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Telegrama Sindical 181

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-.- TELEGRAMA SINDICAL N°.181-.-
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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
08 de outubro de 2009.
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A LUTA MÉDICA CONTINUA!

MOVIMENTO MÉDICO NO BRASIL.
DEMISSÃO COLETIVA EM CUIABÁ E CARUA=RU. ÚLTIMO RECURSO CONTRA A
INTRANSIGÊNCIA E A INJUSTIÇA. FENAM PUBLICA NOTA SOBRE MOVIMENTO DOS
MÉDICOS DE CUIABÁ.

Os médicos que são trabalhadores do setor público e trabalham em
equipamentos públicos de saúde têm enfrentado, na maioria dos
municípios brasileiros, dois problemas fundamentais que se repetem com
frequencia indesejável: salários desestimulantes e condições de
trabalho deterioradas.

Diante disso tem crescido, em todo o território nacional, movimentos
médicos de resposta a essa indignidade. Esses movimentos contrastam
com a desonestidade intelectual dos que declaram que o sistema público
de saúde existe no melhor dos mundos possível. Testemunhas das
condições gravíssimas realidade da Assistência Médica, os
profissionais da Medicina e suas organizações sindicais e associativas
têm enfrentado os lobos em pele de cordeiro, inimigos disfarçados de
defensores da saúde pública.

Em algumas situações, diante da intransigência dos governantes e seus
gestores amestrados e abatidos pelo sucateamento escandaloso dos
equipamentos públicos da saúde, não tem restado aos profissionais
outra saída que não o pedido de demissão. A saída é pedir para sair!

A Fenam, Federação Nacional dos Médicos, órgão máximo do sindicalismo
médico, divulgou nota de apoio ao movimento dos médicos de Cuiabá. E
adverte que aqueles que, de modo oportunista, quiserem abocanhar as
vagas abandonadas pelos colegas, em legítimo movimento da categoria,
sofrerão processo ético, até a última instância (CFM).

Salários ruins, precarização de mão de obra (como acontece com o PSF),
sucateamento e defasagem dos equipamentos públicos de saúde são
problemas nacionais. O protesto médico é legítimo e tende a se
expandir, até sensibilizar sociedade e governo. O Brasil não pode
virar as costas para essa realidade macabra que corrói as entranhas da
Nação. Os médicos, ainda que aparentemente isolados em cada cidade,
deverão aprender, cada vez mais, a valorizar a importância da unidade
em torno de princípios comuns.

O BRASIL QUE NÃO QUEREMOS: A SENTENÇA DE CARUARU OU A CARA
ESCRAVAGISTA DO FASCISMO TUPINIQUIM.

Os médicos da Prefeitura de Caruaru, no Estado de Pernambuco, estão em
movimento reivindicatório. Salários insuportáveis, trabalho em
condições deterioradas e responsabilidades e cobranças das mais
pesadas compõem o cenário do trabalho médico naquela cidade.

Os médicos da Prefeitura de Caruaru têm um péssimo salário. Isso, por
si só, é frustrante, estressante. Impede que o profissional se
aperfeiçoe e melhore seu desempenho. Torna as pessoas irritáveis e
dificulta o trato humano e o trabalho. Principalmente quando se
enfrenta uma formação longa e penosa para conseguir se qualificar para
trabalhar. Os médicos da prefeitura de Caruaru fizeram greves e
protestos. Reivindicaram pelos canais normais em uma sociedade
democrática. Nada conseguiram. Esbarraram em uma montanha de
intransigência. Infelizmente tiveram que apelar para o último recurso,
quando um emprego se torna insuportável, quando trabalhar é um fardo
insustentável: o pedido de demissão.

Um meritíssimo juiz daquela comarca interiorana, escorado em seu poder
monocrático de decidir atingiu o auge da opressão, retornando a tempos
que julgávamos abolidos desde a promulgação da Lei Áurea. A imposição
de trabalhos forçados a pessoas inocentes. Sobre os salários vis, nem
uma palavra judicial. A sentença não obriga o Prefeito a indenizar em
um centavo sequer os médicos obrigados a trabalhos forçados.

Isto mostra o despreparo notório dos juízes de varas fazendárias dos
estados para lidarem com questões trabalhistas que envolvem
trabalhadores do setor público municipal.

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