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Fax Sindical 1001

***** FAX SINDICAL 1001 *****



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De: Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata de Minas Gerais



04 de junho de 2012 - Segunda-feira.



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Editorial.



MÉDICOS MUNICIPAIS DA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA PRECISAM SE MOBILIZAR CONTRA SALÁRIOS INDIGNOS, CONDIÇÕES DE TRABALHO DETERIORADAS E PRECARIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE



Os médicos municipais de Juiz de Fora, que estão em campanha salarial, encontram diante de si uma muralha de incompreensão erguida pela administração do prefeito Custódio Mattos. As negociações não avançam e a administração municipal recusa-se a apresentar qualquer contraproposta séria e consistente à pauta de reivindicações dos médicos municipais. Fugir diante da crise não é uma boa resposta.



Na conta do atual prefeito com a categoria profissional contam três pontos extremamente negativos:


1- O salário real dos profissionais médicos na Prefeitura tornou-se o mais baixo da história dos serviços públicos quando comparado a valores de mercado. Cerca de mil e trezentos reais (considerados descontos tributários e previdenciários).


2- A administração Custódio Mattos rasgou a Constituição e passou a contratar médicos para o serviço público por meio do instrumento desgastado da terceirização, que abriu a porta para a corrupção em várias cidades brasileiras. Custódio merece, por isso, o título desonroso de pai da precarização do SUS em Juiz de Fora.


3- Custódio poderá entrar para a história da cidade e de sua Medicina com um registro muito negativo. Até a presente data não recebeu a representação classista dos médicos (leia-se sindicato) nem uma vez. Parece não entender  o custo político dessa manifestação de intolerância.



E o vice-prefeito Eduardo de Freitas? Onde está o Eduardo de Freitas? Ele que poderia restabelecer o elo quebrado da corrente, recolhe-se ao silêncio, como se pudesse ser indiferente  diante das péssimas relações trabalhistas entre a classe médica e a prefeitura. Ora, Eduardo de Freitas é médico, promove churrascos e jantares para outras categorias profissionais e está esquecido da classe médica. Tornou-se um zero à esquerda para seus colegas médicos municipais. Será que Eduardo de Freitas compartilha dos preconceitos e intolerância que norteiam a política de Custódio contra os médicos? Isso só ele poderá responder.



O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora é uma instância legítima, democrática e representativa da classe médica. Não compete ao prefeito ignorá-la. O Sindicato tem aumentado e fortalecido sua representatividade e visibilidade social e política. O presidente do Sindicato, Dr. Gilson Salomão, foi eleito para a Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde. Além disso integra a diretoria da Fesumed, federação sindical que reúne as representações classistas do Sudeste do Brasil. A vice-presidente do Sindicato, Dra. Rosilene Alves, tornou-se integrante da direção nacional da FENAM, órgão máximo do sindicalismo médico brasileiro. Foi um avanço importantíssimo para a representação classista dos médicos esse ganho de representatividade inédito na história da nossa representação classista. Também o Dr. Carlos Gasparette integra a diretoria da Fesumed.



Enquanto há razões muito concretas para sustentar a credibilidade do trabalho do Sindicato, continuamos com nossas negociações emperradas pela prefeitura. A atual administração municipal faz vista grossa e ouvidos de mercador diante da necessidade urgente de reestruturar a carreira dos médicos municipais. Essa atitude atravessa as fronteiras da irresponsabilidade porque ameaça o futuro do sistema público de saúde e criará gargalos e perda de qualidade na atenção à população usuária do SUS.



Só a classe médica, por meio de sua mobilização e unidade, pode dar a merecida resposta, diante da sociedade e da opinião pública, a esse descaso da atual administração. Por isso o Sindicato dos Médicos convocou nova assembléia dos médicos municipais para o dia 19 (dezenove) de junho, terça-feira, às 19 horas e 30 minutos, na Sociedade de Medicina. Solicitamos a todos que mobilizem, divulguem e repassem essa informação. Uma assembléia cheia expressará a força da categoria e poderá tomar decisões importantes. É hora de responder a esse desafio. A conduta dessa administração municipal está por merecer um cartão amarelo. A saúde é assunto de interesse geral e como tal deve ser tratado.



Deixamos claro para todos que não somos parte do acordo assinado pelo Sinserpu. Somos outro sindicato e não aceitamos a correção insuficiente de 5%.





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