Servidores estaduais do SUS de Minas contra a privataria na saúde
-Em Minas Gerais os servidores públicos estaduais da Saúde fizeram uma greve, encerrada 14/11/19.
-Uma das preocupações traduzidas na pauta de reivindicações foi não entregar a FHEMIG à organizações sociais. Embora "sem fins lucrativos", essas OSs têm se revelado piores que empresários gananciosos. A gestão de recursos humanos é, em geral, precária. São frequentes casos de calote em salários, férias, décimo terceiro, contribuições previdenciárias. Houve até casos de contratação de falsos médicos usando registros falsos, em outros Estados.
-A FHEMIG responde por importantes serviços e tem história. Basta lembrar o hospital João XXXIII , em BH.
O SindSaude MG relatou que a entrega da FHEMIG a OSs e a cessão de servidores públicos estaduais a essas organizações foi cancelada.
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O assunto voltará a ser debatido, ainda em dezembro, no Conselho Estadual de Saúde. Toda atenção é pouca.
"O Governo voltou atrás sobre o encaminhamento das Organizações Sociais (OS), concordou em não tomar nenhuma iniciativa e retornar as discussões para o Conselho Estadual de Saúde, conforme resolução do CES. O Secretário de Estado da Saúde já agendou reunião para dia 05 de dezembro com o Conselho Estadual de Saúde, confirmando sua presença.
Para a diretora Neuza Freitas, é uma vitória conquistada, pois as Organizações Sociais significam precarização, com risco de desassistência aos usuários e privatização dos serviços de saúde no Estado. A preocupação dos trabalhadores se deve ao fato de que o Decreto publicado pelo governo no dia 25/10 prevê ceder os servidores públicos para a iniciativa privada, a Fhemig já seria um alvo direto das OS."
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