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____FAX SINDICAL 185____
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N°185 - Ano IV - 30 de agosto de 2009
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LUTA DOS MÉDICOS PROSSEGUE PELO BRASIL.
A DEMISSÃO COLETIVA É O ÚLTIMO RECURSO. EM CUIABÁ O SINDICATO DEVERÁ
ENTREGAR PEDIDOS DE DEMISSÃO COLETIVA À PREFEITURA. SAIBA MAIS SOBRE A
LUTA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CUIABÁ, EM MATO
GROSSO.
Salários decentes, comparáveis com carreiras melhor remuneradas do
serviço público, condições adequadas para atender à população
brasileira, medicamentos para os brasileiros, melhoria no SUS. Essas
bandeiras estão sendo levantadas pelos Sindicatos Médicos em todas as
unidades da federação e têm encontrado sólido respaldo na FENAM - a
Federação Nacional dos Médicos - órgão maior do sindicalismo médico,
que congrega a representação classista de mais de 300 mil
profissionais que atuam nos setores público e privado.
A resistência de governantes e legisladores em reconhecer a
importância do trabalho médico, do aperfeiçoamento de suas condições,
da dignidade de sua remuneração, tem sido um entrave gravíssimo ao
progresso do sistema público de saúde nesse país. Mas, cientes da
importância prática, ética e política de sua luta e de suas
reivindicações, os setores organizados da classe médica brasileira
continuam avançando em sua luta, em todas as frentes.
No Fax Sindical 183 publicamos uma nota sobre a luta dos médicos de
Caruaru, em Pernambuco. No Mato Grosso, mais um capítulo dessa luta.
Um grupo expressivo de médicos do Pronto Socorro de Cuiabá e do
Programa de Saúde da Família da mesma cidade resolveram entregar um
pedido de demissão coletiva ao Prefeito daquela cidade.
Atos públicos, paralisações de protesto e greves têm ocorrido pelo
Brasil afora e, provavelmente, ainda vão acontecer por muito tempo. É
a voz dos médicos que se eleva, em defesa da saúde e da dignidade do
povo brasileiro, em protesto contra a inércia de governantes para
tratar dos negócios da saúde pública. Os pedidos coletivos de demissão
são um último recurso, heróico e desesperado, para que opinião pública
e autoridades tomem conhecimento da gravidade da situação, quando ela
está por se tornar insuportável.
Informa a imprensa de Mato Grosso, na Edição n º 12504, de 29/08/2009,
que a demissão coletiva de 40 médicos de pronto-socorro e do PSF será
na 2ªfeira, 31 de agosto. O Sindicato dos Médicos informou ontem,
oficialmente, à prefeitura sobre decisão de abandonar postos por meio
do presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Luiz Carlos
Alvarenga. O informe foi feito com 72 horas de antecedência, pois a
assinatura dos pedidos de demissão deve ser feita pelos profissionais
em Assembléia. Questionado sobre isso, o secretário de saúde do
município apenas informou, com nota, que aguarda efetivação das
demissões para rearranjar quadro e que não subirá salários. No dia 1º
de setembro, os profissionais se concentram na frente do PSC - Pronto
Socorro de Cuiabá - para iniciar uma passeata até a prefeitura de
Cuiabá como forma de manifestação pacífica. Os médicos apontam uma
série de falhas na gestão de Luiz Soares, como salários pífios, além
de reclamarem do "autoritarismo desmedido" com que ele gerencia a
Saúde em Cuiabá. Outros itens da reclamação dos médicos são a falta
de critérios para contratação de profissionais, desrespeito a direitos
trabalhistas e incompetência administrativa. Com a demissão dos
médicos, tanto as 63 equipes de PSF (que já tem 10 desfalcadas dos
profissionais) quanto o atendimento no PSC ficam desguarnecidos a
partir da semana que vem e a população já está atenta para isso.
A Presidente da Associação Mato grossense de Medicina Familiar, Eliana
Maria Siqueira Carvalho, usou a tribuna livre da C âmara requerida
pelo vereador Lúdio Cabral (PT) para denunciar o que classificou como
"ingerência da secretaria municipal de saúde" conduzida por Luiz
Soares e a forma desrespeitosa como estão sendo tratados os
trabalhadores da saúde do município. Ela informou que o Sindicato dos
Médicos vai encaminhar o pedido de exoneração coletiva de médicos da
Prefeitura de Cuiabá, que incluirá 10 médicos do Programa da Saúde da
Família da Capital. Hoje Cuiabá tem 63 equipes de PSF, o que implica
numa cobertura de apenas 30% da população. O problema é maior, pois
destas equipes 14 já estão sem médicos. Segundo o Ministério da Sa
úde, cada PSF deve atuar numa área de cobertura entre 3 a, no máximo,
4 mil habitantes.
FONTE:
(1) demissão coletiva de médicos do PSF em Cuiabá -
http://www.gazetadigital.com.br/digital.php?codigo=81024&GED=6493&GEDDATA=2009-08-27&UGID=aa1f7183856def7521d959fd6aef2b97
(2) demissão coletiva de médicos do Pronto Socorro em Cuiabá -
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=355145
OMISSO DIANTE DOS GRAVES PROBLEMAS DO SUS MINISTRO TEMPORAO É CHAMADO
DE MINISTRO DA DOENÇA NA TRIBUNA DO SENADO.
PLENÁRIO / Pronunciamentos14/08/2009 - 11h37
Mozarildo quer ouvir Temporão sobre pirataria na saúde
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, poderá ser convidado a
comparecer à Subcomissão de Saúde, da Comissão de Assuntos Sociais
(CAS), para dar explicações sobre as ações do governo no combate à
"pirataria na saúde". Uma série de matérias veiculadas ao longo dessa
semana pelo jornal Correio Braziliense trata de falsificação de
remédios e próteses, roubo de medicamentos e das mortes causadas por
esses crimes. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (15) pelo
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