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Fax Sindical 208

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_________ FAX SINDICAL 208__________

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Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora.

N° 208 - Ano V - domingo, 17 de janeiro de 2010

 

 

Leia nesse Fax Sindical – Associação Médica Brasileira pede ampliação da cobertura dos planos de saúde. – Parte do sofrimento do povo haitiano foi fabricada pela política externa dos Estados Unidos da América – saiba como.

 

Associação Médica Brasileira solicita à ANS aumento do rol de exames e procedimentos médicos cobertos pelos planos de saúde.

 

A ampliação do rol de exames e procedimentos cobertos pelos planos de saúde, decidida recentemente pela ANS, atende apenas a um quinto dos novos procedimentos solicitados à Agência pela Associação Médica Brasileira. Leia a notícia em

http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20100117125810&cat=saude&keys=ans-atende-quinto-pedidos-medicos

Publicado em 17/01/2010 por ClickPB

ANS atende a um quinto dos pedidos de médicos

O pacote de 70 novos exames – 56 procedimentos médicos e 16 odontológicos – que a ANS (Agência Nacional de Saúde) publicou na última terça-feira (12) representa apenas 18,6% do que os médicos pediram à entidade. Segundo o diretor da AMB (Associação Médica Brasileira), Amílcar Martins Giron, a instituição solicitou à ANS a inclusão de, pelo menos, 300 tipos de exames.

Apesar do número de procedimentos estar bem abaixo do que foi solicitado, Giron comemora a inclusão de testes que vão facilitar diagnósticos e a escolha de tratamentos adequados porque “a medicina está em constante evolução, com procedimentos novos.”

- Mandamos cerca de 300 procedimentos e entraram 56. Nós batalhamos muito por exames de tórax porque podemos fazer [cirurgias com] três furos e resolver o problema ao invés de abrir uma grande cavidade no peito do paciente.

De acordo com Giron, as áreas que mais carecem de cobertura dos planos de saúde são genética e de transplantes.

- Nós gostaríamos que houvesse mais procedimentos ligados à genética clínica [que não foi incluída desta vez]. A ANS veta este tipo de exame porque há poucos geneticistas no Brasil (há em torno de 300 no total), que vivem, sobretudo, no Sudeste. Solicitamos também procedimentos de transplantes de coração, que não entraram. Em compensação, entrou o de medula óssea.

A advogada da Pro Teste, Polyanna Carlos da Silva, também vê com bons olhos o novo pacote da ANS, mas ressalta que as operadoras deveriam tratar qualquer tipo de doença.

- Não deveria haver um rol [de novos exames]. As operadoras deveriam cobrir todas as doenças estipuladas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). De qualquer forma, qualquer nova inclusão beneficia o consumidor.
 

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Parte do sofrimento do povo haitiano foi MADE IN USA.

 

Como uma política orientada para fortalecer economicamente organizações não governamentais e enfraquecer o Estado haitiano resultou em miséria e desorganização. A parte da culpa das políticas norte-americanas da era Bush no atual martírio do povo haitiano é denunciada pela imprensa nos Estados Unidos.

 

por Bill Quigley, no Huffington Post
Posted: January 14, 2010 08:45 PM

What the Mainstream Media Will Not Tell You About Haiti: Part of the Suffering of Haiti is "Made in the USA" (O que a mí­dia corporativa não vai te contar sobre o Haiti: Parte do sofrimento Made in USA)

Parte do sofrimento no Haiti é "Feito nos Estados Unidos". Se um terremoto pode danificar qualquer país, as ações dos Estados Unidos ampliaram os danos do terremoto no Haiti.

Como? Na última década, os Estados Unidos cortaram ajuda humanitária ao Haiti, bloquearam empréstimos internacionais, forçaram o governo do Haiti a reduzir serviços, arruinaram dezenas de milhares de pequenos agricultores e trocaram apoio ao governo por apoio às ONGs.

O resultado? Pequenos agricultores fugiram do campo e migraram às dezenas de milhares para as cidades, onde construiram abrigos baratos nas colinas. Os fundos internacionais para estradas e educação e saúde foram suspensos pelos Estados Unidos. O dinheiro que chega ao paí­s não vai para o governo mas para corporações privadas. Assim o governo do Haiti quase não tem poder para dar assistência a seu próprio povo em dias normais -- muito menos quando enfrenta um desastre como esse.

Alguns dados especí­ficos de anos recentes.

Em 2004 os Estados Unidos apoiaram um golpe contra o presidente eleito democraticamente, Jean Bertrand Aristide. Isso manteve a longa tradição de os Estados Unidos decidirem quem governa o paí­s mais pobre do hemisfério. Nenhum governo dura no Haiti sem aprovação dos Estados Unidos.

Em 2001, quando os Estados Unidos estavam contra o presidente do Haiti, conseguiram congelar 148 milhões de dólares em empréstimos já aprovados e muitos outros milhões de empréstimos em potencial do Banco Interamericano de Desenvolvimento para o Haiti. Fundos que seriam dedicados a melhorar a educação, a saúde pública e as estradas.

Entre 2001 e 2004, os Estados Unidos insistiram que quaisquer fundos mandados para o Haiti fossem enviados através de ONGs. Fundos que teriam sido mandados para que o governo oferecesse serviços foram redirecionados, reduzindo assim a habilidade do governo de funcionar.

Os Estados Unidos tem ajudado a arruinar os pequenos proprietários rurais do Haiti ao despejar arroz americano, pesadamente subsidiado, no mercado local, tornando extremamente difícil a sobrevivência dos agricultores locais. Isso foi feito para ajudar os produtores americanos. E os haitianos? Eles não votam nos Estados Unidos.

Aqueles que visitam o Haiti confirmam que os maiores automóveis de Porto Príncipe estão cobertos com os sí­mbolos de ONGs. Os maiores escritórios pertencem a grupos privados que fazem o serviço do governo -- saúde, educação, resposta a desastres. Não são guardados pela polí­cia, mas por segurança privada pesadamente militarizada.

O governo foi sistematicamente privado de fundos. O setor público encolheu. Os pobres migraram para as cidades.

E assim não havia equipes de resgate. Havia poucos serviços públicos de saúde.

Quando o desastre aconteceu, o povo do Haiti teve que se defender por conta própria. Podemos vê-los agindo. Podemos vê-los tentando. Eles são corajosos e generosos e inovadores, mas voluntários não podem substituir o governo. E assim as pessoas sofrem e morrem muito mais.

Os resultados estão à  vista de todos. Tragicamente, muito do sofrimento depois do terremoto no Haiti é "Feito nos Estados Unidos".

 

 

Fax Sindical. Site: http://faxsindical.wordpress.com

                    Twitter: http://www.twitter.com/faxsindical

 

 

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