Pular para o conteúdo principal

Telegrama Sindical 223 28.01.10 18 hs.

[Telegrama Sindical 223 28.01.10 18 hs.]
=============================
Telegrama Sindical 223
=============================
Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
----------------------------------------------
Ano V N#223 * 28 de janeiro de 2010
=====================================

--------------------------------------------------------------
Fracasso na primeira reunião para tratar das gratificações de urgência
e emergência no SUS de Juiz de Fora
--------------------------------------------------------------

Realizou-se, nessa data, a primeira e decepcionante reunião entre o
Secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz
de Fora, Vitor Valverde, e os sindicatos que representam os
trabalhadores da área de saúde do município, para tratar das
gratificações do setor de urgência e emergência. A impressão geral foi
de que a emenda apresentada pela administração de Custódio de Matos
ficou pior do que o soneto. Vai tirar mais renda de quem trabalha nos
serviços públicos de saúde.

A reunião não teve nada que mereça o nome de negociação e muito menos
poderia ser rotulada de democrática. Sinal dos tempos custodianos.

O Sr. Vitor Valverde, ali representando o Prefeito Custódio de Matos,
de forma pouco clara, tentou vender a idéia de um coisa chamada QVR,
como se quisesse empurrar uma marmita estragada goela abaixo da classe
dos servidores públicos. O que é QVR? Como funciona? Quanto vale? Como
compensa os trabalhadores com mais tempo de casa? Respeita a noção de
carreira? Incorpora-se ao salário por meio de apostilamento com muitos
anos de serviço? Como compensará os funcionários pelos plantões mais
penosos e difíceis, como sábados, domingos e feriados? Nada disso
ficou claro. Nenhum documento foi oferecido para apreciação dos
sindicalistas e para esclarecimento das categorias. Se o pessoal de
Custódio de Matos não estava preparado, por que então convidaram agora
para essa reunião?

Para o Sindicato dos Médicos foi possível perceber que a administração
de Custódio de Matos, falando pela voz de Vitor Valverde, não entende
questões importantes e específicas do trabalho médico. Essa falta de
discernimento fez com que a administração Custódio não apresentasse
propostas que incluissem os médicos diaristas e de sobreaviso, que
existem nos serviços de urgência e emergência. O sobreaviso médico,
embora não previsto no RJU dos servidores municipais encontra sua
existência fundamentada no parágrafo 2°. do artigo 244 da CLT e na
Resolução 1834/2008 do Conselho Federal de Medicina, publicado no
Diário Oficial da União de 14/03/2008. Não foi falado dos médicos que
fazem plantão na Regulação, na Central de Vagas, no SAMU. Um desastre.
A propositura inicial do Secretário Vitor Valverde peca por mostrar
ignorância absoluta em relação do assunto que ele quer tratar.

Lembramos que essa reunião acontece em meio a pendências graves entre
a Prefeitura e a classe médica. O Sindicato dos Médicos tem obrigação
de tratar esse assunto com toda transparência e aguarda que ele
desperte interesse na categoria e a mobilize. A administração Custódio
de Matos tem que assumir sua responsabilidade pela repercussão de seus
atos no futuro do atendimento de Urgência e Emergência no SUS de Juiz
de Fora.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FAX SINDICAL - COOPERATIVAS E HOSPITAIS QUEREM ABOLIR DIREITOS TRABALHISTAS.

COOPERATIVAS DE TRABALHO E DONOS DE HOSPITAIS QUEREM FLEXIBILIZAR DIREITOS DO TRABALHADORES E TIRAR AO MÉDICO O DIREITO DA CARTEIRA ASSINADA. PROJETO DO TUCANO MINEIRO JOSÉ RAFAEL GUERRA ATACA OS DIREITOS DE OUTRAS CATEGORIAS NA ÁREA DA SAÚDE. A crise econômica americana foi a queda do muro de Berlim do neoliberalismo. Mas algumas idéias neoliberais, sobreviventes da era FHC, persistem em insistir. Uma delas é a flexibilização dos direitos do trabalhador, tão duramente conquistados. (Esta matéria está em http://faxsindical.wordpress.com/2008/09/30/cooperativas-e-hospitais-querem-abolir-direitos-trabalhistas/#more-760 ). O médico não pode fazer plantões, trabalhar 24 horas ou mais em um hospital, sem ter um vínculo empregatício com a empresa que necessita de seus serviços. Essa situação, levaria à terceirização e acabaria prejudicando outras categorias profissionais, para as quais os donos dos negócios sentiriam mais à vontade para recorrer ao expediente da terceirização indevida. Es...

O que a mídia não mostrou: a verdadeira situação da Unidade Básica de Saúde inaugurada pela Ministra da Saúde em Juiz de Fora

  ISSO A MÍDIA NÃO MOSTRA MGTV: MATÉRIA SOBRE UNIDADE DE SAÚDE DO JÓQUEI CLUBE 1 NÃO FOI FIEL À REALIDADE No último dia 12 de julho (2024) tivemos o desgosto de ver no MGTV 1ª edição, da TV Integração, afiliada da Rede Globo de Televisão, uma matéria que pouco fica a dever às técnicas dos fabricantes de fake news. Faltou ouvir as partes envolvidas. Noticiário parcial e faccioso. As UBSs não tem direção clínica ou direção técnica responsável, ficando as escalas sob a responsabilidade do gerente da DDAS da Secretaria de Saúde, Sr. Robert Neylor. Cobraram o secretário de Saúde, que tem responsabilidade solidária, mas o Sr. Neylor não foi ouvido e nem questionado. Mostra-se que, historicamente, a prefeitura de Juiz de Fora está inadimplente no cumprimento de normas estabelecidas pela autarquia pública federal responsável pela normatização e fiscalização de serviços médicos, o CFM, determina que: desde outubro de 2016, “a assistência médica e a garantia de condições técnicas para o aten...

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE - SALÁRIO DE MISÉRIA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO PODE CAUSAR PARALISAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS.

Desvalorização da Saúde: Salário Médico no serviço público já não está mais valendo a pena. Há pedidos de demissão e desinteresse por concursos e contratos. Pronto Socorro é serviço essencial. Mas o salário não é de serviço essencial. Em várias cidades os serviços essenciais vão ficando comprometidos por falta de médicos. Os usuários do SUS estão sendo visivelmente prejudicados por falta de valorização do trabalho médico. É hora de mobilizar e reagir. Leia as matérias abaixo: A valorização dos médicos A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara Municipal um pacote de medidas destinadas a atrair e reter profissionais da saúde nas unidades da rede pública municipal, para eliminar um déficit de pessoal que já dura pelo menos dez anos. Remuneração compatível com a do mercado, avaliação de desempenho, cumprimento de metas e plano de carreira são alguns dos itens que deverão compor a proposta que a Secretaria da Saúde quer ver aprovada até março. A iniciativa poderá benefi...