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TELEGRAMA SINDICAL 200
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Ano V Número 200 Juiz de Fora, 17 de dezembro de 2009. Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata.
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PREFEITURA DE JUIZ DE FORA: Arrocho fiscal e salarial proposto pelo prefeito Custódio de Matos (PSDB MG) irão causar recessão e injustiça social.
Prefeitura de Juiz de Fora não reajustou salário de seus funcionários e agora ataca com um aumento absurdo do IPTU. Secretária de Fazenda defende reajuste da planta sem ter feito recadastramento prévio. Custódio ataca o bolso do povo empobrecido de Juiz de Fora.
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Dia 18 de dezembro – a Câmara Municipal agendou para essa data a votação de um gigantesco aumento do IPTU proposto pelo Prefeito. Em alguns casos o aumento ultrapassa 30 %. Uma grande sobrecarga para toda a população de Juiz de Fora, empobrecida pela falta de oportunidades de emprego e renda. Os servidores públicos municipais, já prejudicados por um reajuste zero e perdas salariais de 7%, poderão ter sua isenção cassada. Essa medida trará recessão e injustiça social, além de agravar o empobrecimento de toda a classe de trabalhadores da Prefeitura. Haverá ato público na Rua Halfeld após 09 horas, coleta de assinaturas contra o aumento do IPTU e depois delegações de servidores públicos irão até a Câmara Municipal, para acompanhar a votação às 10 horas. O Sindicato dos Médicos apela a todos os médicos da Prefeitura que compareçam, para apoiar com a sua presença a luta contra esse arrocho absurdo.
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A ofensiva do Prefeito Custódio de Matos contra o bolso dos trabalhadores iniciou com o reajuste zero, oferecido aos servidores públicos municipais logo nos primeiros meses de seu governo. Era a senha de tempos ruins que começavam. Os servidores públicos municipais sofreram perdas salariais em torno de 7%, se considerarmos a variação do IPCA no mesmo período. Salários ruins ficaram ainda piores. O ataque não parou aí. Além do arrocho, a repressão: não podemos nos esquecer que Custódio mandou cortar os salários dos médicos que fizeram greve a favor de condições decentes de atendimento e salário justo. Mas, o saco de maldades do Custódio ainda não estava esgotado.
Como um Papai Noel do mal, o Prefeito ainda tinha o saco das maldades repleto de surpresas desagradáveis. Tentou destruir as carreiras do serviço público municipal criando o famigerado prêmio de produtividade e preparando a gordurosa quantia de 200 mil reais para estudos sobre um plano de carreira para o funcionalismo. Agiu à revelia dos sindicatos que representam os servidores. Essa situação causou uma terrível reação no meio do funcionalismo, que foi percebida pelos vereadores. Resultado: Custódio foi obrigado a recuar. Retirou, de última hora, as emendas ao PPA que iriam prejudicar o funcionalismo.
Mas, enganam-se os que pensam que as maldades param por aí. O espírito de Dona Maria, a Louca parece haver baixado na Secretaria da Fazenda. A derrama reencarnou no IPTU. Uma revisão absurda da planta de valores, sem redastramento prévio, que, se aplicada resultará num aumento espantoso da captação de impostos e em uma perda de renda significativa para a população, foi proposta. Ao lado desse aumento, Custódio atacou os descontos, que queria ver reduzidos a valores ridículos e as isenções, que queria extinguir. Trabalhadores do serviço público municipal, aposentados e pensionistas seriam o alvo do Prefeito.
Os trabalhadores do setor público municipal, de todas as categorias funcionais, chegam a 16 mil pessoas. Se considerarmos dependentes, familiares, aposentados e pensionistas, chegaremos a uma comunidade de mais de 60 mil pessoas. Depauperada pelas perdas salariais impostas por Custódio, agora essas pessoas sofrerão uma perda importante de renda causada pelo aumento exagerado dos impostos e pela cassação de isenções e descontos. Não há como negar o impacto do empobrecimento dessa comunidade expressiva sobre o comércio e o setor de serviços, causando queda nas vendas, desemprego, encerramento de negócios e mais pobreza. As medidas de Custódio de Matos oferecerão à cidade, como um presente estragado de Natal, recessão e injustiça social. E bom que quem, além dos funcionários públicos, os comerciantes e prestadores de serviços que sentirem a diminuição de seus negócios, os prestadores de serviços que virem cair seus rendimentos, os que perderem empregos, os que passarem a ter alguém desempregado na família, que se lembrem do Prefeito e aqueles que o apoiaram na Câmara, ajudando a aprovar esse aumento escorchante.
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