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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
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Ano V .'. Nº 248 .'. 29 de março de 2010.
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****** ATENÇÃO ******
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****** ATENÇÃO ******
PREFEITURA de Juiz de Fora. Campanha salarial 2010.
Equiparação já! Pelo fim da discriminação salarial contra os médicos.
Basta de ganhar 25% a menos. Basta de ver burlada a carga horária
especial dos Médicos!
Pela recomposição de 15% dos salários de todos os servidores.
Pela valorização do médico e do serviço de urgência e emergência, que
está carente de médicos por causa da má remuneração da PJF.
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Campanha salarial 2010. Muitas Prefeituras já entendem a importância
da valorização do médico e estão aproximando o salário do mínimo
profissional defendido pela FENAM e pelos sindicatos.
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Prefeituras começam a reconhecer o impacto dos baixos salários na
carência de médicos e perda de qualidade no atendimento do SUS.
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Prefeitura de Maringá quer dobrar salário de médicos da rede municipal
A Prefeitura de Maringá vai aumentar o salário dos cerca de 200
médicos que atendem na rede municipal, em umà tentativa de tornar os
concursos públicos mais atrativos para a categoria. O aumento chegará
a até 105%, dependendo da função do médico, já somado o adicional de
produtividade. O impacto na folha de pagamento do município é estimado
em R$ 400 mil a mais, por mês.
Hoje, o salário inicial é de R$ 5,4 mil para médicos do Programa Saúde
da Família (PSF), valor considerado baixo e apontado como o
responsável pela falta de profissionais na rede municipal. Nos últimos
quatro anos, a prefeitura realizou 11 concursos para a contratação de
médicos, sem sucesso no preenchimento das vagas.
Apesar de não haver um número preciso, diferentes setores da
prefeitura admitem a falta de médicos. Segundo a Secretaria Municipal
de Administração, hoje faltam 64 médicos para preencher todas as
vagas. Já a Secretaria Municipal de Saúde informa que o déficit gira
em torno de 30 profissionais, metade deles para o PSF.
Variação salarial
Com o aumento, que deverá ser publicado no Diário Oficial do Município
até o dia 31 deste mês, o salário dos médicos do PSF vai passar dos
atuais R$ 5,4 mil para R$ 7,4 mil, com a possibilidade de mais 30% de
ganho por produtividade — chegando, no máximo, a R$ 9,6 mil mensais.
Somando o adicional, o salário ficará 77% maior. Os médicos do PSF têm
jornada de 40 horas semanais.
Para os médicos estatutários — trabalham 20 horas por semana — o
salário inicial passará dos atuais R$ 1,8 mil para R$ 3 mil. Com a
possibilidade de mais 25% de adicional por produtividade, poderá
chegar a R$ 3,7 mil — o aumento será de até 105%.
Já os salários dos médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
passarão de R$ 3 mil para R$ 4,5 mil por mês, sem direito a adicional
por produtividade — aumento de 50%. O valor pago por plantão também
vai subir, de R$ 46,2 para R$ 50.
Sem concorrentes
Segundo o secretário de Administração, José Roberto Ruiz, a prefeitura
vai abrir um edital para a contratação de mais médicos — o 12º
concurso para a área, em quatro anos — ainda este mês. "A gente espera
que esses aumentos de salário atraiam mais médicos", diz.
Segundo Ruiz, foram estabelecidos adicionais de até 30% para estimular
os profissionais: "O objetivo do índice de produtividade é estimular a
assiduidade e o bom atendimento". Com o aumento salarial, os
investimentos do município com saúde passarão dos atuais 19% para 21%
do orçamento municipal de 2010. O mínimo exigido por lei é de 15%.
www.odiariomaringa.com.br/noticias/noticia/id/239336
P.S. Concurso Prefeitura de Florianópolis: seis mil reais, carga
horária regular de 2010 horas semanais e trabalho em consultórios
decentes. Juiz de Fora: vencimento básico inicial inferior a très
mínimos e trabalho em ambiente sucateado e sem recursos. Hora de
mudar?
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BRASIL SUS Remédios caros, médicos baratos e judicialização da Saúde.
No Brasil paga-se miseravelmente aos médicos e muito aos laboratórios.
O SUS paga o dobro do que a Suíça paga pelos mesmos medicamentos. A
incapacidade de negociação dos gestores com os grandes fornecedores
dificulta o acesso das pessoas ao tratamento e obriga, cada vez mais,
às pessoas recorrerem à Justiça para garantir o direito ao tratamento.
Texto publicado s ábado, dia 27 de mar ço de 2010
NOTÍCIAS
Remédios no Brasil são mais caros que na Suíça
Os medicamentos no Brasil são caros pela incapacidade de negocia çã o
com as grandes fabricantes. Essa foi uma das conclus ões tiradas
durante a confer ência O Judiciário e o Direito à Saúde, na
Universidade de Princeton, em New Jersey, Estados Unidos, que encerrou
nesta sextafeira (26/3). O evento reuniu representantes da Índia,
África do Sul, Alemanha e Brasil para discutir o papel do Judiciário
no acesso da populaçã o à saúde pública.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que
participou da abertura do evento, o brasileiro e professor em
Princeton, Jo ão Biehl, afirmou que o Brasil paga hoje duas vezes o
que a Su íça paga por medicamentos. A partir de uma pesquisa feita no
Rio Grande do Sul, Biehl detectou que o pa ís sofre com a falta de
pesquisa, de tecnologia, mas principalmente pela incapacidade de
negocia çã o com os laboratórios. "O governo Lula incentivou os
laborat órios pequenos e ignorou os grandes."
Segundo o professor, os médicos são formados pela cultura do
laboratório, ou seja, há um direcionamento para certos medicamentos, o
que aumenta o poder de fogo das maiores empresas.
Durante dois dias, os representantes de Harvard, e entidades como
Human Rigths Watch também discutiram sobre o acesso à medicamentos, os
direitos de mulheres, crianç as e minorias, que estão mais vulneráveis
à doenç as e tem menos acesso a tratamentos modernos.
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Câmara faz enquete sobre a obrigação dos planos de saúde reajustarem
honorários médicos
março 23, 2010 3:54 pm
Por: Taciana Giesel
A enquete, que entrou no ar no dia 15 de março, já tem 187 votos. Até
agora, 82 pessoas, o equivalente a 44% dos votos, disseram concordar
com o PL respondendo que "Sim, porque a falta de reajuste nos valores
das consultas tem levado muitos médicos a desistir de atender por
convênio."
Já 37% dos votantes, disseram, não concordar com a iniciativa, por
entenderem que "o tabelamento dos honorários médicos e odontológicos
prejudica a livre concorrência e pode onerar o consumidor" e 19%
disseram concordar caso o "Conselho Nacional de Saúde autorize a
utilização de tabelas regionalizadas."
O que pensam as entidades médicas
O reajuste dos honorários pagos pelos planos de saúde aos médicos é
luta antiga da Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de
Medicina e Associação Médica Brasileira, que defendem que os
profissionais devem receber reajustes periódicos nos valores de todos
os procedimentos pagos pelos planos de saúde.
Em junho de 2009, a FENAM solicitou a intervenção do MPT no caso. De
acordo com a entidade, desde 2004 os médicos que atendem seus
pacientes através de planos de saúde não recebem reajustes e os
aumentos regularmente repassados aos usuários não repercutem nos
honorários pagos aos médicos.
"O que estão pagando hoje é o que pagavam há cinco anos e esse piso
teve um reajuste de 2,5%. A população não aguenta mais, os prestadores
de serviço não aguentam mais", aponta o secretário de saúde
suplementar da FENAM, Márcio da Costa Bichara.
Atualmente, o honorário corresponde a 20% da despesa total dos planos
de saúde quando, um dia, chegou a representar 40%. De acordo com
Bichara, esse achatamento dos valores pagos aos médicos por consultas
e outros procedimentos está diretamente ligado ao fato de a saúde
suplementar atuar em função do mercado. "O mercado tende a se ampliar.
A política do governo é aumentar de 40 milhões para 50 milhões os
usuários de planos e seguro saúde, porque, neste caso, se desonera o
custo, ainda que às custas dos médicos", disse.
Ainda de acordo com Márcio Bichara, um longo tempo de espera nas
urgências e emergências, prazo de até cinco meses para marcação de
consultas, redução no tempo de atendimento aos pacientes e obstáculos
para a realização de exames são as conseqüências da falta de
investimento em honorários médicos.
Em janeiro deste ano, o reajuste dos honorários pagos pelos planos de
saúde também foi o tema principal da reunião conjunta da Comissão de
Saúde Suplementar e da Comissão Nacional de Defesa e Consolidação da
CBHPM, formadas por membros das três entidades médicas.
Publicado por falamedico
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