URGÊNCIA.
Em Juiz de Fora a Polícia Militar de Minas Gerais tentou tirar médico de sala de urgência para conduzi-lo a delegacia de polícia, pondo em risco a vida de dezenas de pessoas. Escreveu uma página vergonhosa na sua história. O acontecimento lamentável deu-se na noite de segunda-feira de carnaval, 07 de março.
Não havendo médico disponível na porta do hospital, devido às precárias condições de trabalho e aos salários tacanhos pagos pela Prefeitura de Juiz de Fora, que torna inepto o empregador para atrair e fixar profissionais, ocorre frequentemente esse tipo de situação. Um médico que ingresse hoje no serviço público municipal de Juiz de Fora receberá salários inferiores aos de um soldado da Polícia Militar. O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora tem denunciado essa situação grave e dramática às autoridades e à sociedade civil. Até agora, aguardamos providências enquanto as escalas de plantão vão ficando incompletas ou vazias. A administração municipal continua inerte e negligente, em que pese o vistoso aumento dos impostos que toma da população.
Acreditamos ser atitude fácil demais para a Polícia Militar de Minas Gerais invadir um hospital público e, excedendo-se em todos os seus poderes, tentar prender o único médico plantonista da sala de urgência, onde ficam pacientes em risco de morte. O HPS não é o complexo do Alemão e nem a Rocinha, áreas cuja penetração demonstraram bravura para os senhores policiais. A ação policial militar foi frustrada pelo diretor clínico, que acompanhou os policiais até às repartições policiais. Por certo podem supor agradar ao público com essas ações, como outrora agiram corpos policiais históricos como a Gestapo, a Stasia, a Securitat ou a KGB, que amparavam suas ações repressivas ao sabor ideológico da propaganda de seus atos. Deviam ser violentos e populares, temidos e aplaudidos, ainda que diante dos mais fortes abusos. Essa é a maneira de funcionar dos estados policiais e policialescos. Outrora os policiais recebiam a alcunha de samangos ou macacos, odiados que eram pela população do interior do Nordeste, pelos excessos, tropelias e covardia que comentiam contra a população civil durante as operações contra o cangaço.
Seria um insânia a toda prova remover de seu trabalho um único médico que está à cabeceira do leito de pessoas que correm risco de morrer. Só mesmo o mais arbitrário dos agentes poderia supor ação tão violentamente cruel e arriscada. Só pessoas insensíveis imaginam submeter um médico de cuidados intensivos a estresse superior ao que ele tem que agüentar na natureza própria de suas funções altamente especializadas. Apenas pessoas despreparados poderiam cometer um ato de tamanho malefício.
Os verdadeiros responsáveis por essa situação poderiam os valorosos milicianos encontrá-los não entre as paredes de um hospital carente de recursos humanos e materiais, mas no Paço Municipal, onde estão instalados os que têm a responsabilidade de garantir condições honestas de atendimento à nossa população, oferecendo recursos humanos e materiais para o trabalho decente.
Fosse a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais mais eficaz e corajosa em coibir o comércio da cocaína e do crack e a ação de gângs, ela contribuiria de forma importantíssima para diminuir a demanda dos serviços de urgência médica. Mas parecem julgar ser mais fácil e popular invadir hospitais e privar doentes do único médico que os assiste em situação de extrema necessidade, como se eles, em nome da lei, estivessem cumprindo missão humanitária.
Contam que quando foi promulgado o AI5, o vice-presidente Pedro Aleixo teria protestado junto ao General Costa e Silva, presidente da República, dizendo que não se preocupava com aquele excesso de poderes nas mãos do general, mas que temia o uso que faria daquela ferramenta de recessão o guarda da esquina.
Não pode parecer bom para as pessoas sensatas e de boa vontade esse tipo de ação, que só ganharia espaço e destaque em programas sensacionalistas de qualidade duvidosa. Não pode parecer boa a presunção de que a classe médica é impopular e mal considerada pela opinião pública a ponto de se considerar tais operações policiais como dignas de aplauso. Pesquisas de opinião conferem aos médicos melhor avaliação do que aquela dada aos policiais. Ademais, sendo todos, policiais e médicos do HPS, servidores públicos, deveria haver em todas essas ações uma noção de bem público, bem superior a atos truculentos e açodados.
Em parte alguma do mundo civilizado pareceria bom remover um médico de um hospital público, na beira do leito de pessoas em risco, para conduzi-lo a alguma delegacia de polícia. Em Juiz de Fora, quem provê os recursos humanos necessários ao funcionamento adequado das unidades de saúde é a Prefeitura e qualquer pessoa medianamente esclarecida sabe disso. Falta avisar isso à Polícia Militar.
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