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MÉDICOS INICIAM MOVIMENTO GREVISTA NA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA.

(26/06/2009) - Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora
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MÉDICOS INICIAM MOVIMENTO GREVISTA NA PREFEITURA DE JUIZ DE FORA.

No dia 24 de junho os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora, reunidos em Assembléia, votaram pela greve. No dia seguinte, foram feitas comunicações às autoridades. O Sindicato também comunicou ao CRM e ao Conselho Municipal de Saúde. No mesmo dia, o Presidente do Sindicato, Dr. Gilson Salomão, compareceu ao Conselho Municipal de Saúde para explicar o movimento grevista. O Conselho havia convocado reunião extraordinária para discutir o problema dos médicos da Prefeitura. No mesmo horário reunia-se o Comando de Greve dos Médicos da Prefeitura, para discutir as ações a serem adotadas para tornar mais forte, mais presente e mais efetivo o movimento reivindicatório dos profissionais.

A greve começará no dia 30 de junho, uma terça-feira. Os médicos devem se lembrar de algumas questões elementares, porém fundamentais e que estão na memória de todos:
1 - O Sindicato cumpre o seu dever porque É a representação classista dos médicos, da mesma forma que o sindicato de qualquer outra categoria profissional. Temos um Conselho Regional de Medicina, que é uma autarquia pública federal encarregada de normatizar e fiscalizar, dentro do Estado de Minas, o exercício da Medicina. Esse órgão também pode julgar disciplinarmente os médicos que ultrapassem os limites estabelecidos pela ética profissional. Temos associações médicas, que são grêmios sociais, científicos e culturais que cuidam, principalmente, de desenvolver as especialidades médicas. Mas, a representação classista dos médicos é apenas e exclusivamente o Sindicato. Este é que tem a legitimidade para negociar em nome da categoria e só ele pode deflagrar greves ou paralisações.
2 - As razões do movimento dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora são indiscutivelmente justas. Trata-se de um salário vil, mesquinho, tacanho e de condições de trabalho deterioradas. Ninguém pode alegar que os motivos dos médicos sejam insuficientes ou fracos. A menos que sejam pessoas de má-fé.
3 - O movimento dos médicos da Prefeitura é perfeitamente democrático. Ele é dirigido por decisões tomadas majoritariamente em assembléias representativas. Nelas é amplamente assegurado o direito de expressão das idéias. Todas as decisões são tomadas por voto.
4 - Ninguém pode acusar a classe médica e seu sindicato de açodamento, precipitação ou radicalismo. A decisão de greve foi tomada após três meses de negociações infrutíferas e de seis paralisações de advertência. O Sindicato foi tolerante, como no caso de tolerar a prática anti-sindical de duas reuniões paralelas convocadas pela administração Custódio de Matos e seus serviçais. Simplesmente não foi considerado que os médicos estão em processo de negociação coletiva e, como categoria organizada, têm seu próprio sindicato. Uma dessas reuniões teve a presença do próprio prefeito, que até hoje não conseguiu um espaço na sua agenda para receber a diretoria do Sindicato dos Médicos. Essa manobra irritou profundamente a classe médica. O comportamento da administração Custódio de Matos provou pouco respeito pela ética negocial.

Todo mundo tem seu limite e o dos médicos da Prefeitura foi atingido. A greve, ainda que indesejada, tornou-se uma necessidade cruel, diante do comportamento da administração do Sr. Custódio de Matos. Esperamos que Custódio e seus secretários e chefes façam uma reflexão ponderada e com elevados princípios. Que entendam a gravidade da situação do SUS. Que queiram resolver esse drama de Juiz de Fora, que é a realidade de médicos trabalhando por salários vis em condições inadequadas. Os médicos da Prefeitura de Juiz de Fora querem um trabalho decente.

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