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Sindicatos médicos movimentam-se em defesa do SUS

 

TELEGRAMA SINDICAL 208

 

Ano V  Número 208 Juiz de Fora, 05 de janeiro de 2010. Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata.

 

            Nordeste – luta dos médicos em defesa do SUS vai continuar.

Governantes atentam contra a saúde da população e ficam impunes!!!!!!!!

Luta dos médicos em defesa do SUS e da saúde do povo brasileiro. No Piauí, mobilização para a greve contra os absurdos do governo local. Em Sergipe, fontes sindicais comentam que parece que o governo privatista de Marcelo Deda acabou, tal é a ruína em que se encontra a saúde pública no Estado. O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora divulga os fatos e solidariza-se completamente com os doutores do Piauí e de Sergipe.

Luta dos Médicos em defesa da Saúde do povo brasileiro – No Piauí greve está marcada para o próximo dia 07. Ainda aguarda-se o bom senso da Prefeitura de Teresina.  A notícia está em http://www.cidadeverde.com/medicos-mantem-greve-para-o-dia-7-mas-esperam-proposta-50745

 

Em Sergipe, além dos ataques de privataria praticados contra os serviços públicos estaduais de Saúde, o desrespeito ao trabalho médico parece ser uma marca registrada do atual governo estadual. Fontes sindicais dizem que a crise é tão grande que parece que o governo está acabando. Confira a notícia em http://www.correiodesergipe.com/lernoticia.php?noticia=35013 ou a transcrição que segue à matéria da greve no Piauí.

 

03/01/10, 17:05

Médicos mantêm greve para o dia 7, mas esperam proposta

Prefeitura ficou de apresentar proposta nos primeiros dias de 2010. Categoria quer 30% de aumento em cinco anos.


O presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí - Simepi -, Leonardo Eulálio, confirmou ao Cidadeverde.com que o indicativo de greve a partir de 7 de janeiro de 2010 está mantido. Ele disse neste domingo (4) que a Prefeitura de Teresina prometeu ainda antes do Natal apresentar proposta de reajuste, e a categoria ainda espera resposta.

"Tivemos uma reunião com o prefeito (Sílvio Mendes) antes do Natal (dia 22). No momento, não temos nada de concreto", disse Eulálio, confirmando assembleia geral da categoria para a próxima quarta-feira (6). Em caso de desacordo com a proposta, ou inexistência de tal, a paralisação por tempo indeterminado começa no dia seguinte.

Na reunião de dezembro, a Prefeitura de Teresina ficou de elaborar uma proposta que seja apresentada logo no início do ano.

Os médicos fizeram paralisação em dezembro e aprovaram o indicativo de greve, mas alegaram respeito à população nas festas de fim de ano, onde a procura por atendimento nos hospitais é maior, e adiaram o movimento. Eles querem reajuste de 30% a cada seis meses em cinco etapas, o que elevaria o piso salarial da categoria para R$ 3.500 em 2012.

O Governo do Estado sinalizou positivamente, e pediu até o fim de janeiro para que estudos para transformar a produtividade em remuneração, em projeto que deve ser enviado para a Assembleia Legislativa em fevereiro, na retomada dos trabalhos.

Fábio Lima

 

“Parece que estamos no fim do governo”
Data: 03/01/2010

CORREIO DE SERGIPE: Em primeiro lugar, deputado, estamos iniciando 2010, mas como o senhor pode sintetizar os três anos do governo de Marcelo Déda?
VENÂNCIO FONSECA: É o governo que tem a durabilidade de quatro e que, após três anos de gestão, parece que já chegou ao seu final. Digo isso pelo fato de em tanto tempo as ações desenvolvidas terem sido muito tímidas. Isso em todas as áreas, a não ser a Comunicação Social. A propaganda, o marketing do governo é bem feito, é bonito. Mas é enganosa, não é real, é virtual. Na Educação todos os anos a Pasta foi reprovada no governo de Marcelo Déda. Não recebeu nem a média para passar de ano. É a pior do Nordeste. A Saúde é um caso de polícia! Após três anos nós vimos mortes de bebês; por soro vencido; por falta de higiene na UTI; pacientes são escolhidos para morrer conforme denúncias dos médicos; trocaram prontuários de pacientes; trocaram defuntos; faltam medicamentos, médicos e tudo; os hospitais no interior estão fechados; e se encerra com a diretora do Hospital João Alves denunciando os médicos na polícia.

CS: E quanto a outras áreas, como a Segurança Pública, por exemplo?
VF: Na SSP, tenho que reconhecer que o secretário foi uma boa escolha porque ele é muito competente, ele é João Eloy, mas não é super-herói! Não vai poder fazer uma boa segurança com um ou dois policiais ficando responsáveis por todo um município e povoados, além da delegacia, como é o caso de Pedrinhas. Aumentou o número de assaltos a ônibus, de gado e de veículos. Na Agricultura, meu Deus, não existe. Acabaram com tudo! Acabaram com a secretaria, imagine com o Turismo! Na inclusão social só funciona o "Kit Conceição", que ficou tão escandaloso que o governo teve que suspender um pouco. O Governo não conseguiu terminar as obras em andamento que pegou do governo passado, como é o caso da Ponte Mosqueiro/Caueira. Só de propaganda acho que já gastaram o valor da ponte. A pista que liga a Barra dos Coqueiros à Atalaia Nova são 5 km e até hoje não a concluíram. Costumo dizer que João Alves construiria a obra de ré. O governo não conseguiu liberar as emendas do Orçamento, mesmo sendo compadre do presidente. Não se tem aptidão para governar, faltam projetos e planejamento.

CS: Nós vimos, durante esses três anos, o líder do governo tendo que defender o que parece ser "indefensável" no plenário da AL. O Francisco Gualberto (PT) de hoje é o mesmo de antes?
VF: Não! Porque para defender o governo ele teve que rasgar sua história política, aquilo que ele defendia. Hoje é um Gualberto ao contrário. Por várias vezes ele se viu aperreado no plenário ao ver as galerias cheias por servidores públicos e membros dos sindicatos, e ele tendo que defender propostas do governo que iam de encontro com os interesses do funcionalismo. Foi assim com vários sindicatos, com o Sintese e, em especial, com a CUT, instituição que ele já presidiu. Ver Gualberto tendo que aprovar e defender reajustes insignificantes. Fatos desta natureza o constrangeram muito.

 

 

 

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