Segundo o Sismar, os médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Núcleo de Gestão Assistencial (NGA 3) e do Centro de Diagnósticos (UMED) vão aderir à paralisação que deve ter adesão de até 80%. A informação, entretanto, não foi confirmada pela Prefeitura.
Inicialmente, o movimento de paralisação deve durar um dia e uma assembleia deverá ser feita nesta noite para analisar a situação. "A previsão é de um dia, mas à noite faremos nova assembleia para decidir se tomamos outras medidas", explicou o presidente do Sismar, Valdir Teodoro Filho.
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Os profissionais reclamam das condições de trabalho na rede pública. "Com as atuais condições de trabalho e salário, não é possível oferecer aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) uma medicina de qualidade", ressaltou nota enviada pelo Sismar.
No Jornal Regional do dia 22 de março, o clínico-geral Jorge Udari Neto, que há 26 anos atende em postos, denunciou a falta de profissionais, medicamentos e até de material de limpeza nas unidades de saúde. Na ocasião, o Secretario de Saúde, Delorges Mano, disse que desconhecia o problemas de estrutura, negou a falta de medicamentos e admitiu que há dificuldades para contratar profissionais especialistas
Ponto eletrônico
Para a Prefeitura, o movimento teve início devido à insatisfação de alguns médicos com a instalação de relógios de ponto nas unidades de saúde e chegou a oferecer uma revisão salarial para os médicos, incorporando gratificações aos salários. A proposta foi rejeitada pelos profissionais e a Prefeitura decidiu encerrar as negociações, afirmando que só retomaria o assunto após a votação do dissídio, em maio.
A justificativa da Prefeitura sobre os relógios de ponto é rebatida pelo sindicato. "O argumento é espúrio, simplório e falso", considerou o sindicato em nota. "O problema não é esse e para nós isso já foi superado, por isso queremos chamar a atenção da população para as condições das unidades de saúde", afirmou Teodoro Filho. Demora para realização de exames, prédios inadequados, falta de medicamentos, além da falta de médicos e demais profissionais são os problemas relatados pelo sindicato.
Atendimento
Segundo a Secretaria de Saúde, o atendimento durante a paralisação deverá ser mantido. "Por se tratar de serviço essencial, a lei prevê que 30% dos médicos continuem atendendo", afirmou nota enviada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.
Além de garantir o atendimento, a Secretaria solicitou que os usuários relatem dificuldades. "Caso algum usuário vá até a unidade e o médico se recuse a atender, a Prefeitura pede que a Secretaria da Saúde seja imediatamente comunicada para que sejam tomadas as medidas jurídicas cabíveis".
A Prefeitura informou também que poderá entrar na Justiça contra a paralisação. "O poder público acionará a Justiça pedindo a suspensão imediata da greve, pois não existe amparo legal para qualquer paralisação. A Secretaria de Saúde destaca que se o médico que estiver na unidade se recusar a prestar atendimento sofrerá as punições cabíveis", afirmou em nota.
Noticia em:
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/04/medicos-paralisam-atendimento-em-postos-de-araraquara-nesta-quarta.html
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