A ANVISA liberou a venda de medicamentos feitos a partir da maconha. O cultivo da planta com fins medicinais continua proibido. Esse tipo de medicamentos só será vendido com receita médica.
Os fabricantes terão que se adequar as normas da ANVISA e terão que importar os óleos medicinais para a produção dos remédios. Os medicamentos comercializados poderão ser também importados.
"Cannabis sativa é o nome da planta da qual podem ser extraídas substâncias como o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabidiol (THC). O canabidiol é usado em terapias como analgésico ou relaxante.
Já o THC é o principal elemento tóxico e psicotrópico da planta, ou seja, altera as funções cerebrais e é o que provoca os efeitos do consumo da maconha, droga ilegal no Brasil. Entretanto, estudos indicam que o THC também pode ser usado como princípio ativo para fins medicinais."
Principais medicamentos a base de maconha disponíveis bjosss Estados Unidos e Europa:
MARINOL
Aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que controla os produtos alimentares e farmacêuticos.
Composição: tem como ingrediente ativo o Dronabinol (THC sintético)
Aplicações: usado para amenizar a perda de apetite associada à Aids. Em pacientes com câncer, alivia as náuseas e os vômitos associados à quimioterapia.
Apresentação: cápsulas
CESAMET
Liberado nos Estados Unidos pela FDA desde 1985, também é comercializado no Canadá, no Reino Unido e no México.
Composição: o ingrediente ativo é a Nabilona, canabinóide sintético com estrutura semelhante ao THC, principal composto química de cannabis (THC)
Aplicações: atua no tratamento de náuseas e vômitos em pacientes que passaram por quimioterapia e não respondem aos antieméticos convencionais. Da mesma forma que o Marinol, serve ainda para o tratamento da anorexia e da perda de peso em pacientes com Aids. Atua ainda como analgésico para dores neuropáticas e demonstra resultados no alívio da fibromialgia e da esrose múltipla.
Apresentação: cápsulas.
SATIVEX
Elaborado a partir do extrato da cannabis, contém todas as substâncias presentes originalmente na planta. Foi lançado em 2005 no Canadá e já é adotado no Reino Unido e na Espanha, onde teve a venda autorizada em 2012. Em janeiro, os laboratórios Ipsen (francês) e GW Pharmaceuticals (britânico) anunciaram um acordo para a distribuição do produto na América Latina.
Composição: percentuais similares de THC e CBD
Aplicações: auxilia no tratamento da esclerose múltipla e do glaucoma.
Apresentação: gotas sublinguais e spray bucal, o que permite uma absorção mais rápida do que os remédios em cápsulas.
BEDROCAN
Desenvolvido na Holanda, a partir de deliberação do Ministério da Saúde holandês, é exportado para o Canadá.
Composição: na fórmula original, o Bedrocan tem 22% de THC e menos de 1% de CBD. Outras quatro variações, com percentuais diferenciados de seus princípios ativos: Bedropuur (24% de THC), Bedica (14% de THC), Bediol (6,5% de THC e 8% CBD) e Bedrolite (0,5% de THC e 9% de CBD).
Aplicações: a escolha do medicamento, com mais ou menos THC e CBD, depende dos sintomas apresentados pelo paciente. As versões com mais CBD são utilizadas em pacientes com convulsão. Também alivia a pressão intraocular, auxiliando no tratamento de glaucoma.
Apresentação: tem como base a própria planta seca, e a ingestão é feita por meio de vaporização (o remédio é colocado em um vaporizador, a partir do qual o paciente deve inalar o ar expelido).
Fontes:
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/12/03/anvisa-regulamenta-cannabis.ghtml
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,anvisa-libera-registro-e-comercializacao-de-remedio-a-base-de-maconha-em-farmacias-no-brasil
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Enviado do Bloco de notas rápido
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