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HANSENÍASE EM ALTA OBRIGA GOVERNO FEDERAL A AGIR.

A hanseníase, uma doença que vitimou populações desde os tempos bíblicos até a Idade Média, continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil. Há dados que informam sobre um aumento do número de casos. A resposta do Ministério da Saúde será uma campanha publicitária. Isso inclui dizer que há 15 mil postos de saúde preparados para diagnosticar casos de hanseníase, no Brasil inteiro. Você acredita nisso?

Leia a notícia da Folha on line:

Ministério da Saúde dá início a campanha de combate à hanseníase no país - BOL Notícias
06/07/2008 - 23h15
Ministério da Saúde dá início a campanha de combate à hanseníase no país

Começa nesta semana e vai até o dia 20 de julho a campanha de combate à hanseníase nas televisões, rádios e jornais. O objetivo do Ministério da Saúde é orientar a população a procurar os serviços de saúde assim que surjam os primeiros sintomas da doença, principalmente entre os adolescentes com menos de 15 anos de idade. A informação é da coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, Maria Leide de Oliveira.

O foco nos jovens mostra que adultos sem diagnóstico estão transmitindo a doença para as crianças e adolescentes. O contágio se dá por via respiratória, ou seja, a pessoa infectada libera o micróbio no ar ao tossir ou espirrar.

Maria Leide explicou que a hanseníase é uma doença silenciosa, que fica incubada por anos, e, por isso, a população inicia o tratamento de forma tardia.

"A pessoa pode ficar com uma área do corpo adormecida por anos e só procurar um hospital quando a doença já está na forma mais grave", disse. Até 2011, a meta do governo é reduzir em 10% os registros entre os menores de 15 anos.

Os principais sintomas da hanseníase são manchas brancas ou avermelhadas em qualquer parte do corpo, lisas ou ásperas, caroços avermelhados ou castanhos, cãimbra ou dormência em áreas da pele, redução da sensibilidade à dor, calor ou frio, além do engrossamentos de nervos dos braços e perda de pelos nos locais das manchas.

Maria Leide destaca que a hanseníase tem cura, mesmo nos estágios mais avançados da doença. Ele esclareceu que, assim que o paciente começa a ser tratado, a transmissão é interrompida e desaparece a possibilidade de seqüelas.

O tratamento é feito por via oral, com remédios disponíveis no Sistema Único de Saúdes (SUS), sem necessidade de internação. O tratamento, no entanto, não pode ser interrompido. Segundo Maria Leide, o dever do paciente é tomar a medicação regularmente para impedir o fortalecimento do Bacilo de Hansen, causador da doença.

De acordo com Maria Leide, a incidência da doença é preocupante em 14 estados, que concentram mais de 60% dos casos no país. Entre eles estão: Pará, Maranhão e Mato Grosso.. Enquanto a média nacional é de dois novos casos de hanseníase a cada 10 mil habitantes, nesses estados o registro chega a dez casos, segundo a coordenadora. Levantamento do ministério mostra que 47 mil casos são notificados por ano no país.

Maria Leide explica que a ocupação dessas regiões com assentamentos e comunidades sem infra-estrutura básica, agravou a situação. Segundo ela, o Ministério da Saúde já capacitou 370 técnicos para atuar nos locais e repassa mais recursos às prefeituras que instalarem unidades de saúde próximas às comunidades pobres.

Dados do ministério mostram que 15 mil postos de saúde do país estão preparados para diagnosticar e tratar a hanseníase.
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