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Médicos paulistas aderem ao movimento de 25 de outubro e denunciam precarização do SUS

Médicos do SUS promovem mobilização nesta semana

Na próxima terça-feira, médicos de todo o Brasil que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) realizarão uma mobilização de reivindicação.

De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), os médicos irão protestar, em ações programadas em todos os estados, contra a baixa remuneração, as más condições de trabalho, a insuficiência de recursos e a precariedade da assistência prestada à população no sistema público de saúde.

“Na cidade de São Paulo serão realizadas audiências públicas na Assembléia Legislativa, quando serão debatidos a situação dos médicos, o financiamento do SUS nas três esferas do governo, entre outros”.

Em todo o Estado de São Paulo, 10.694 médicos estão vinculados diretamente à Secretaria de Estado da Saúde, sem contar os contratados em hospitais universitários e outros empregadores do SUS.

“As entidades médicas irão apresentar dados sobre os baixos salários pagos pelos médicos do estado e a falta de isonomia salarial entre médicos da mesma rede”.

Além disso, os médicos da rede estadual reivindicam Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos e o piso nacional da Federação Nacional dos Médicos, de R$ 9.188,22 para a jornada de 20 horas semanais.

“O concurso anunciado pela Secretaria de Estado da Saúde, com vagas para 700 médicos, prevê salário de R$ 1.757,25 para 20 horas”.

Segundo o presidente da Associação Médica do Iamspe, Otelo Chino Júnior, os médicos vão aderir à paralisação para denunciar o sucateamento do Hospital do Servidor Estadual e a ausência de um plano de cargos e salários para os médicos do Estado.

Já o médico pneumologista de Catanduva, Renato Macchione, afirma que a implantação do SUS a partir da constituição de 1988 definiu deveres, direitos, obrigações, amplas diretrizes democráticas e uma política pública inclusiva.

“Entretanto, a origem dos recursos não foi definida, pois a partir daquela época ficou separada da previdência”.

Ele ressalta que atualmente os municípios têm investido mais de 20%, o estado quase 10% e o Governo Federal menos de 8%. “Além disso, a tabela do SUS está defasada há mais de 10 anos para pagamento de Hospitais e prestadores”.

E afirma que a intenção não é a paralisação, pois os mais prejudicados seriam as pessoas que utilizam o Sistema. “Mas uma manifestação de esclarecimento à população a partir dos conselhos de saúde, Câmaras Municipais e imprensa, sobre a necessidade de financiamento adequado sem a criação de novos impostos”.
http://www.oregional.com.br/portal/detalhe-noticia.asp?Not=265678

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